Ponto Final (Actualizado)

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Nunca em toda minha vida, tinha sido educado com porada por ninguém, mas Karl tirou Ivan do quarto e me ensinou da maneira mais dolorosa como deve-se respeitar um homem. Após isso, retirou definitivamente todas suas roupas do guarda-roupa, implorei e fiz tudo o que podia para que ele ficasse, mas nada adiantou, me humilhei, supliquei e nada, o via sair sem olhar para atrás. Nos dias seguintes, nada havia melhorado, me tratava como um viado putinha e nojento. Era isso que Ivan queria, que nos afastássemos mais para que pudesse me ter sem obstáculos. Resultado disso, vinha frequentemente ao meu quarto, já não tinha forças para negar, na verdade já não me estava importar com nada, somente em ter o perdão do meu marido e começar do zero, mas não estava disposto a perder novamente tudo que havia conquistado por conta do meu passado.

Contabilizavam-se 1 mês desde que meu casamento foi pró brejo. Karl mal me olhava, me dirigia a palavra, somente o necessário e como sempre Ivan enchia água na relação, causando assim mas distanciamento entre nós.

- Karl, até quando vai me evitar? - Entrei em seu quarto berrando.

- Eu vou sair deseja alguma coisa no shopp? - Pegou suas chaves.

- Lá não vendem o que eu quero? - o arranquei e joguei fora para que ele prestasse atenção em mim.

- E o que você quer que não pode ter? Tenho dinheiro para te dar tudo. - apanhou as chaves de volta, ignorando meu desespero para ter sua atenção.

- Não vendem o homem que é meu marido, o homem que jurou me amar e me fazer feliz. Karl por Deus, eu não diz nada, me perdoe. - Ajoelhei aos seus pés mas isso não lhe comoveu.

- Ahm só isso, bom então já vou.

Deu-me as costas e foi-se pra o super mercado. Fiquei sozinho desolado em minha cama, não encontrava nada que justificasse meu comportamento. Foi quando me passou pela cabeça que Ivan me fez grande mal e que podia usar isso ao meu favor e podia me livrar dele de uma vez por todas, abri a porta e chamei pelo seu nome, que veio logo a correr, provavelmente pensava que eu estivesse feliz e com vontade de o ter. O deixei se divertir com meu corpo pela última vez e quando não dava mais o mandei para, sem entender parou incrédulo, reclamava por minha atitude.

- Porque? - Questionou ainda aos beijos.

- Eu estou a mandar. - Mordi seu lábio.

- Ai! Você sabe que...- limpou sua boca que estava a sangrar.

- Chega, se quiser vai lá contar pro teu pai, não me importa mais, porque se realmente ele me ama, vai me perdoar.

- Você perdeu a noção do perigo. - tentou me intimidar.

- Não, se você abrir a boca eu também abrirei, direi que você me violentou antes do casamento e te vou colocar atrás das grades. Por isso sai do meu quarto não chegue perto de mim. - abri a porta.

- Você não pode fazer isso, eu te amo, eu juro. - se desesperou ele.

- Quem ama não faz isso que você fez. E como sei que você vai contar pra Karl meu segredo se prepare para não me ver nunca mais, eu vou embora.

- Você não vai a lado nenhum. - me empurrou e trancou a porta.

- Ivan abre essa porta seu loco.

Lembrei-me que Karl havia deixado suas chaves no quarto, arrumei minhas malas, peguei meus documentos que ele havia escondido no cofre, dinheiro e algumas roupas e comprei passagem aérea para paris. Me despedi da minha avó e Diogo, implorei para que não falassem nada mesmo se ele usasse seu poder para arrancar alguma resposta. Como Ivan havia dado ordem prós guardas não me deixarem sair, Diogo os despistou e sai da fazenda. Cheguei no aeroporto peguei o voo para paris.

Pov Karl

A casa estava escura, silênciosa. Chamei pelo nome de Alex e nada se escutava, já me aborrecia ao ver que não me obedecia. Foi ai que fui pró quarto, acendi a luz e lá não estavam seus pertences básicos, algumas roupas, o cofre não tinha dinheiro nem seus documentos que havia guardado para que ele não fugisse de mim. Entrei em desespero e gritei por Ângela Diogo e nada. Desci as escadas e lá estava ela seria e com rosto inchado, pareceu que estava chorando. Fui directo com ela.

- Onde ele está? Fala! - ordenei aos berros.

- Não sei, senhor, ele só me falou que ia embora, mas não me informou para onde ia senhor, lamento.

- Pára de me fazer de idiota, fala Ângela, se não eu coloco você na cadeia e não sairá nunca mais se depender de mim. - Ameacei.

Nessa mesma altura, Ivan acabava de chegar a casa e teve a informação do sumiço dele, ficou desesperado mais que mim, parecia que perdeu algo valioso, distraindo assim nossa atenção do que realmente importava: o sumiço de Alex. Obriguei Ângela a falar mas nada dizia, ate Ivan intervir a seu favor.

- Calma pai a culpa pode não ser dela.

- Claro que não é minha culpa senhor, quer saber, chega, eu vou colocar um poonto final nisso tudo. Eu falarei porque meu menino foi embora.

- Ângela já sabemos que ele foi se com esse tal de júnior, não e pai?

- Para de mentir! Alex foi embora por sua causa senhor Ivan!

O Dono Da Fazenda Ao Lado (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora