Dia 33

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Já se passou um mês desde a minha viagem pra Nova York. Como previsto, os dias continuaram pacatos. Jessie continua saindo com John, e acho que daqui a pouco eles engatam num romance. Já eu, continuo no mesmo emprego, indo pras mesmas aulas, tudo igual.

Hoje tenho um jantar na casa dos meus pais, segundo eles eu vou ter uma surpresa quando chegar. Espero que seja minha comida favorita! Mas, conhecendo meus pais, deve ser algum parente que veio passar uns dias na cidade, e que provavelmente vou ter de fingir estar super interessada no que ele tem a dizer.

Termino meu turno na cafeteria e vou pra casa. Assim que passo pela porta, meu telefone vibra, e, pra minha surpresa, é uma mensagem de Carol!

Aproveito que estou com um tempinho livre pra ligar pra ela.

- Oi prima! Saudades de você!

- Prima! Tenho uma surpresa pra você!

Credo, as pessoas estão gostando de me fazer surpresas nos últimos dias!

- Aí Deus, o que você andou aprontando?

Carol solta um suspiro de tédio.

- Nada bobinha, eu só vim avisar que eu encontrei o garoto que você saiu.

Sem querer derrubo o copo de suco que estava na minha mão, junto com o telefone.

- Como assim, você "achou ele?!!!"

Carol solta uma risada debochada.

- É, eu estava indo pro trabalho quando resolvi pegar um café em uma cafeteria perto da minha casa.

Relevo o fato de que aquilo esta mais para uma livraria do que para uma cafeteria, mas tudo bem.

- Quando eu pedi meu café, alguém chamou o atendente, então eu ouvi claramente o nome "Patrick". Soa familiar?

Ela esta me provocando, e sabe disso! Não acredito que eles se encontraram! Como isso é possível?

- Pode ser qualquer Patrick! Existem milhares de Patricks espalhados pelo mundo. Você pode ter só falado com um estranho!

Torço pra que realmente tenha sido outra pessoa e não o garoto da livraria.

- Pois então, eu pensei nisso também, então decidi perguntar se ele por acaso já tinha escutado falar de uma tal de Hanna Parker.

Começo a ficar furiosa! Como ela pode fazer essa pergunta a um estranho?

- Você não fez isso!

Carol solta um gritinho de euforia.

- Fiz sim, e ele disse que te conheceu no Natal e que não consegue tirar você da cabeça!

É bem reconfortante saber que Patrick também pensa em mim. Não consigo deixar de ficar com um sorriso de orelha a orelha! Eu não acredito em destino, mas, isso está ficando bem estranho. Nem percebo que Carol continua falando.

- Então eu dei seu endereço pra ele!

Cuspo o suco que restou no meu copo.

- VOCÊ O QUE?

- Dei seu endereço pra ele ué.

- Como que você deu o MEU endereço pra uma pessoa que eu mal conheço.

É com se eu conseguisse ver Carol dando de ombros para o meu desespero!

- Ele não ia conseguir te encontrar sozinho, então eu dei uma mãozinha, nada de mais.

DayOnde histórias criam vida. Descubra agora