Dia Dez

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DEAN ESTÁ ME BEIJANDO.
Ele está mesmo me beijando.
Seus lábios encostaram nos meus levemente e depois de forma mais intensa. Dean buscou uma passagem que eu lhe dei de bom grado e logo sua língua estava brincando com a minha.
E isso era incrível. Maravilhoso. Beijar Dean era algo muito próximo do Paraíso, eu tenho certeza.
Uma de suas mãos estava enroscada em meus cabelos, segurando minha cabeça no lugar onde ele queria: junto dele. Ele me prendia com firmeza o suficiente para me fazer acreditar que estava com medo que eu decidisse me afastar. Uma coisa que eu jamais faria aliás, não sou eu quem vai parar o que está acontecendo aqui, não mesmo.
A outra mão estava me enlouquecendo, ela começou subindo lentamente por minha coxa e agora estava afastando o tecido da minha camisa e acariciando minha barriga.
Eu estava enlouquecendo.
Me lembrei que eu também tinha mãos, era muito difícil pensar com Dean fazendo essas coisas, e o envolvi com meus braços, passando a mão lentamente por suas costas, também por baixo da camisa. Sinto Dean estremecer e soltar um gemido baixinho que faz muito pouco pela minha sanidade.
Ele deixa minha boca e eu quase solto um resmungo mas Dean não me decepciona por muito tempo, sua boca vai para meu pescoço, distribuindo beijos molhados até meu ombro. Deixo um gemido escapar. Dean geme em resposta

- faz isso de novo

A voz dele está completamente rouca, tão encharcada de luxúria que faz cada parte de mim se arrepiar.

- O que ?

Consigo dizer com voz trêmula, e na verdade eu gostaria de me parabenizar, conseguir falar enquanto mal consigo respirar é meu novo recorde pessoal.

- Esse som... tão sexy

Eu não respondo porque Dean parece empenhado em arrancar mais gemidos de mim e ataca meu pescoço, chupando, depois mordendo e ai beijando docemente. E eu vou morrer. Tenho certeza que vou. Com toda a certeza eu gemo de novo

- deus...

Num movimento rápido, Dean inverte nossas posições no sofá, agora ele está por baixo e eu por cima. Ele prende a mão no meu cabelo e puxa minha cabeça até que nossas bocas se encontram de novo.
Eu gosto dessa nova posição, gosto mesmo.
Puxo a camisa de Dean para cima, porque um tecido nunca me incomodou tanto.
Há uma parte do meu cérebro que está ciente da loucura disso tudo. Mas com certeza eu não estou dando ouvidos para isso agora.
Dean para de me beijar, me ajudando a tirar a camisa e no segundo que ela sai do seu corpo ele me puxa de volta. E agora estou deitada sobre seu peito nú e é a coisa mais excitante que já senti. Consigo sentir seu calor mesmo que eu ainda esteja de blusa. Seu peito sobe e desce tão rápido quanto o meu. Desesperado por ar, mas ainda sim ele não para de me beijar.
Talvez nós dois saibamos que quando pararmos teremos que lidar com isso. Quando nos afastarmos isso não poderá continuar acontecendo. Talvez estejamos tentando pegar o máximo um do outro enquanto podemos.
Sem deixar de me beijar, ele começa a puxar minha blusa também, mas ele não parece disposto a largar minha boca, então a blusa continua presa em meu corpo.
Estamos tão envolvidos um no outro que demoramos para perceber o insistente toque de celular. Não é meu, é o celular dele.
Eu acho que Dean vai ignora-lo, é o que eu gostaria que ele fizesse mas Dean tenta se sentar, não é uma tarefa bem sucedida já que estou deitada sobre ele. Seu braço envolve minhas costas, me segurando, e ele se senta sem me afastar, de forma que eu acabo em seu colo, de frente para ele, uma perna de cada lado da sua cintura.
Ele pisca os olhos e balança a cabeça, como se estivesse tentando se orientar e olha ao redor.

- Onde ta?

A voz dele ainda está rouca o que me agrada. Sei que ele está excitado porque ,bem, estou sentada no colo dele e posso sentir.

- Acho que você deixou cair no chão, escutei alguma coisa

É estranho estar tendo essa mini conversa depois do que acabou de acontecer. Eu acho que nós deveríamos voltar a nos beijar e ignorar o assunto, ignorar qualquer outra coisa.
Eu me estico para pegar o celular de Dean, mas meu movimento o faz prender a respiração e imediatamente suas mãos me seguram, me paralisando.

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