Capítulo Dez

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Lucca Albuquerque

Termino de revisar os gastos de uma obra em Malden, uma cidade vizinha a Boston. Coloco toda papelada dentro de uma pasta e abro no computador um relatório enviado por um dos meus contadores.

O celular vibra em cima da mesa chamando minha atenção e atendo rápido ao ler o nome do Matteo.

- Matt...

- Acabei de falar com o advogado dele. - Conta baixo. - Estão negando todas as acusações, Olavo alega que não vê Alíce a mais de cinco anos. Deixei claro que ela fez todos os exames necessários para provar os abusos e agressões. Mas ele continua negando!

- Desgraçado. - Bato contra a mesa irritado. - Tem alguma chance dele ser solto?

- Talvez, mas ele vai demorar alguns dias para conseguir isso. - Ele conta calmo. - Não vamos pensar nisso, quando o processo acabar ele vai ficar preso permanentemente.

- Tem razão. - Passo a mão pelo cabelo tentando encontrar calma. - Tem algo que possamos fazer?

- Por enquanto, tudo que pode fazer é encontra a filha da Alíce. Isso deixaria qualquer uma das mentiras dele absurdamente explícitas! - Ele fala com alguém um segundo. - Os exames já vão provar os abusos e agressões. Mas já faz quase um mês que ela não tem contato com ele, então conseguir dna dele é quase improvável. No entanto, ter a filha dele...

- Não é filha dele! - Interrompo por impulso e ele suspira.

- Sei que não. Mas ela tem o dna dele. Isso acabaria com todas as mentiras. - Afirma e suspiro de olhos fechados. - Entrei com pedido de busca, precisamos ser rápidos, não dar a ele tempo de tirar tudo do porão onde a prendia. É bem provável que amanhã as buscas comecem.

- Isso é bom...

- Lucca preciso desligar, o delegado vai me receber. - Avisa rápido. - Me ligue se tiver novidades.

- Você também. - Peço e ele concorda antes de desligar.

A porta é aberta e Alíce entra um pouco desconfortável, sorrio e a vejo suspirar aliviada antes de se aproximar, viro a cadeira de lado e ela senta no meu colo abraçando meu pescoço enquanto rodeio sua cintura.

- Ouvi um barulho alto. - Conta e sei que está falando do meu descontrole momentâneo. - Pareceu um murro e veio daqui.

- Fiquei um pouco irritado, desculpe. - Ela sorri puxando minha mão e toca o lugar avermelhado. - Logo passa, não se preocupe.

- O Leonel chegou. - Conta sorrindo. - Ele está pondo a mesa com a Jasmine.

- A cara do meu tio, todo educado ele! - Aviso levantando com ela nos braços. - Estou faminto, o que fizeram?

- Macarrão com almôndegas. - Meu sorriso cresce no rosto e ela ri me beijando antes de se afastar. - Vamos antes que aquela maluca nos busque...
Quando chegamos a sala de jantar Jas ri de algo que titio falou, enquanto coloca uma jarra sobre a mesa. Caminho até ele para comprimenta-lo e logo todos nos acomodamos para o almoço.

Em meio a risos e brincadeiras leves, o almoço passa rápido. Logo Alí se disponibiliza a ajudar Jasmine que a toca da cozinha. Então nós três seguimos para o escritório. Alíce nervosa, para saber das novidades.

Reaprendendo a Amar - Série:AMORES Onde histórias criam vida. Descubra agora