Depois de 7 cortes e não sei quantos cigarros, eu já não estava conseguindo ficar bem só pelo fato de eu ser eu.
Agora eu entendi o porque eu sempre choro na frente do espelho, quando eu olho o reflexo no espelho consigo ver o meu eu inofensivo, e o meu eu ofensivo começa a piorar as coisas falando "Você é feia" "Não presta pra nada" "Vai ficar sozinha", e cada vez vou me desmontando mais.
Quando um amigo que é quase irmão, me diz que eu tenho muito auto conhecimento, eu fico feliz é como se eu tivesse uma chance de melhorar cada vez que eu me conheço mais, cada vez que eu estudo os sintomas, corro atrás pra saber o tratamento, pesquiso sobre os medicamentos que eu tomo pra saber o pra que serve e quando faz efeito, eu sinto que eu tenho uma chance pra melhorar, mas algo dentro de mim ainda insiste em pensar que vou levar isso pro resto da vida.
Ultimamente as pessoas que mais convivem comigo, tem notado minha mudança de humor muito rápido, é como se, ora eu fosse uma pessoa gentil e ora muito ignorante, as vezes uma personalidade tenta reverter a atitude da outra, meu eu inofensivo tenta consertar o que o ofensivo fez as pessoas de fora.
As vezes não me lembro se eu falei certa coisa, as vezes ate repito, não me lembro se tomei o remédio, se tomei banho, é difícil mas acontece.
E a única coisa que faço é ficar no quarto ou dormindo ou na Internet, tenho medo das pessoas então tenho dificuldade em socializar, as vezes deixo de comer por medo do que vão falar, e viver assim é sufocante, mas sou assim.
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Minhas Faces em Um Livro
SachbücherA luta dentro de mim é diária, mal sabia eu que desde criança sou assim, vou contar pra vocês sobre minhas duas personalidades, duas Gabrielas que me controlam, uma inofensiva, e uma ofensiva até demais.