Página Virada (Actualizado)

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Dona Ângela acabou com toda farsa de Ivan, causando irra em Karl que tomou medidas severas para com Ivan mandando-o regressar a casa após encontrar Alex. A tarefa não seria fácil pois, sabia ele que não tinha nenhuma pista de onde o encontrar e muito menos quem perguntar em busca de pistas que o levassem a ele. Sem escolha e desesperado para não virar chacota dos amigos da alta sociedade, Ivan fez suas malas na mesma madrugada e se dirigiu para um hotel de luxo.

Enquanto isso, Alex sabia que não podia agir de imediato pois Karl e Ivan colocaram homens em toda vila buscando ele para que não conseguisse fugir. Por isso, decidiu ir ao estábulo que ficava em casa de sua avo que não era usado há anos, e passou lá a noite. No dia seguinte, bem cedinho comprou passagem com destino a recife, lá tinha sua tia que o amava muito e podia confiar nela pois, não se dava bem com o pai, seu irmão. Mas antes, a avisou para que não houvesse chances de trai-lo. Com garantia de que sua estadia estaria salva, subiu ônibus directo para lá.

1 mês depois

Alex chegou em casa da tia Isabel em segurança, tinha arrumado um quarto só para ele, com vista directa para praia, não tinha os padrões de luxo que ele estava acostumado, mas estava conformado sabendo que não estaria ao lado de Ivan nem de Karl. Nesse tempo que se passou, Isabel matriculou Alex numa escola de culinária ao seu pedido pois não fazia nada além de acordar e nadar na praia. Lá pode se distrair fazer novos amigos e quem sabe achar nova paixão. E foi isso que aconteceu, chamou atenção de seu professor de culinária Thales, de 29 anos, solteiro e cobiçado pelas mulheres, mas nenhuma ganhou seu interesse. No princípio era só elogios pelos pratos bem executados por ele, após pedido para conhecer sua tia, que já a conhecia, era sua vizinha e Isabel fez muito gosto do romance pois confiava nele.

- Fico feliz por vocês filhos. – Os abraçou. - É sério, eu confio muito em você Thales. – Pegou a bolça e andou ate a porta.

- Obrigado Isa, ele estará em boas mãos, pode ir. – sorriu e assim fechou a porta deixando-os à sós.

- E então?! O que tem tanto para me dizer? Porque eu já falei o dilema da minha vida e não sei se...- Thales o interrompeu.

- Eu sei, mas eu falei que respeitaria seu desejo e sua decisão caso a hora chegue de você decidir. E quanto a toda escola saber, não se preocupe, direi que esse assunto e pessoal e não profissional.

Alex não sabia o que fazer, porque não achava ser justo com ele, lhe fazer agarrar em esperanças que não teriam futuro nenhum. Ambos estavam cientes de que em algum momento, ele seria achado por quem quer que fosse, e nesse momento teria que escolher entre ir ou ficar. Alex ainda sentia uma paixão avassaladora por Karl, todas as noites pegava no telefone ligava para escutar sua voz do outro lado da linha, mas sua tia não permitia que deslizasse assim pois, eles fariam o que bem entendessem com ele pois, saberiam que no final teriam um novo perdão, fazendo assim Alex dar uma resposta definitiva a Thales:

- Vamos viver o que tem que ser vivido. Eu aceito!

- As férias estão a chegar e vamos passar mais tempo juntos. Eu te amo.

A notícia pela a escola se espalhou rápido, pois Décio seu colega de turma que detinha um ódio por ele sem motivos aparente, viu lhes se despedir aos beijos. A directora aceitou as justificações de Thales exigindo que houvesse separação entre o profissional e pessoal. O tempo foi se passando Décio não deixava Alex em pai mesmo com a advertência de Thales para que se afastasse dele.

- Porque me odeia tanto. O que quer de mim cara? – questionava Alex sem entender o que fez para merecer tanto ódio.

- Seu cú? Não! Imagina! Eu quero que você suma morra e não acabe os machos daqui.

- Então não se preocupe que se estou aqui e porque...esquece.

- Nunca, eu vou sacar você daqui bichinha.

A vida não mudou só para Alex, Ivan também passou esse tempo preambulando pelas ruas de paris, buscando pistas onde não haviam de Alex. Karl exigia respostas e sempre era a mesma. O dinheiro estava a acabar e em algum momento teria que voltar. Mas teve avanços soube que não pegara nenhum voo para o exterior, fazendo-o voltar para o Brasil. E por lá o verão estava a chegar, seus planos era ir ficar em alguma casa de praia. No dia de volta para Brasil, Ivan sentia-se derrotado e sofria pela ausência de seu amado, recebeu ligação de seu amigo de infância que tinha boas ideias para seu verão.

- Décio, fala ai mano! E só espero que não seja sobre seu coleguinha gay que não quer me enviar foto. – reclamou Ivan.

- Já mandei foto fazem semanas, mas queria lhe convidar para vir passar o verão aqui na minha casa vê assim nos divertimos com a bichinha. Que tal?

- Espera eu darei a resposta daqui há nada.

Décio e Ivan cresceram juntos, mas o pai de Décio montou um grande negócio de confecção de alimentos e queria que o filho seguisse mesmos passos para que no futuro e se mudaram para recife em busca de novas oportunidades naquela cidade. Décio já havia falado para Ivan sobre Alex mas não tinha adiantado muito, e Ivan não deu a devida importância, e quando enviou a foto Ivan não viu. Mas assim que desligou a ligação de Décio foi ver a foto e era visível sua alegria em vê-lo lindo, beijava o retrovisor do celular desesperadamente e retornara a ligação para decidiu que iria chegar cedo na cidade e se hospedaria na casa dele. As pressas comprou passagem para Brasil e não avisou a Karl sobre sua descoberta. Dias após chegar lá, seguiu viagem para recife e sem perder tempo deixou as malas e inventou para Décio que queria conhecer a escola. E lá estava de terno preto, calcas jeans e óculos pretos e um sorriso largo estampado em sua boa rosa. Todos estavam pasmos com a beleza daquele homem, seus olhares geravam cobiça, desejo de todos.

- Olá a todos, eu venho buscar esposo do meu pai e que é meu namorado que me fugiu, porque meu pai descobriu que ele tinha caso comigo. Quer que eu continue.

O Dono Da Fazenda Ao Lado (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora