Capitulo 47

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Oii gente!!
Olha quem voltou mais cedo!!!
Eu estou com uns 5 capítulos prontos, quem sabe eu não poste mais um amanhã também...
Comentem, curtam e compartilhem para divulgar, por favor!!
Bjsss, até o próximo.
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-Gustavo, não podemos ir pra casa? - perguntei rezando para a resposta ser sim

-Ah Manu, vai ser rápido, eu prometo - falou estacionando o carro

As imagens de tudo o que aconteceu começaram a me assombrar. O Gustavo abriu a porta do carro para me colocar na cadeira e eu tremia.

-Ei, tá tudo bem? - perguntou

A Clary me olhou atentamente, vendo que eu estava extremamente desconfortável.

-Ela tá com medo - falou

-Eu não consigo, foi lá que tudo aconteceu, foi essa rua, eu quero ir embora - falei rápido

-Ei, não vai acontecer de novo, eles estão presos. Respira, tá tudo bem - meu irmão começou a tentar me acalmar

O ar começou a fazer falta, eu suava frio. Meu corpo parecia paralisado.

-Ela tá tendo um ataque de pânico - a Clary falou nervosa

-Manu, tenta respirar, com calma - o Gustavo estava desesperado

A Clary entrou dentro do carro e começou a revirar o porta luva. Eu ainda estava no banco de trás, a falta de ar estava piorando.

-Aqui - ela me esticou um saco

Ela colocou ele na minha boca e mandou eu assoprar. O Gustavo pegou na minha mão, me encorajando.

-Vamos sair daqui, isso vai acalmar ela - a ruiva falou

Ela entrou no carro e sentou ao meu lado, tentando ainda fazer eu me acalmar. O Gustavo entrou na parte do motorista e ligou o carro. Nós saímos de onde estávamos em alta velocidade.

Aos poucos, o ar foi enchendo os meus pulmões.

-Melhor? - a ruiva me perguntou quando eu comecei a me acalmar

Eu assenti em resposta e logo em seguida a abracei.

-Gustavo... - antes que eu terminasse de falar, ele me interrompeu

-Não Manu, eu vou falar com a mamãe e o papai - falou sério e eu bufei

Se eles já estão me sufocando com a preocupação deles, imagina se eles souberem disso

A carro ficou em silêncio, quando chegamos em casa, eu resolvi entrar de muleta.

É tão bom estar andando, colocar os pés no chão, mesmo estando com muleta, sou eu me virando sozinha.

-Ah meu Deus - minha mãe falou quando me viu entrar

Ela veio correndo me abraçar e eu senti as lágrimas dela molharem minha blusa. Meu pai me olhou com a mesma cara de emoção e também veio me abraçar.

-Eu sabia que você iria sair dessa - falou me dando um beijo na testa

-Eu to cansada, acho que eu vou deitar um pouco - falei depois do longo abraço

-Eu te ajudo - a ruiva falou

Nós fomos subindo as escadas bem devagar, quase parando. Mas aquilo já era mais um avanço.

-Pai, Mãe, precisamos conversar - escutei o Gustavo falar antes de nós subirmos os últimos degraus

-Eles vão enlouquecer - falei assim que entramos no quarto e eu sentei na cama

-Provavelmente - falou sentando ao meu lado - Isso nunca tinha acontecido antes? - perguntou e eu neguei com a cabeça

-Foi horrível - falei

Alguém bateu na porta e já foi logo entrando, era a minha mãe com a maior cara de preocupada

-Vou deixar vocês sozinhas - a Clary falou saindo do quarto

-Eu estou bem, mamãe - falei antes da mesma sentar na cama e me dar um abraço

-Você nunca teve uma crise de pânico - falou acariciando meu rosto

-Eu ando muito tensa, vai ver foi isso - falei mas eu sabia que aquilo tinha sido causado pelo meu pavor com o Starbucks

-Você não acha melhor adiar esse julgamento? - perguntou

-Não, eu quero acabar com isso logo - falei confiante

-E que tal um psicólogo? - sugeriu

Ah não
De novo não

-Mãe, não precisa, eu to bem - falei

E ela fez cara de quem não iria discutir. Da última vez, eu fiz de tudo para não ir, mas tive que ir e mentir sobre o motivo de eu estar lá.

Meu pais não podem saber a origem da cicatriz do meu pulso

-Eu te amo, nunca se esqueça disso - falou me dando um beijo na cabeça e indo em direção à porta

-Mamãe - chamei e ela me olhou esperançosa

-Preciso de ajudar pra tomar banho - falei e vi a cara dela de decepção, aquilo doeu

Ela me ajudou com o banho e depois me ajudou a trocar de roupa. Assim que ela saiu do quarto, eu fui me ajeitando para deitar na cama.

É tão bom conseguir fazer algumas coisas sozinha já

-Eu fiquei sabendo do que aconteceu, você está bem? - o Nicolas entrou apressado no meu quarto minutos mais tarde

-Ei calma, eu to bem - falei enquanto o mesmo me dava um abraço

-Mesmo? Eu fiquei preocupado - falou ainda nervoso

-Tá tudo bem, amor - falei dando um selinho no mesmo

Ele me abraçou e ficou agarrado a mim por longos minutos. O coração dele estava acelerado. Ele estava com medo de me perder de novo.

-Eu sei porque você está assim - falei e ele olhou dentro dos meus olhos - Você vai ter que me aturar por muito tempo ainda - completei e o vi sorrir

-Eu tenho uma proposta pra você - falou e eu o olhei curiosa - O que você acha de viajarmos? Só nós dois, naquela casa de campo dos meus pais - falou

Seria ótimo, um tempo só nosso, longe de toda essa loucura.

-Eu amei a ideia - falei sorrindo

-Nossos pais concordaram com a ideia, eles acham que nós precisamos nos afastar de tudo isso. Só seu pai que tá meio receoso - explicou e eu senti meu rosto esquentar

-Eu imagino as coisas que ele está pensando - falei rindo - E quando seria essa viagem? - perguntei

-Final de semana que vem. O julgamento é no sábado, então semana que vem as coisas estarão mais calmas - falou

-Vai ser ótimo um tempo só nosso - falei sorrindo

-Concordo plenamente - falou com um sorriso malicioso

Bem Mais Que Uma Simples Mudança.Onde histórias criam vida. Descubra agora