A Festa (Actualizado)

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Alex Marley, viu-se obrigado a ir morar no campo com sua avó Ângela, devido aos escândalos que havia se envolvido, também pelo facto de seu pai Júlio Marley, fazer sua vida um inferno por conta da sua orientação sexual: Alex era gay e assumido para todos. A convivência estava péssima e só veio a piorar, a vir o casamento que tinha planeado ir por água abaixo, pois, seu prometido optou por desistir e livrar sua imagem da vergonha.

Sua chegada na pequena cidade de nome Ripa, causou muito impacto, pois ele era homem com traços de mulher e isso fez com que muitos homens ficassem de olho no garoto de 17 anos. Nos primeiros dias foi difícil se acostumar a temperaturas altas e a falta de agitação tida nas grandes cidades.

Hospedado na casa da dona Ângela que não era de luxo como sua mansão, porém, aconchegante e proporcionava uma bela Vista a Fazenda que estava bem ao lado de casa, despertando a curiosidade de Alex, se questionando por que não tinha ninguém dentro dela, mas se mantinha bonita.

- Vó! - chamou Alex! _Aquela fazenda É habitada? - pegou numa laranja.

- Claro meu filho. - respondeu Ângela! _ E ó, não adianta se animar, o dono dali é um grande homem temido da região. Filho dele então? É um deus me acuda. - Se arrepiou só por ouvir falar e fazendo-lhe dar uma risada.

- Ok. - sorriu ele. _Graças a Deus que ainda não os encontrei. - Levantou os braços para o ar.

- Não se Alegre tanto filho. Hoje tem uma festa e teremos que ir e não adianta dizer que não. - informou ela sem espaço para um possível não!

- Ok, só espero lá não ter imprensa. - Ficou cabisbaixo.

- Até quando filho? Esquece isso e vá lá comprar suas roupas. - Me passou uma nota em dinheiro.

Saí dali como sempre atento, de modo a não cruzar com qualquer paparazzi. Ao se aperceber que ali as coisas eram diferentes do habitual, relaxou e continuou seu passeio pela cidadezinha.

Chegado ao mercado, se deparou com vários bazares de venda de diversos artigos, onde tinha enumeras opções. Escolheu de tudo necessário para que arrasasse na festa. Quando terminou, caminhava pelas ruas estreitas a apreciar a beleza daquele lugar, quando foi fotografado por um jovem fotografo amador. Entrou em pânico e exigiu que apagasse a foto, mas este se recusou, pois, não entendia o motivo de tanta vergonha e medo de ser fotografado, Alex perdeu controle, chamando atenção de quase todo mundo que por ali passava. Foi quando der repente todo tumulto se desfez e era evidente o medo na cara de todos.

- Não ouviu o que ele falou? APAGUE AGORA. - Ordenou aos berros um homem desconhecido.

Ao se dar conta de quem se tratava, o jovem apagou a foto imediatamente, pediu desculpas ao homem misterioso que até então, era desconhecido para Alex, mas já contava com sua admiração por ter lhe livrado de uma. O rapaz foi embora e o homem misterioso também tomava seu rumo quando Alex o seguiu para agradecer por tudo.

- O obrigado senhor. - esticou a mão todo trêmulo.

- Agradeça indo a festa. - falou sério sem nenhum sentimento e expressão no rosto.

- Não sei não, depois disso acho que não irei senhor. Mas de todas formas obrigado pelo convite. - recusei.

- Estarei a sua espera, até lá. - Não quis saber de nada, deu me as costas e foi se embora.

- Mas eu...

Bravo e sem entender nada, Alex chegou a casa e procurou pela avo, que não se encontrava em lugar algum. Decidiu relaxar, tomar um banho e descansar. Quando acordou, preparou seu lanche e ficou vendo TV até tarde. A zona estava movimentada e podia se escutar os gritos e música tocada na festa da fazenda ao lado. Angela informou que ela e seu primo Diogo chegariam tarde por conta da festa, por isso, ficou espantado com as batidas em sua porta, decidiu ele abrir pensando que era seu primo, mas teve surpresa:

- Dio...Pois Não senhores. - Ficou sério ao ver aqueles dois homens grandões na porta.

- Viemos busca-lo. - Falou um sem esboçar nenhuma expressão.

- Perdão?! Eu não tenho nenhum lugar para ir. - tentou fechar a porta que logo foi aberta novamente pelo outro brutamonte.

- Pegue ele é vamos.

Alex chegou a festa contra sua vontade, via que todos se divertiam, bebiam, sorriam, mas ele não, não entendia como alguem pudesse ter a ousadia de o tirar de casa sem sua vontade, a resposta vinha a passos leves com duas taças de vinho branco em sua direção. Devido ao tecido fino que trazia, Alex está tremendo de frio e isso não ajudou para que seu humor melhorasse e não tratasse mal quem se aproximasse dele.

- E então não queria comparecer a festa?! - deu um gole no vinho e entregou outra taça a ele.

- Eu falei que não viria senhor. - respondi respeitosamente.

- As minhas ordens são para serem cumpridas. Já sei que é novo aqui, mas quem dita as regras sou eu. Da próxima pense bem antes de recusar tá! Ahm, tome o vinho. - segurou no meu queixo com uma força ligeira.

- Ah sim? O senhor É dono da Fazenda mas não de nossas vidas. E não lhe dou o direito de me arrastar de casa até aqui assim. - me revoltei já com lágrimas nos olhos.

- Estás lindo assim mesmo, mas lamento essas lágrimas não vão diminuir seu frio: tome meu casaco. Karl Dion. - esticou a mão.

- Alex Marley. Agora posso ir?

- Não. Divirta-se.

Sem muitas opções, Alex decidiu ficar e aproveitar seu momento, colocou o casaco que Karl emprestou pra diminuir o frio, ele não deixou de sentir seu cheiro penetrante e único. Encontrou Diogo e via como ele tinha se transformado num belo rapaz, porém este não era gay e não estava desposto a viver um incesto amoroso.

Quando deu a hora foram a casa dormir. Dia seguinte o cheiro da sopa fez com que todos acordassem e se dirigissem a cozinha, onde Angela estava com seu copo de agua e um pano com gelo na cabeca por conta da ressaca. Puxaram papo sobre a festa e não deixaram de comentar do encontro épico do dono da fazenda com o novato marrento. A campainha foi acionada e Ângela foi num pe e voltou noutro atordoada pra cozinha.

- Filho, tem visita. - Apontou com o dedo pra o homem.

- Quem? - perguntei sem dar muita atenção. Só sei que todos que estavam ali se levantaram, outros tiraram seus chapéus como sinal de respeito, e eu continuei sentado, afinal era o jovem, um estranho para mim.

- Eu!

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O Dono Da Fazenda Ao Lado (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora