Festa

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- FESSTAAAA!

- Cala a boca Vitor!

- Hoje tem festa Day! Dia de beber até esquecer o nome, e depois  beber mais um pouco.

- Eu sei.

- Nossa, que grossa você!

- Eu sei também.

- O que ta rolando?

- Nada.

Digamos que a última festa que eu fui não deu muito certo. Só consigo me lembrar de quando eu cheguei, e de ter acordado nua do lado de um cara nojento. Depois daquele dia eu procurei o cara, queria saber se os boatos que corriam na universidade era verdade.
- Eu queria, mas você chutou meu saco.- Foi oque ele disse quando eu ameacei bater nele com um pedaço grosso de galho que tinha por ali.
No outro dia mesmo os boatos foram desmentidos, depois que eu disse que meu suposto irmão iria atrás dele com sua gangue, caso isso continuasse. E eu nem irmão tenho.

- Dayane Lima, você é chata, mas não desse jeito.

- Eu já disse que nada Rapunzel.- Ri com a lembrança, bons tempos.

Eu estava esperando a bendita ruiva, cujo, nome é Carol desde cedo. Cheguei na livraria na esperança de encontrar ela parada na porta, mas nada. Já eram cinco da tarde, e eu não esperaria ela para poder fechar a livraria. Não que eu esteja interessada na ruiva, talvez eu tenha achado ela bem bonita, mas não chega a ser um interesse.

- Ta bom. - Voltou a limpar a prateleira onde continha vários romances.- Mas eu já disse que estou animado pra festa?

- Vai tomar no cú Vitor! - Taquei um livro nele, mas a Rapunzel desviou fazendo o livro bater na cara de uma pessoa que entrava na loja.

- Nossa, eu sei que quase fiz você perder o ônibus ontem, mas não esperava isso.- Carol disse passando a mão no braço, onde o livro bateu. Corri em direção a ela, começando a Passar a mão no em seu braço, Vitor começou a rir desesperadamente, fazendo com que eu morresse de vergonha e o xingase mentalmenre de todos os palavrões existentes.

- Nossa, desculpa, eu não te vi.- continuei passando a mão em seu braço.- Era pra ter atingido esse bosta.- Apontei para Vitor que parecia um idiota rindo.

Vitor continou rindo de mim, fazendo com que eu ficasse mais estressada.

- Não se preocupe, não machucou.- Sorriu. - Pode parar de rir dela agora coitada, olha ela tá vermelha.

Vitor veio até mim, me dando um abraço de lado.

- Ela planejou isso. Disse que quando você chegasse ia tacar um Livro na sua cabeça só de raiva.

- Vai se foder caralho! - Empurrei ele.- É tudo mentira.- Gesticulei as mãos. A menina observava tudo contendo o sorriso.

- É tudo verdade.- Disse indo para o fundo da loja.- A Day é terrorista, cuidado.

Carol riu do meu amigo. Eu estava tão constrangida, que não tive coragem de encarar ela por muito tempo.

- Olha, desculpa mesmo. Eu não sabia que ele era tão idiota assim.

Agora eu me sentia uma tremenda idiota, claro, quem acerta um livro na cara de alguém? E justo em uma pessoa que parece ser um anjo? Carol com seus cachos ruivos, dentes brancos e alinhados, parecia um anjo. Devo me lembrar de perguntar pra Deus o porquê de ter mandado ela pra terra, se fosse eu, a guardaria só pra mim.

Carol sorriu mais uma vez, mais uma vez que eu fiquei hipnotizada.

- Não se preocupe, eu entendi o acorrido. - Para de sorrir, por favor.

You Made Me StrongOnde histórias criam vida. Descubra agora