Desabafo

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Desabafo

Se eu nunca mais escrever, sem alarde, tenha alegria,
Pois se é verdade é porque não resta agonia.
Se não ler um verso prolixo sobre qualquer coisa aleatória,
É porque encontrei alguém fixo para me ouvir de forma satisfatória.

Se não ver representado em rimas meus dilemas,
Talvez eu tenha solucionado muitos problemas.
escrever, mesmo que complexo não se tornou enfadonho,
Mas sim um reflexo da dor que sinto, mas não esponho.

Se eu deixar a arte e não escrever poema,
Isso pode fazer parte do meu novo lema.
Eu agora pra mim só quero alguma paz e descanso,
Será que a poesia só se faz enquanto eu canso?

Se não ver mais contraditório
Argumento,
Talvez já não seja tão notório o sofrimento.
Ou quem sabe nem me alertei que tudo isso piorou,
Não estou escrevendo porque abandonei quem sou.

Eu sei que ainda se pergunta porque eu componho,
Depositei no que era só desabafo meu sonho.
Não dispenso que talvez a causa já esteja perdida,
Se eu deixar de dizer o que penso nessa vida.

Se eu não deixar manifesto, todo o meu sentimento,
Saberá que eu nada presto naquele momento.
Devo ter chego em um estado muito alterado,
Para deixar tudo em que tenho trabalhado de lado.

Se eu nunca mais escrever,com franqueza, se entristeça,
Pois com certeza não quero que me esqueça.
Um momento, sem nada a reclamar talvez nunca tenha existido,
Lamento, que se eu não compor talvez eu já tenha morrido.

ProlixoOnde histórias criam vida. Descubra agora