prólogo

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Prólogo

Florença – Toscana, Itália. 22horas. Sábado.

- Carlo Montangue. Bonito nome, forte... Pena que você seja tão fraco. – sorriu, meneando a cabeça, enquanto andava lentamente, na direção dele – Não me olhe assim, – inclinou a cabeça para o lado, ainda o observando – não se preocupe, eu vou ser boazinha, farei isso o mais rápido possível! – ela tinha um sorriso sínico pintado em seus lábios.

Estava em frente a um moreno alto, que tinha suas costas coladas com uma parede de um beco escuro localizado atrás de uma boate movimentada. O som abafado da musica eletrônica não lhe impedia de ouvir a respiração falha dele. A luz fraca do poste há cinquenta metros não era empecilho nenhum para ver o medo brilhando nos olhos arregalados. O corpo dele tremeu quando sentiu a fina ponta da adaga que ela tinha em mãos tocar-lhe o abdômen por baixo da camisa. E ela sorriu mais.

Oh, ela adorava ver aquilo.

- Mas não garanto que será cem por cento... Afinal, pode doer um pouco! – e sem mais delongas enfiou a adaga tão afiada na barriga dele de uma vez, cortando a pele de cima a baixo. Ficou em pé, no mesmo canto e mantendo a mesma pose, enquanto o via cair ao chão, agonizando e sangrando deliberadamente.

Oh, ela também adorava a adrenalina que seu corpo liberava naqueles momentos.

Sorriu vendo-o deitado ao chão, clamando por ajuda. Mas ninguém o faria.

- Va-Vadia!! – conseguiu pronunciar num fio de voz.

- Sim, eu sou! – ela gargalhou secamente, abaixando-se em seguida até ele e brincando com a adaga suja de sangue em suas mãos.

- Desgraçada. Filha da puta! – ele disse encolhendo seu corpo cheio de dor e ela gargalhou novamente.

Puxou os cabelos negros dele para cima, fazendo a cabeça ficar em uma altura que pudesse expor o pescoço para ela. Era tudo o que ela queria. Passou a ponta da adaga naquela região, vendo-o engolir em seco.

Oh, ele estava morrendo de medo e não tinha como não apreciar aquilo.

- É, eu posso ser desgraçada e filha da puta também. – sorriu cinicamente – Mande um olá para Satanás por mim, por favor. E faça seu último pedido antes de ir para o inferno.

Fora a última coisa que disse antes de cortar o pescoço dele e soltá-lo de vez no chão. O sangue escorria rapidamente e logo formou uma poça. E ela permaneceu ali, até ele morrer, ficando satisfeita logo em seguida. Guardou sua adaga na bota que calçava e saiu caminhando como se nada tivesse acontecido.

Mais um dever cumprido.

Oh, como ela amava aquele trabalho.

O salto alto fino batia no concreto, fazendo um barulho discreto enquanto ela caminhava pela calçada de maneira singular e... Poderosa. O cabelo Loiro esvoaçava e sempre com o sorriso lateral pintado nos lábios.

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