Capítulo 02

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Isso é obvio! Mas com certeza contratou alguém para executar, ele acabou de sair da cadeia, não seria tão burro para matá-lo e voltar... E esse é o mesmo alguém que eu quero pegar! – exclamou irritado – Mas que droga. Esse assassino não tem cara, não tem forma, não deixa rastros, nem pistas... Nada! Mata e some, parece até fantasma!

- Crimes perfeitos! Eu já te disse, é um profissional.

- Não! Nenhum crime é perfeito. Ele vai cometer alguma falha...

- É como procurar fumaça no ar!

- E eu vou achar. Ele vai pra trás das grades ou eu não me chamo Alfonso Herrera!


*******

- Que imbecil! Ele é tão... Certinho! – falou cheia de raiva, olhando o que havia pesquisado sobre o tal promotorzinho – Nenhuma emoção... Nada! – revirou os olhos, ainda lendo tudo o que havia achado sobre ele.

Bufou, passando para outra folha. Passou seus olhos lentamente por todo o papel e de repente um sorriso se abriu em seus lábios e seu olhar se iluminou.

- Ora, ora... Ninguém nesse mundo é mesmo santo. Então o certinho é fascinado por corridas de moto... – riu totalmente debochada, ainda lendo – Hum, isso vai ser bastante interessante.

Olhou em volta, suspirando. Já com mil e uma ideias martelando em sua cabeça para poder achar um cenário perfeito onde poderia conhecê-lo.

- Elisa, – interfonou com sua secretária – peça para a Olly vir até minha sala, por favor. – colocou o aparelho no ganho e encostou-se em sua cadeira.

Pouco depois ouviu as batidas na porta e mandou a pessoa entrar, imediatamente.

- Olly, eu preciso que você me informe sobre onde vai ter o próximo racha de motos. E preciso que você me consiga uma também... Mas tem que ter estilo e ser bonita, hein?

- Okay, Anahi! – sorriu – O que mais?

- Só isso! – a moça apenas assentiu e saiu.

Daddy Yankee – Gasolina

O barulho do acelerador das motos à sua frente lhe causava arrepios de emoção. Oh, como ele adorava aquilo, por mais que fosse clandestino.

Muita gente reunida em uma estrada afastada e deserta da cidade. As luzes dos automóveis possantes encandeando os olhos de quem se atrevesse a olhá-los. E as motos... Ah! As motos. Todas postas em uma fila reta, cada uma mais possante que a outra e com seus corredores em cima delas, apenas esperando o momento da largada. Várias pessoas apostando em quem seria o vencedor daquelas corridas malucas e sem regras. Quem chegar primeiro, vence. Perder ou ganhar.

Oh, e a adrenalina que escapava até pelos poros? Era a melhor sensação...

De repente uma moça, usando uma roupa curtíssima foi para o meio da estrada.

Rugem os motores.

As motos começaram a acelerar ainda mais. Ela levantou suas mãos, segurando um lenço branco em cada uma.

Cinco, quatro, três...

As motos aceleram ainda mais. Corações batendo acelerados. A adrenalina correndo pelas veias ainda mais.

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