Epílogo

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— É amanhã — Harry murmura com seus lábios contra o rosto de Louis; a escuridão da cela por ter um lençol nas grades, engolindo seus corpos.

— Eu sei, amor.

Harry puxa Louis mais para cima, agarrando-se ao corpo dele enquanto o homem começa a cair no sono. O rosto dele perdido na curva do pescoço do garoto.

Harry fecha seus olhos com força, dando seu melhor para acreditar nas palavras de Louis: que ele sairia dali e que eles ficariam juntos, independente do resultado do julgamento.

Baixinho, Harry chora contra os fios de cabelo mais compridos de Louis, alguns fios brancos surgindo. E enquanto cai no sono, o garoto só consegue pensar que, apesar de ter conhecido seu namorado em uma penitenciária de segurança máxima, ele que estar ao lado de Louis por tempo suficiente até que aqueles fios de cabelo se tornem todos brancos. Pouco se importando com o quão clichê aquilo é.

...

Inquieto pela primeira vez em muito tempo, Louis anda por toda a cela. Seus passos firmes representando todo o aperto que existe em seu coração, e toda a ansiedade que corre por suas veias.

Horas se passam até que a cela seja aberta outra vez, seu garoto sendo desalgemado por um guarda e entrando às pressas, pulando em seu colo, quase o derrubando.

— Eu estou livre, Lou — conta com as malditas lágrimas já escorrendo sem parar, todas indo parar diretamente na clavícula de Louis. — Sou inocente e estou livre.

E a próxima coisa que Louis se lembra é de estar no chão, um lençol nas grades barrando a luz que vem de fora e os mantendo longe de olhos curiosos. Harry está sobre seu corpo, as mãos espalmadas em seu peito enquanto ele rebola em seu pau.

O garoto tem a cabeça jogada para trás, os cachos estão longos e balançam conforme ele se move. Subindo e descendo pelo corpo de seu namorado.

Gemendo baixinho e com as bocas coladas, eles gozam não muito tempo depois. Harry despencando em cima de Louis que aceita o corpo dele de bom grado, abraçando-o com carinho e proteção.

Um beijo é deixado na testa úmida de suor do garoto.

Harry rola para o lado, deitando sua cabeça no braço estendido de Louis, sua mão brincando no peito dele, fazendo círculos inexistentes com a ponta de seus dedos

— Até amanhã, às onze — ele diz baixinho como um mantra, repetindo, pela milésima vez naquele dia, até que horas estaria com seu namorado.

— Até amanhã, às onze.

Louis fecha os olhos e aperta o garoto contra seu peito.

Mama, just killed a man — ele canta baixinho, atirando a cabeça para trás, dando ênfase nos versos.

— Clássico, mas não parece ser uma boa hora.

Louis ri baixinho e deixa um beijo na boca do garoto, e com os lábios contra os deles, continua a cantar quase que em sussurros. Era lindo e íntimo.

Put a gun against his head, pulled my trigger — cantarola. — Now he's dead.

— Você vai me matar?

Flowers and Confessions | L.S. |Onde histórias criam vida. Descubra agora