Capítulo 09

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Você precisa acabar com esses seus sarcasmos! – ele colocou os braços sob a mesa, inclinando seu corpo para frente – Eles já sabem também seu nome e endereço. Você será intimada ainda esta semana.

Ela não deixou transparecer, mas estava em pânico.

Sua respiração ameaçava ficar acelerada, porém ela tratou de contê-la.

- Intimada para...?

- Como assim para quê? – ele respirou pesadamente – Eu creio que você será interrogada e acho também que terá uma prisão preventiva.

- Jura? – ela sorriu, cruzando os braços.

- Juro. Estou falando sério, Anahi

- Eu sei! Mas eu não vou comparecer nesse interrogatório.

- Você será presa!

- É mesmo? Eu serei presa se for ou se não for, não é? Então... Tudo dá no mesmo.

- Dá para você parar de falar sarcasticamente? O assunto é sério. – ele falou irritado e ela se calou – O que você pretende mesmo fazer?

- Uma cara sínica e perdida quando me perguntarem qualquer coisa! – ela sorriu – Sério Alfonso, eles não vão me prender! – piscou o olho e ele deu de ombros – Você vai estar lá?

- Provavelmente sim. Por quê?

- Então, qualquer coisa... Você me ajuda a fugir, não ajuda bambino?

- Estou do lado da justiça Anahi!

- Ah que pena, eu adoro coisas ilegais. – suspirou, parecendo chateada e ele apenas sorriu, meneando a cabeça.

Eles pararam o assunto, assim que uma garçonete se aproximou, anotou seus pedidos e saiu de perto. Ele ainda continuava a encará-la, até que lembrou que precisava perguntar uma coisa.

- Quem foi que mandou matar a Elena Rizzon?

- Eu não revelo os nomes dos meus clientes!

- Ah vamos lá, Anahi

- Sério, não vou te dizer. Mas você nem imagina quem foi?

- O ministro, ex-marido?

- É, essa é a pergunta que não quer calar. – ela sorriu debochada e ele suspirou com raiva.

- Odeio seus sarcasmos e deboches.

- Ah que pena, pensei que eles te atraiam! – ele fez uma cara irritada e ela gargalhou – Ah bambino, não fique assim! – soltou um beijo no ar para ele.

Ela adorava provocá-lo. E ele adorava as provocações dela.

Maledizione – ela exclamou quando viu o envelope branco em cima de sua mesa – Per Dio, era só o que me faltava!

Ela tremia um pouco, com o envelope que se encontrava em suas mãos. Estava abrindo o papel quando o telefone tocou.

- Eu não achei que saídas com as vitimas estavam inclusas... – ela escutou a voz de Matteo do outro lado da linha, assim que atendeu ao telefone.

- Oi para você também. E do que você está falando?

- O promotor, Anahi. Eu o quero morto.

- Estou me divertindo com a presa antes de matá-la, Matteo. Fique tranquilo.

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