Aos poucos fui abrindo os olhos, na minha cama, não sabia como lá fui parar, todos estavam com expressões tristes, lágrimas nos olhos e o médico recebendo cheque gordo do meu pai que me olhava com cara feia. Tentei me mexer, mas meu corpo doía, foi ai que recobrei a memória do que me tinha acontecido, comecei a entrar em pânico, fui dado um calmante. Após 30min, acordei e meu pai ainda estava ali com expressão forte e enfim falou comigo.
- O que faz aqui? Até onde sei, o senhor não se importa comigo. - indaguei.
- E como me preocuparia?! Você não se cansa de dar-me desgostos. Ser estuprado e jogado na rua como se fosse um nada. Quem foi o maldito que fez isso?
- Não importa, me acertarei com aquele infeliz em breve.
- Graças a deus tem um novo prometido que está disposto a casar com você dentro de uma semana. E não quero ouvir nada, apenas um sim.
-Mas...- Meu pai fechou a porta na minha cara sem se importar com minha opinião.
Era ordem, nada podia fazer. Fiquei a noite toda a chorar, como ele podia me vender pra alguém como se eu não valesse nada. E o que mais me doeu foi não ter a chance de falar com o merda que abusou de mim. No dia seguinte, arrumei as malas e viajei com meu pai pra cidade. Não me sentia pronto para vivenciar meu passado. Assim que chegamos no aeroporto todos paparazzis já estavam apostos pra questionar-me por tudo e fui curto e grosso com todos.
- Eu vou me casar então tudo esta resolvido.
Assim que chegamos na mansão, papi agradeceu me por dar a notícia que tanto queria saber, virei motivo de falação em toda cidade. A semana inteira era só telefonemas, e tentar arrancar do meu pai quem seria meu prometido, que guardou a7 chaves e não me disse nada até o dia do casamento. Entrei no altar e estava ele lá, o homem que estava decidido a não manter laços com ele.
- O que faz aqui, eu não vou me casar com você já mais. - Me puxou pelo braço e me devolveu para o púlpito.
-Isso e o que vamos ver lindo, padre!
A cerimonia começou a todo vapor, olhava ao meu redor pedia a deus que acontecesse algo para que não casasse com ele, mas não aconteceu e no momento do sim tive que dizer positivo pois meu pai me olhava com cara feia. Após isso a festa foi aquela toda enrolarão. De noite seguimos para a lua-de-mel, viajamos pra paris, era lindo. Karl me comprou tudo o que pedia, via ele feliz, mas incompleto.
- Porque não esta feliz?
- Me falta você. - Fiquei sem graça ao perceber do que realmente queria.
- Eu não estou preparado pra ser seu parceiro conjugal, peco paciência.
Desfrutamos da nossa lua-de-mel ao máximo, saiamos para jantar, conhecer a torre Eiffel, comer comida típica francesa. Conversei com ele de onde iríamos morar pois não queria dormir sob mesmo teto que aquele cara asqueroso, me falou que seria na fazenda, o implorei para que fosse ao contraio mas de nada adiantou, então de lá em diante mudariai de atitude com ele, estava disposto a tornar sua vida um inferno até que me desse o divorcio. Assim que a lua-de-mel acabou anunciou nossa volta a cidade de ripa, estava somente contente porque ia rever minha avó, Diogo, que eram as duas únicas coisas que me importavam.
Na cidade, fomos recebidos pelos moradores e nos cortejaram ate a fazenda, respirei fundo e tentava me preparar psicologicamente para aguentar o imbecil do filho dele. Assim que entrei na casa inventei que estava cansado e fui pro quarto, que seria meu e de Karl, era espaçoso, lindo e cheiroso. Me tranquei lá até que minha avó bateu aporta.
- Vó o que faz aqui? Ainda mais com esse uniforme de empregada?
Me justificou que Karl a convidou para vir ser minha governanta e que me aconselhasse para que me comportasse como um bom parceiro uma vez que estava azedo com ele desde a lua-de-mel. Me perguntou o que se passava, e falei para ela que:
- Esse filho da mãe e que fez aquela monstruosidade comigo vó, me fez de lixo e olha só o que deus fez comigo, me deu ele como enteado.
- Você tem que ser forte, porque agora você vai dar de cara com ele: seu marido mandou chamar você pra jantar.
- Não desço nem que a vaca tussa.
Minha avó insistiu tanto e falou que seria bom obedece-lo, para o nosso próprio bem. Relutei mas acabei cedendo, uma vez que ela não era culpada pelos meus problemas e só estava para nos ajudar. Descia as escadas enquanto olhava pra a cara de Ivan, minha vontade era de esgana-lo, mas não podia o fazer, pois seu pai ainda não sabia de nada que se passara entre nós. Me sentei a mesa, comia o mínimo possível sem olhar pra ninguém. Mas o desgraçado ousou a trocar uma só palavra comigo, não aguentei e explodi.
- FECHA A BOCA, NÃO FALA COMIGO, NÃO ME DIRIGE A PALAVRA, SE ME VIR NÃO ME CUMPRIMENTA, NÃO CRUZA MEU CAMINHO EMBECIL. SEU ASQUEROSO SEU DISGRACADO. DISGRACADO DISGRACADO. -joguei todos os pratos para longe.
- Chega. O que se passa, porque tudo isso se você não o conhece. - esbravejou Karl deixando Ivan feliz.
- Me perdoe marido, eu não tou bem, vou para o quarto. - dei as costas pronto para sair da sala.
- Você fica. - ordenou Karl.
- Eu já falei...- Karl me interrompeu.
- FICA PORRA.
Continua...
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O Dono Da Fazenda Ao Lado (Romance Gay)
RomanceNão basta só amar, tem que cuidar, tem que zelar e se dedicar de corpo e alma para que o romance não esfrie e não caia na rotina. Exortava Alex a Karl, seu amado que juntos tiveram que enfrentar enúmeras dificuldades para viverem felizes. Sabiam ele...