Notas iniciais:
Senhoras, senhores e crianças (Nós pelo menos esperamos que não tenha nenhuma aqui hehehe)!
Temos o prazer de trazer para vocês um capítulo cheio de emoções, com risadas, drama, romance e aventura.
Esperamos que gostem e que as lacunas agora sejam todas preenchidas!
*
Yuri sabia que precisaria explicar sua ausência para o pai, então, correu até o seu vagão, deixando um bilhete, avisando-o que passaria todo o dia seguinte estudando com Otabek. Certamente, Dmitri não iria se opor aos estudos do filho ou do afilhado.
Pegou uma cadeira de metal em seu quarto, alguns livros e um pouco de água e comida. Sabia que o cio poderia durar de 12 à 48 horas e seria bastante tempo observando Otabek. Aproveitou o ensejo, tapou o nariz e a boca, entrando na tenda e jogando alguns alimentos embrulhados por cima da grade.
Sentou-se onde achou que estaria seguro de seus instintos com alguns livros. O frio da madrugada era desconfortável, mas era necessário passar por aquilo. Entretanto, não esperava dar de cara com o JJ sonâmbulo e pelado que vinha em sua direção. Em um primeiro instante, amaldiçoou-se por não lembrar que Otabek o havia avisado sobre aquela possibilidade. Não tinha ideia de como lidaria com… “AQUILO”, mas não poderia deixar outro alpha se aproximar de Otabek. Além da proteção do ômega, seus instintos alpha o alertavam para que afastasse o outro.
Levantou-se de supetão, cobrindo os olhos, deixando espaço para que apenas visse o caminho. Encontrou JJ facilmente seguindo o som das frases que este dizia repetidamente e começou a empurrá-lo pelas costas, levando-o na direção contrária à tenda dos leões.
- Eu sou o grande alpha! Todos querem um alpha como eu! Meu fogo nunca se apaga!
“Que nojo…”
Pensou o loiro.
- FOURTEEN!
- Fourteen é o número de passos que você precisa dar naquela direção para se provar o MAIOR ALPHA DE TODOS!
JJ acenou com a cabeça e andou a passos lentos até sua tenda. Yuri torceu para que ele não saísse mais de lá. Não sabia se seria capaz de enfrentar Jean, o grande alpha e sua nudez novamente.
“Como ele não sente frio?”
Pensou um Yuri indignado.
O resto da madrugada fora bem tranquila. Yuri passou todo o dia praticamente nos arredores da tenda e apenas afastou-se quando deixou de sentir qualquer indício do aroma fresco de erva-de-gato no ar. Ele sabia que o dia seguinte não seria nada fácil, em parte pela última conversa que tiveram, e também por haver presenciado aquele cio. Chegou a se perguntar se Otabek se recordaria de sua presença, mas com certeza aquele grito por seu nome não era algo facilmente esquecível. Sentiu sorte por não ter sido visto, pois seria muito difícil de explicar o porquê de estar ali sem invadir a privacidade de Otabek.
Sentia-se cansado, angustiado, triste, confuso e apaixonado. Aguardou ansiosamente para que o amigo lhe procurasse. Mas Otabek não bateu em seu vagão na madrugada seguinte e nem apareceu para o café da manhã. Yuri já sentia-se sufocado com tanta coisa que precisava dizer. Não conseguia se concentrar nos livros, treinar contorcionismo ou qualquer outra coisa que precisasse fazer.
Uma batida em sua porta lhe tirou de seus conflitos internos, o trazendo de volta à realidade. Dmitri abriu a porta e viu o filho deitado no chão com uma dezena de livros abertos ao redor.
- Filho? Podemos conversar um pouco?
- Claro, pai. Desculpe a bagunça.
- Tudo bem, eu sei que você está estudando bastante esses dias e eu não quero atrapalhar nem nada, mas… Eu percebi você um pouco cabisbaixo ontem durante o dia, e queria saber se aconteceu alguma coisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Domador de Leões - Otayuri (CONCLUÍDA)
Fiksi PenggemarEm um mundo no qual pode existir muita maldade, há também a bondade e o sorriso. O Circo completou a vida de duas pessoas, lhes trazendo paz, felicidade e o amor que nunca imaginaram receber. Ser alpha, beta ou ômega não significava absolutamente n...