A Descoberta (Parte 1) Actualizado

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Estava disposto a não obedecer, mas minha avó pediu que me sentasse e assim o fiz, pedi desculpas pelo meu comportamento mesmo sem querer, comemos em paz: era o que pensava, mas não, Ivan sorria de lado pra mim, passava seu pé em minhas pernas e isso me fazia ficar incomodado e pedir a socos que parasse. Assim que terminamos de comer Karl, me arrastou pelo braço até ao quarto, me jogou na cama sem piedade nenhuma.

- Está me machucando seu brutamonte. - Massajei meu braço dolorido.

- Que porra foi aquela lá em baixo, não gosto que distratem meu rebento. - Rebateu ele.

- Só podia mesmo, porque ter sido nascido é que não foi, ele é igual à você, são monstros, repugnantes, que não merecem nenhuma compaixão nem afecto de ninguém.

- Olha a boca senhor Marley.

Fiquei quieto, da última vez que me chamou pelo meu apelido quase me partia em pedaços, pedi que depois me deixasse ir passear pela cidade, e a resposta foi um não, mas ele não me conhecia, o facto de ser dono da fazenda não tinha direito de me impedir de sair e muito menos de passar algumas horas longe desse pesadêlo. Pedi que me deixasse sozinho, queria tomar banho e descansar um pouco. Fui tomar banho com ele parado ali no quarto. Após um tempo a me banhar, o banheiro foi aberto e sentia seu toque em minha pele, confesso que me deixou meio arrepiado, e com medo porque nunca tinha tido algum tipo de aproximação sexual com ele.

- Pára, não adianta, eu já pedi que não insistas, não estou preparado pra ter a nossa noite de núpcias.

- Eu sabia que não me esqueceu, que seu corpo me pertence desde um princípio e será assim pra sempre.

Ivan tinha entrado na box sem minha permissão, limpei o sabão dos olhos, estava nu, e molhado, pedi para que fosse embora, mas estava teimoso e me queria a todo custo. Entrei em desespero e gritei por nome de Karl. Ivan pegou suas roupas e saiu correndo do quarto e depois de um tempo Karl entrou e me veio abraçar, questionando-me o que se passava, inventei que havia uma barata no quarto, e que já havia saído.

- Que foi? Alguma coisa errada? A barrata já...- Me dei conta que estava nu.

- E que, você...você esta pelado e eu estou...

- Não adianta, agora vai me forçar? - Brinquei!

- Sim

-Karl por favor.

Trancou a porta e veio ao meu encontro, arrancou minha toalha, me jogou na cama e começou a me pegar a força, beijava meu pescoço, minha pele, se despia com rapidez, implorava para que parasse, que me respeitasse, que não cometesse uma loucura pela qual se arrependeria pra sempre. Mas de nada adiantou, não me escutava, pedia socorro pra qualquer pessoa que estivesse na casa, mas ninguém escutava, pois abafava minha voz com sua mão grande, sem escolha mordi forte nela que o fez gemer de dor, e quase me dar um tapa mas a porta foi batida. Era Ivan, anunciando que meu pai estava lá em baixo. Assim que saiu, chorava compulsivamente por me sentir um nada, Ivan tentou se aproximar de mim e peguei logo na estatueta de ornamentação e apontei pra ele e ordenei que saísse.

- Eu não vou permitir já mais que papai te possua, você pertence só a mim você entendeu! Eu fujo com você pra o inferno mas ele nunca vai te foder.

- Você já se escutou fora daqui preciso me arrumar.

Ele me obedeceu e saiu do quarto, tomei banho me arrumei e desci para sala saber o que trazia meu pai da cidade ate aqui no final do mundo. Quando lá cheguei os encontrei conversando como se fossem os últimos amigos e acima de tudo tratavam de negócios já que o meu casamento foi rentável pra ele. Karl foi buscar agua e fiquei asos com meu pai que me vinha convidar eu e Karl a sua casa passarmos um tempinho.

