Episode: Upward Over the Mountain - Iron & Wine(Notas da autora: escutem essa música com o capítulo, está na mídia ❤️)
Denver é uma cidade consideravelmente agradável de se morar: estações bem definidas, neve, montanhas, comércio. Você sabe, muito favorável para "felicidade".
É engraçado, porque hoje em dia a felicidade virou um tema tão falado e mencionado que soa mais como um produto de mercado do que algum sentimento.
Nós a transformamos em uma moda.
Do tipo, há aqueles com tendências mais manufaturadas que defendem sua aquisição através do dinheiro. Há também os idealistas, os quais apresentariam correntes filosóficas - possivelmente trariam algumas citações de Aristoteles, e de que felicidade é uma atividade a ser exercida; Ou os que ultimamente predominam - românticos de internet mascarados de positivistas - com seus pregões de que ela se encontra em elementos pequenos, simples, do cotidiano que geralmente ignoramos.O fato é: a ideia dela é comprada de um jeito diferente por cada um, vestida e reproduzida através de todo o marketing personificado pela própria existência contemporânea.
As pessoas a transformaram em uma obsessão doentia.Alguns alegam que está nas pequenas coisas, no aroma do café, no cantar dos pássaros, na eternidade da natureza...
E, honestamente, Louis rolaria os olhos para a maioria destes vértices.
Amava café amargo, e ele sempre o bebericava no trajeto do trabalho. Porém, café era só café.
As melodias de pássaros eram um pouco reconfortantes em manhãs de mau-humor. No entanto, ainda, não passavam de piares harmônicos.Louis não tinha consolidado sua versão de felicidade.
Veja bem, ele poderia alegar que seu primeiro emprego aos vinte e quatro anos (condicionando uma remuneração razoável e folga aos finais de semana) era espetacular. Mas nunca foi um workaholic fervoroso para intitula-lo 'felicidade'.
Ou... no seu diploma. Um diploma envidraçado, envernizado e pregado no corredor de seu pequeno apartamento. Um diploma da Universidade de Pittsburgh, onde se formou com honras em Artes. E estudos são imprescindíveis, não? Mas havia algo sobre o sistema de educação e sua gestão que o incomodava, e por essa implicância ele não nomearia o diploma como a razão de seus sorrisos.
Talvez ele devesse atribui-la ao seu relacionamento estável de longo-prazo com Grey, seu antigo amigo na faculdade que acabou assumindo um papel mais promissor na sua fase jovem-adulta. E, okay, Louis realmente gostava de Grey e de como era simples com ele - andar de bicicleta, ir na cafeteria, sair com amigos... mas... bem.
No fim, as coisas serão apenas as coisas dependendo da dimensão que você as delineia .
E era estranho pois Louis se recordava de ter se sentido muito mais contente quando menor. Parecia que as horas transcorriam mais lentamente, o Natal demorava mais pra chegar (e quando chegava tinha toda aquela ansiedade espirituosa, sabe) e seu aniversário soava como uma data muito aguardada.
Quando criança haviam as viagens em família, os desenhos animados, as brincadeiras inventadas que faziam algum sentido na sua cabeça... e elas eram divertidas e o ocupavam pela tarde inteira, apenas correndo, sem responsabilidades, queimando-se sob o sol, rindo nessa efervescência da juventude com... com... com Harry.
E, certo, Harry estava entitulado como "assuntos a serem relevados para não provocarem mais dor", contudo, era inevitável. Ainda - depois de sete anos - era difícil admitir que ele nunca foi totalmente esquecido. Que ele ainda ocupava algum território em seu subconsciente.
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Harry in Wonderland [❀ls fanfiction ❀]
FanfictionTudo estava bem. Louis e Harry eram vizinhos. E amigos. E - com o tempo - dois adolescentes secretamente apaixonados. Louis cogitou mil maneiras de confessar seus sentimentos para o garoto delicado e tímido dos olhos verdes assustados. Mas ele não...