Quimera

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Quimera

Mais uma poesia
Sobre mim seria
Não conseguiria
Ter essa ousadia
Sempre dizia sim
Seria sobre mim
Do início ao fim
Não foi assim

Você é presente
Em minha mente
Não seria diferente
Personagem recorrente
Só sou quem sou
Porque me mudou
Quem participou
Do eu que se formou

Não sou o passado
Não há nada de errado
Em eu ter mudado
Que Fique só o legado
Antropófagico me alimento
De quem a todo momento
Até em meu sofrimento
Mudou meu pensamento

Agora de vez
Eu sou quimera
Do que tu fez
Com o que eu era
Nem mais um ponto
Nessa mensagem
Não se faz conto
Com um personagem

Não é  só minha história
Porque Seria contraditória
Não honraria a memória
Seria bastante simplória
Se só em mim ela foca-se
E ainda a história ignora-se
Que se pelo mesmo passa-se
Falharia se não me ajuda-se

Eu Já nem conheço
O prolixo do começo
Mas ainda permaneço
Com algo que não esqueço
Calma, a alma é mutante
Metamorfose ambulante
Ela Muda a todo instante
Isso não a faz inconstante

Não estou tirando sarro
Mas pro tapete não varro
Em algo eu me agarro
Somos oleiros de barro
Moldar e ser moldado
Por quem está ao lado
É um fato consumado
Que será perpetuado

Lavoisier já dizia
Que Nada se cria
E que sempre um dia
Tudo se transfomaria
Afirmação quase cômica
Que interação atômica
Teria relação crônica
Com a nossa dinâmica

ProlixoOnde histórias criam vida. Descubra agora