Chapter VI

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Episode: Upward Over the Mountain - Iron & Wine

(Notas da autora: escutem essa música com o capítulo, está na mídia ❤️)

Denver é uma cidade consideravelmente agradável de se morar: estações bem definidas, neve, montanhas, comércio. Você sabe, muito favorável para "felicidade".

É engraçado, porque hoje em dia a felicidade virou um tema tão falado e mencionado que soa mais como um produto de mercado do que algum sentimento.

Nós a transformamos em uma moda.
Do tipo, há aqueles com tendências mais manufaturadas que defendem sua aquisição através do dinheiro. Há também os idealistas, os quais apresentariam correntes filosóficas - possivelmente trariam algumas citações de Aristoteles, e de que felicidade é uma atividade a ser exercida; Ou os que ultimamente predominam - românticos de internet mascarados de positivistas - com seus pregões de que ela se encontra em elementos pequenos, simples, do cotidiano que geralmente ignoramos.

O fato é: a ideia dela é comprada de um jeito diferente por cada um, vestida e reproduzida através de todo o marketing personificado pela própria existência contemporânea.
As pessoas a transformaram em uma obsessão doentia.

Alguns alegam que está nas pequenas coisas, no aroma do café, no cantar dos pássaros, na eternidade da natureza...

E, honestamente, Louis rolaria os olhos para a maioria destes vértices.
Amava café amargo, e ele sempre o bebericava no trajeto do trabalho. Porém, café era só café.
As melodias de pássaros eram um pouco reconfortantes em manhãs de mau-humor. No entanto, ainda, não passavam de piares harmônicos.

Louis não tinha consolidado sua versão de felicidade.

Veja bem, ele poderia alegar que seu primeiro emprego aos vinte e quatro anos (condicionando uma remuneração razoável e folga aos finais de semana) era espetacular. Mas nunca foi um workaholic fervoroso para intitula-lo 'felicidade'.

Ou... no seu diploma. Um diploma envidraçado, envernizado e pregado no corredor de seu pequeno apartamento. Um diploma da Universidade de Pittsburgh, onde se formou com honras em Artes. E estudos são imprescindíveis, não? Mas havia algo sobre o sistema de educação e sua gestão que o incomodava, e por essa implicância ele não nomearia o diploma como a razão de seus sorrisos.

Talvez ele devesse atribui-la ao seu relacionamento estável de longo-prazo com Grey, seu antigo amigo na faculdade que acabou assumindo um papel mais promissor na sua fase jovem-adulta. E, okay, Louis realmente gostava de Grey e de como era simples com ele - andar de bicicleta, ir na cafeteria, sair com amigos... mas... bem.

No fim, as coisas serão apenas as coisas dependendo da dimensão que você as delineia .

E era estranho pois Louis se recordava de ter se sentido muito mais contente quando menor. Parecia que as horas transcorriam mais lentamente, o Natal demorava mais pra chegar (e quando chegava tinha toda aquela ansiedade espirituosa, sabe) e seu aniversário soava como uma data muito aguardada.

Quando criança haviam as viagens em família, os desenhos animados, as brincadeiras inventadas que faziam algum sentido na sua cabeça... e elas eram divertidas e o ocupavam pela tarde inteira, apenas correndo, sem responsabilidades, queimando-se sob o sol, rindo nessa efervescência da juventude com... com... com Harry.

E, certo, Harry estava entitulado como "assuntos a serem relevados para não provocarem mais dor", contudo, era inevitável. Ainda - depois de sete anos - era difícil admitir que ele nunca foi totalmente esquecido. Que ele ainda ocupava algum território em seu subconsciente.

Harry in Wonderland  [❀ls fanfiction ❀]Onde histórias criam vida. Descubra agora