Capítulo Quatorze

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Lucca Albuquerque

Desperto com a claridade do sol invadindo o quarto. As janelas com pequenas frestas abertas deixando que a luz entre, suspiro sonolento e noto que ainda não passa das 06:00hrs da manhã. Sinto o braço levemente dormente e descubro que é pelos dos corpos que repousam sobre ele.

Alíce dorme tranquila com o rosto sobre meu ante-braço e para minha surpresa seu braço está sobre a cintura da pequena que descansa o rosto em meu peito. Sorrio imaginando em que momento a garotinha foi parar entre nós dois.

Com cuidado tiro o braço e caminho até a janela para fechar completamente as cortinas. Em seguida retorno a cama, as manhãs em Boston são sempre frias e úmidas, então acaba sendo inegável, o quão bom é ficar na cama.

Me acomodo novamente e Amélia gruda o pequeno corpo ao meu e ajeito os cobertores imaginando que ela esteja com frio. Não demora para que eu volte a pegar no sono, junto com as duas princesas da cama.

[...]

O leve chacoalhar em meu ombro me tira do sono profundo e pisco confuso, enquanto encaro Alíce em pé ao meu lado. Ela sorri levemente e balança meu celular em minha frente e leio seus lábios quando em silêncio ela avisa que é meu pai.

Penso em levantar mas a pequena Amy continua aconchegada a mim. Alíce parece compreender minha batalha interna, já que me entrega o celular sorrindo e me dá um selinho antes de dar a volta na cama e puxar a pequena para seus braços.

- Pai... - murmuro sonolento ficando em pé. - Está tudo bem?

- Eu que pergunto, já passa das dez e não me ligou, fiquei preocupado! - Ele conta e me surpreendo com o horário. - Está tudo bem?

- Sim, nós conseguimos falar com pai adotivo da Amélia, ele foi receptivo, está disposto a ajudar, nós vamos conseguir com certeza. A Amélia está dormindo com a Alíce!

- Ela está ai? - Grita surpreso e rio. - Vamos todos pra i convencê-la, vamos para o almoço.

- Não pai, vamos receber o Hector, "pai" da Amy. - Explico. - Venham para o jantar, durante o dia precisamos resolver todas as questões burocráticas, por isso é melhor que venham de noite.

- Está bem... - Ele suspira e sorrio sabendo que está fazendo drama. - Vou avisar todos, nos vemos anoite.

- Até mais tarde pai...

Desliguei sorrindo, incrível como ele pegou a mania da mamãe de dramatizar tudo. Me surpreendo quando os braços finos de Alíce rodearam minha cintura e ela beija minhas costas.

- A Jas ligou, surgiu um imprevisto e ela vai se atrasar! - Ela conta suave e me viro para abraça-la. - Disse que te avisaria. Vou preparar o café da manhã.

- Te ajudo. - Sussurro com o rosto em seu pescoço e ela suspira. - Toda molinha, o que acha de...

- Nem comece. - Ela ri se afastando. - A Amy, está aqui lembra? Vamos preparar o café, depois pensamos em todo o resto!

- Você é má...  - Aviso enquanto ela se afasta rindo e admiro o corpo delicado dentro da camisola rosa. - Não deveria usar esse tipo de pijama, é tentador!

Reaprendendo a Amar - Série:AMORES Onde histórias criam vida. Descubra agora