Capítulo 41

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Oii gente!!
Mais um capítulo de partir o coração 😢
Comentem, curtam e compartilhem para divulgar, por favor!!
Bjsss, até o próximo.
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Ela respirava com ajuda de um aparelho, haviam vários fios ligados à ela. Ela tinha alguns hematomas pelo corpo. A perna direita dela estava engessada.

-Manu - o Gustavo sussurrou passando amão no rosto dela

A Clary foi até ela e a abraçou chorando, eu me aproximei mas era como se eu não tivesse permissão.

-Eu te amo tanto - falei dando um beijo na testa dela

-Ela também, cara - o Gustavo falou - Nós vamos descobrir o que estava acontecendo - completou

Nós ficamos um tempo ali dentro, olhando para ela. Ela estava pálida, sem brilho, sem cor

-Nós precisamos ir para a delegacia - o Gustavo falou - Eu quero justiça

Antes de sairmos, eu dei um beijo na testa dela e sussurrei:

-Eu te amo

Saindo do hospital, todos nós fomos para a delegacia. E quando chegamos lá, cada um precisou dar depoimento. Os pais da Manu já queriam um advogado, depois que o delegado afirmou que foi uma tentativa de homicídio.

-Sabe que você precisa de um álibi, certo? - o delegado falou para mim

Depois que eu falei que a Manuela tinha terminado comigo minutos antes do acidente. Ele começou a me ver como um suspeito

-Eu nunca faria nada a ela, o senhor pode ver as câmeras do meu prédio e da rua que o acidente aconteceu, pode confiscar o meu celular. Eu amo aquela garota, eu nunca a machucaria - falei nervoso

-Nicolas, mantenha a calma - meu pai falou

O senhor Rafael teve que entrar comigo e ser meu advogado. Isso me irrita, o fato dele ser um ótima advogado e ter uma empresa super conhecida, as pessoas sempre sabem que ele é. E o peso sempre caiu sobre mim.

Quando entramos na delegacia, tinham alguns repórteres na porta. Querendo saber o que realmente aconteceu com a filha de uma arquiteta famosa e, ao mesmo tempo, namorada do filho de Rafael Ross. Palavras da jornalista que eu vi na televisão da delegacia, antes do meu depoimento.

-Se eu fosse você, escutaria as palavras do seu advogado - o delegado falou sério

-Vou precisar do seu celular e irei conferir as câmeras - o delegado continuou - Não saia da cidade, senhor Ross - completou me liberando

-Eu não acredito que eu virei suspeito - falei serrando os punhos assim que eu saí

-Nós sabemos que você não faria e não fez nada, isso será esclarecido - o pai da Manu falou

-Podemos conversar? - meu pai se dirigiu ao pai da Manu

Eles dois se afastaram e eu fui para o lado da minha mãe que estava com a mãe da Manu, o Gustavo, a Clary e a Bianca

-Vai dar tudo certo, filho - minha mãe falou quando eu me aproximei

-Eu não to acreditando nisso tudo - falei

-Vocês três precisam relaxar, é melhor irem pra casa - a mãe da Manu falou

-Mas mãe - o Gustavo tentou protestar

-Por favor, filho. Eu e o seu pai ficaremos com a sua irmã hoje. Amanhã vocês podem ficar com ela - falou e o Gustavo assentiu

Nós saímos da delegacia e os meus pais me levaram pra casa.

Entramos no meu apartamento, eu sentei no sofá e as lágrimas voltaram

-Ela vai ficar bem - minha mãe falou me abraçando

-Eu estava lá, eu podia ter puxado ela ou sei lá - falei

-Nick, pare de se culpar - minha mãe falou acariciando meu cabelo - Seu pai vai pegar o caso - falou

Que?
Por que??

Eu olhei para ele, e o mesmo observava atentamente o apartamento.

-Procurando algum defeito? - perguntei sério

-Filho, não começa - minha mãe pediu

-Por que você pegou o caso? Você nem se importa, nem conhecia ela direito - falei levantando

-Ela é importante pra você. E eu sou amigo do pai dela, não fale besteiras - o tom de voz dele era calmo

-Como? - olhei confusa pra ele

-Ele trabalha na empresa que é a maior aliada da minha - falou - Eu já o conhecia - completou

-Agora deu para se importar comigo? - perguntei

-Eu nunca deixei de me importar, Nicolas - falou sério

Isso só pode ser brincadeira

-Ao contrário do que você acha, eu sempre me importei, eu errei muito, mas nunca deixei de me importar com o meu próprio filho. Eu sempre acompanhei sua vida, de longe, mas sempre acompanhei - falou nervoso

Eu olhei para a minha mãe e ela confirmou a história com a cabeça

-Seu pai te ama, ele sempre trabalhou muito, mas sempre quis estar com você. Ele não sai de casa desde que você se mudou - falou triste

-Foi muito difícil perder a sua irmã, eu entrei em depressao, Nicolas. Eu me fechei muito, isso foi errado, mas aconteceu. Eu vi que trabalhando, eu poderia aliviar a minha angústia. Eu sempre me culpei por tudo!

-Quando você saiu de casa, eu percebi que eu tinha perdido meu único filho, e a culpa era totalmente minha. Você me odeia porque eu cometi o erro de te afastar de mim. Eu tenho muito orgulho da profissão que você quer seguir, eu não duvido que você vá conquistar isso - falou chorando

-Eu não te odeio - falei sincero - Eu me tornei essa pessoa só pra chamar sua atenção - confessei

-Eu preciso do seu perdão - pediu

-Não é tão fácil assim, você precisa conquistar meu perdão - falei calmo

-Eu irei, já me deixa aliviado você ter me dado essa chance - falou

-Eu só não voltarei pra casa. Eu precisava dessa mudança - falei e ele assenti

Eu fui até ele e o abracei, ele não reagiu de imediato, mas depois me abraçou de volta

Eu precisava disso
Eu não lembro nem qual foi a última vez que isso aconteceu

...

Meus pais foram embora um pouco tarde, assim que eu fechei a porta, eu escorreguei pela porta e comecei a chorar

Eu tinha conseguido o que eu sempre quis do meu pai. Mas a garota que eu tanto amo está entre a vida e a morte, e eu não posso fazer nada.

Eu fiquei muito tempo no chão deixando todas aquelas lágrimas escorrerem e depois eu só me joguei no sofá e dormi, ou melhor tentei.

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