Dia Dezessete (Parte 3)

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Dean é tão gostoso.
Uau.
Eu queria poder lambê-lo.
Não acredito que estou tendo esse pensamento. O que está dando em mim?
Talvez eu esteja um pouquinho bêbada.
Acho que eu deveria ter parado à alguns drinques atrás, como Dean sugeriu.
Bem, paciência, não é?  Isso não importa mais agora. O que importa é que quero beija-lo.

Levanto um pouco cambaleante da canga em que estou deitada na areia. Clarke tira o óculos dos olhos para poder me olhar.

- Onde você vai?

- Tenho que falar com Dean

Ela olha na direção onde Dean está, bem no meio de uma partida de vôlei com os meninos. Eu e Clarke jogamos por um tempo, mas decidimos parar para relaxar um pouco.

- Agora? Os meninos estão no meio de um jogo

- Shiiiiiu

Eu tento colocar o indicador em frente a boca, para fazer sinal de silêncio, mas meu dedo não consegue encontrar meu rosto e minha mão vai parar em meu ombro. Eu rio alto da minha falta de coordenação.

- Você é mesmo fraca para bebidas.

- Eu não to bêbada sua bobaaa

- Claro que não.

Dou de ombros e deixo Clarke para trás, a ouço rindo enquanto vou até Dean.
Atravesso o campo improvisado onde os meninos estão jogando vôlei, e Dean age como meu herói quando afasta uma bola que estava prestes a vir em direção ao meu rosto.

- Foi mal

Lucas, que tinha jogado a bola, se desculpa. Não que ele tenha qualquer culpa, eu sou a única maluca que está invadindo a partida.

- Gabi! O que tá fazendo? Presta atenção.

Dean me repreende enquanto me segura pelo braço e me afasta da zona onde a bola poderia bater na minha cara.
Deixo meu corpo cair de encontro ao seu e rio em seu peito.

- Dean! Você acabou de salvar minha vida, meu herói.

Ele me afasta de si, mas suas mãos permanecem em meus ombros, me segurando.

- Você tá bêbada?

- Só um pouxinho

Encosto meu indicador no polegar para deixa-lo saber que estou praticamente sóbria.
Dean penteia meus cabelos para trás, o tirando de meu rosto. Há um sorriso carinhoso em seus lábios.

- Um "pouxinho", em? Tudo bem, mas vamos evitar mais bebidas por hoje, está bem, mocinha ?

Faço um biquinho chateado.

- Ah Dean... Eu to ótima

Ele sorri e rouba um selinho tão rápido de meus lábios que mal sinto.

- Não tenho dúvidas de que esteja. E para que você continue assim, vamos pegar leve

Ele me solta apenas para caminhar até o isopor e pegar uma garrafa de água para mim.
Dean diz alguma coisa para os meninos sobre abandonar o jogo e segura minha mão, nos conduzindo para longe de nossos amigos.

- Mas sério, linda. Por hoje chega. Toma, bebe um pouco de água.

Ele solta minha mão para abrir a garrafa e depois a empurra em minha direção. Sua mão agarra a minha de novo.

- Você tá bravo comigo?

Ele aperta minha mão e deixa seu polegar se movimentar para cima e para baixo nela.

- Claro que não. Estou feliz que você esteja se divertindo. E até que você fica fofa meia tontinha assim

Ele não parece mesmo zangado. Seus olhos me miram cheios de carinho. Como se eu fosse a criatura mais adorável que já viu.
As vezes, quando Dean me olha, tenho a sensação que ele faria qualquer coisa por mim.
Isso me assusta.
Eu não estava triste antes, mas estou agora, eu queria que isso fosse verdade. Eu e Dean. Tudo isso.

Em 45 dias a gente termina tudo.Onde histórias criam vida. Descubra agora