- Porque eu sinto que estás a aprontar algo nessa sua cabecinha mecânica papai?

E não estava errado: queria esfregar na cara da midia que minha vida estava normal, que o escândalo não derrubou o prestígio e respeito da família Marley. E assim voltar a conquistar a confiança dos investidores e clientes. Deixei claro que não iria pois não estava disposto deixar que Karl descobrisse meu passado e assim não me respeitaria nunca mais, segundos depois Ivan entrou na sala me deixando apavorado, com a possibilidade de que tivesse escutado algo.

- Você estava ai há muito tempo?

- Imagina, acabei de chegar. - Fingiu ele na maior cara deslavada.

- Ta certo avisa seu pai que vou a casa da minha avó já que foi folga dela hoje, por favor, não quero que brigue comigo por causa disso. - Adverti.

- Ta certo lindo, Da cá um beijo.

- Vai se comer.- sai deixando meu pai com ele.

Em fim, por horas, estava entre pessoas que me faziam sentir gente, ria com eles, conversávamos sobre coisas boas, futuro, minha avó disse pra contar ao Diogo o que estava a se passar na mansão: disse lhe tudo, que se sensibilizou me dando um abraço lindo e forte. Nessa mesma altura Karl arrombava a porta da casa da minha avó, me puxando pra perto de si.

- O que e isso? Me solta, está me machucando. - Ordenei.

- Eu não falei pra não sair? E porque saiu sem avisar? - Me acusou.

- Mas eu pedi Ivan avisar, canalha dele, e também não precisa tanto, eu estou em casa da minha família e se fosse pra te trair eu te trairia em dois tempos, porque eu não te amo. - berrei.

- Até onde eu sei, Diogo não é seu parente e já que não faz a mínima ideia de me respeitar prepara-se hoje teremos a nossa noite de núpcias. - Me puxava com forca pra saída.

- Karl você prometeu, não Karl seja homem pelo menos uma vez na vida. - tentei usar frase feita e me dei mal.

- É o que serei a partir de hoje dessa noite.

- Não, vó vó me ajuda diogo, vó não me solta me solta vó. - nada fizeram, já estava dentro do carro trancado no banco de trás pra evitar esteria e assim colocar as mãos no volante e causar acidente.

Assim que chegamos a casa, eu pegava qualquer sítio pra não subir com ele até ao quarto, mas era inútil tinha mais força que mim e rápido abriu a porta, me arrancou minha jaqueta que fechei ate ao último botão para o dificultar. Corri para o banheiro e me tranquei lá, tentou arrombar e nada, sentia um alivio terrível ao não escutar mais nenhum som vindo do lado de fora, respirava fundo e pedia a deus para que não me abandonasse, até que vejo os vidros sendo destruídos por ele com um ferro enorme e grosso. Me puxou pelo braço me levou até a cama, me despiu todo, esperneie e de tanto lutar me deu um soco que me deixou meio imobilizado e ai foi, senti ele vindo com tudo pra cima de mim, sem carinho, me causando dor terrível com suas estocadas, me fazendo lembrar do episódio com Ivan seu filho. Assim que terminou, deu um tapa na minha bunda e saiu nu do quarto e foi pró outro. Dia seguinte ainda estava deitado, com dor, e sem mínima vontade de continuar vivendo. Ivan veio ao quarto me abraçou pela primeira vez o vi sendo gente e cedi ao abraço.

- Eu mato ele, perdão por eu não estar aqui pra te defender, eu teria feito qualquer coisa.- chorava ele.

- Seria inútil, eu sou casado com ele e me solta, não sei porque sente dor, ele só fez o que ensinou a si. - me soltei dele me levantando.

- O que quer que eu faça por você?

- Que me esqueça, só isso.

- Não mesmo, ainda mais agora que descobri seu segredo.

Continua....

O Dono Da Fazenda Ao Lado (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora