Ao adentrar na sala me deparo com uma cena pra lá de patética, a vagabunda estava debruçada sobre a cadeira do meu marido esfregando aquele decote nenhum pouco apropriado para o local de trabalho. Os dois me olham e depois se entreolham, e eu apenas os encaro. Minha vontade é de voar nessa lambisgoia, mas não vou dar esse gostinho.
– Cecília tudo bem? – Beatriz é a primeira a responder, enquanto Otávio passa a mão pelo rosto.
– Amor você por aqui há essa hora, aconteceu alguma coisa? – Ele diz se ajeitando e vindo em minha direção.
Saio do meu estado inerte, fecho a porta atrás de mim e sigo sala adentro ignorando meu marido, e respondo a safada que está tentando roubar meu marido, mas se ela acha que vai me fazer pirar aqui ela está muito enganada, vou fazer meu melhor papel de egípcia.
– Olá Beatriz, estou bem e você como vai?
– Como você vê estou ótima obrigada! – A vagabunda despretensiosa tem a ousadia de me desafiar, mas não irei entrar nesse joguinho querida, por que antes mesmo de você pensar em ganhar esse jogo eu já o tinha ganhado.
– Amor preciso falar com você um minuto; – Digo sem olhar na cara dele um minuto se quer, eu a encaro.
Ela recolhe as suas coisas e se retira da sala. – Com licença, continuamos depois Otávio.
– Tudo bem Beatriz. – Ele há responde.
Assim que ela fecha a porta ele começa a se justificar.
– Amor, não é nada disso que você está pensando.
– Mas eu não estou pensando nada, eu estou surpresa, apenas. – Ele me olha assustado. Deve estar com medo que eu faça algum escândalo.
– Cecília eu te conheço bem, por favor, mantenha a calma.
– Otávio eu vim apenas te dizer que a partir de amanhã eu estarei de volta à empresa ocupando meu lugar. – Digo e sigo em direção a saída, mas antes de sair eu aviso. – Há e me faça um favor não me incomode quando você chegar em casa, o quarto de hóspedes vai estar a sua disposição, tenha um bom dia amorzinho.
Sigo para o elevador sem ao menos olhar para trás, ele corre em minha direção, mas as portas do elevador se fecham e meu celular começa a tocar no mesmo momento, eu decido desligá-lo.
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A Vida da Gente
RomansaO casamento nem sempre é um mar de rosas, mas eu procuro sempre ser um marido atencioso e dedicado a família, e mesmo em meio às crises que um casamento está propicio a passar eu sempre estive disposto a superar qualquer circunstância que possa me a...