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{Por gentileza votem, comentem. Boa leitura }.



Isak mal conseguia respirar direito. Seu coração pulsava numa velocidade a qual ele nunca sentira antes.

Eram inúmeros sentimentos, todos rodopiando em volta e dentro de si.

Ver a imagem do homem saindo do carro e correr até Even o aliviou. Ao pensar em aproximar-se, sentiu um nojo e um repúdio inexplicável.

O homem olhou para o garoto caído e fez pouco caso. Parecia atordoado, já que seus pés batiam-se um ao outro e tropeçavam.

O encaracolado teve a sensação de que já o conhecia por conta de seu cérebro lhe mandar visões e imagens bem feitas daquele homem, como se houvesse vivido algo com ele.

Voltou o mais rápido que pode para dentro do carro e saiu às pressas sem prestar socorro.

Valtersen disparou até onde Næsheim estava caído, ajoelhando ao seu lado e levando dois de seus dedos até seu pulso para medir seus batimentos.

A frequência estava fraca. Isak desesperou-se ainda mais ao ver o sangue que escorria da nuca e testa de Even, além dos gemidos de dor que o mesmo emitia.

Olhou para a janela, mas sua mãe não estava mais lá.

O de olhos verdes segurou o rosto de Even e virou-o vagarosamente até que o mesmo pudesse o olhar. Ele mantinha os olhos semicerrados.

O menor teria de fazer o que nunca esperou que precisasse: revelar o seu segredo mais secreto de todos.

Seus olhos verdes nadavam por entre as lágrimas e tudo o que ele precisava era de concentração… E rápido ou então Even não resistiria.

Seu olho direito tornou-se dourado e brilhante, o que assustou Naesheim; ele poderia tentar fugir, mas todo o seu corpo latejava e o impedia de fazer aquilo.

O olho direito de Isak brilhou mais intensamente e de sua boca, uma fumaça branca e fria saiu-se e adentrou à entreaberta do maior, que fechou os olhos pelo ar recebido.

Pouco tempo depois, Valtersen se afastou e tossiu, curvando-se para frente e segurando o amuleto que carregava no pescoço.

Even fechou os olhos instantaneamente e os abriu logo depois. Ainda tinha fortes dores pelo corpo e um sangramento na testa, mas parecia bem.

Arregalou os olhos ao ver o dourado do olho de Isak desaparecer até voltar ao esverdeado.

Even segurou a mão de Isak beijou-a, fazendo um carinho tímido nas costas da mesma.

— Não acredito que irei perder o jantar… — disse Even completamente rouco e ainda debilitado.

— Você é inacreditável! — riu baixinho, passando o polegar sobre a testa ferida — Pedirei para o meu pai me ajudar a levá-lo para dentro. Irei lhe fazer um curativo e ligar para a sua mãe vir lhe buscar, tudo bem?!



Even acenou positivamente, gemendo ao remexer seus quadris.

— Isak ?!

— Hum?! — apoiou as mãos no chão para levantar.


— O que você é?!

Isak deixou um beijo na bochecha de Even, que sorriu pela umidez de sua boca.

— Eu explicarei, mas não hoje… Não agora.

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