Introdução

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A manhã começa como qualquer outra, acordo e me arrumo para o trabalho. Tomo um café da manhã simples, uma torrada, um café bem forte e um iogurte de morango.

É difícil manter o bom humor quando você trabalha de manhã, e as pessoas também não são as mais agradáveis nesse horário, mas eu faço o que posso. Mas sempre penso que, assim que eu conseguir uma grana, vou comprar um carro, já que, pegar o mesmo ônibus lotado e com cheiro de queijo mofado não era bem um dos meus planos para a vida adulta!

Assim que a manhã acaba, passo o dia, e grande parte da noite nas minhas aulas da faculdade. Chego em casa, um apartamento pequeno, mas charmoso que divido com uma amiga que conheci no meu primeiro ano na WCU. O que não deixa de ser meio solitário, já que Jessie vive em festas de fraternidade. De certa forma é bom, gosto de ter meus momentos sozinha.

Assim eu passei meus três primeiros anos da faculdade. Isso até uma noite de inverno. Já estava chegando perto da época do Natal. Assim que chego em casa, depois de um dia exaustivo na faculdade, o telefone toca. Corro para atender, pego o telefone e, assim que atendo, me surpreendo ao ouvir a voz de minha prima.

Seu nome é Carol, na infância éramos praticamente inseparáveis, mas ela mora em Nova York, então acabou se tornando cada vez mais difícil passarmos algum tempo juntas, além dela ser dois anos mais velha que eu, então ela tinha seus compromissos.

Passamos horas no telefone contando tudo o que aconteceu nos últimos anos.

- Hanna, porque você não vem passar o Natal aqui comigo? Eu acabei de comprar meu primeiro apartamento, e tem um quarto sobrando!

Eu quase engasgo com a sugestão. Passar o Natal longe da minha família? Com alguém que não vejo há anos? E se desse alguma coisa errada? Nunca sai da cidade! E se se eu me perdesse e nunca mais encontrasse o caminho de casa?

Carol tosse ao telefone para tentar chamar minha atenção.

- Eu não sei...preciso pensar.

Carol solta um suspiro de frustração ao telefone.

- Por favor Hanna! Não nos vemos no mínimo há uns seis anos. Só estou pedindo por um fim de semana! Só um!

Penso em tudo o que poderia dar errado, mas, também passa pela minha cabeça que já sou uma mulher adulta que nunca nem saiu da sua cidade natal! E outra, como Carol disse, é só um fim de semana. O que poderia acontecer, não é mesmo?

- Ok, mas só um fim de semana. Preciso estar em casa para o ano novo!

- Você chegara em casa antes do ano novo sã e salva!

Carol solta um gritinho de vitória. Depois de desligar o telefone, me arrumo para dormir.

As horas passam e fico me revirando na cama. Olho para o relógio, três da manhã! Preciso dormir o quanto antes! Mas não consigo parar de pensar na viagem. E ainda preciso contar para meus pais que não vou passar o Natal com eles, o que não será uma tarefa fácil, já que estão bem acostumados com a minha presença. E também tenho que comprar a passagem, e talvez uma mala. Será que preciso levar mais de cinco casacos? Minha mente não para de trabalhar até que desisto de tentar organizar tudo agora. Ao mesmo tempo que estou com medo, também estou ansiosa por sair pela primeira vez do estado, principalmente para uma cidade tão grande! Acabo adormecendo, sonhando com as luzes da cidade que não dorme.

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É uma manhã de sábado. Só preciso trabalhar de tarde, então não me importo em ficar mais uns minutinhos na cama. Os fins de semana me proporcionam meus únicos momentos de descanso. Assim que acordo sinto o maravilhoso aroma de panquecas e café! Chego até a cozinha ainda meio sonolenta e me deparo com Jessie, a colega de apartamento que comentei anteriormente, preparando o café da manhã.

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