Para Pamela seu cabelo era um escudo, o cabelo comprido até quase na cintura.
Ela fazia de tudo para se camuflar depois que ela cortou por causa do primeiro fora ela nunca mais cortou.
Suas mechas escondido seu rosto bonito, sem muita espinha, mas também parecia ser um escudo protetor para toda vez que ele se sentia mal, ofendia ou nervosa. Os cabelos dela lhe dava forças para enfrentar ou fugir.
O instinto de preservação as vezes alcançava ela de um jeito que ela recuava e se escondia como uma menininha assustada atrás da perna da mãe, só que como ela não era próxima da mãe dela, refugio primário era se esconder atrás dos cabelos longos e depois correr até a biblioteca e chorar em silêncio.
Ela tinha medo de que se ela tivesse perto de alguém que lhe acova tirando onda com seu corpo, pudesse usar o seu choro como munição para implicar com ela mais. Porém a mãe dela não deixava ela chegar em casa com problemas da rua, ela acreditava que a filha se chorasse em casa ou se trouxesse algum problema para casa estaria afetando a vida dela com as suas amigas padrão e mães das colegas de sala da filha, e do pai da menina, que estava tentando uma promoção no empregos.
Por isso no final do ensino médio Pamela passava mais tempo na biblioteca da escola, nas livrarias e nos sebos da cidade que em casa. Ela simplesmente associava o seu cabelo como um escudo e espaços com livros como uma fortaleza indestrutível. Até porque populares não vão a biblioteca, populares não leem para preencher o vazio da alma e de contato, como Pamela fazia.
Mesmo com alguns amigos próximos, Pamela simplesmente se recusava e se abrir e demonstrar o que realmente sentia com as ofensas e com as chacotas, ela fingia não se incomodar e depois ia para a biblioteca. Porém com o passar do tempo uma das meninas com quem ela andava começou a ir na biblioteca e pegou a Pamela chorando com um livro de infanto juvenil nas mãos.
Tinha sido um dia difícil para Pamela, a escola dela ainda tinha que ser feito na aula de educação física a análise de peso e altura dos alunos, a Pamela tinha falado com o professor que quando fosse assim ela se preferia não ter que se pesar na frente dos colegas, ele geralmente entendia e deixa ela se pesar na sua sala depois de todos já terem feito o mesmo.
Porém o professor estava doente aquela semana e o substituto não quis dar "privilégios" para a meninas. Sendo assim ele forçou a mesma a se pesar na frente de todo mundo.
O pesadelo ruim não termina nisso, o ruim mesmo foi que após ela subir na balança os colegas formaram uma roda ao redor dela para ver seu peso. 17 anos, 1.72 de altura e 95 quilos. Todos começaram a rir e se empurrar para ver melhor a gorda humilhada e seu peso.
Pamela ficou travada na balança sem demonstrar uma se quer reação seus amigos não se juntaram a roda, porém não a defenderam e ela ficou branca e desmaiou em cima da balança, ela acordou sentada na sala de aula do professor substituto de educação fisica que só conseguiu, segundo ele carregar ela até ali.
O que afinal piorou ainda mais as coisas, mesmo enquanto ele lhe oferecia doce e suas desculpas ela recusava os dois e saiu da sala meio cambaleante, subindo as escadas até o último andar, para a sua fortaleza, não importava se ela estava matando a aula de matemática, ela já estava passada na matéria.
Ela ficou sentada lá mesmo quando a bibliotecaria preocupada veio lhe perguntar se ela estava bem, ou se ela precisava de alguma coisa. O sinal do final da aula tocou e ouvisse o grito dos mais novos indo embora da escola afinal ainda era onze e meia e o dia da Pamela não podia piorar né?
Errado quando uma das suas amigas se aproximou dela sentando do seu lado e falou que ela devia tentar emagrecer foi horrível, ninguém sabia mas fazia duas semanas que ela estava só na dieta líquida, ela só bebia água e suco diluído.
Nesta hora o que era um rio de lágrima virou um dilúvio e Pamela de exaltou.
-- O que você sabe de dieta? Sua magra, nojenta! Eu tô de regime desde que me lembro, não venha tentar falar que sua tia, mãe, prima, seila quem fez uma deita e agora ela tá irreconhecível! Eu já tentei a dieta delas, eu já tentei todas as dietas. - a menina assustada olhou para Pamela e falou:
-- Quem sabe remédios?
Pamela riu e abriu a bolsa dela que a menina tinha levado para a biblioteca e num bolso de dentro ela tirou 5 frasco de comprimidos.Ainda rindo ela falou:
-- Qual você quer? Natural? Homeopatia? Tarja vermelha? Ou preta? Todo eles todos os dias. - ela sorri ainda com os cabelos na cara e pela primeira vez a Pamela viu a cara de horror de alguém ser direcionada a outra coisa senão ela, com isso ela afastou um pouco os cabelos dos olhos. Mas não muito.*** Anos depois***
Pamela está na faculdade e aqui ninguém liga para ela, existem pessoas de todos os tipos e formas, munida da certeza que ela era do mais uma na multidão ela finalmente corta seu escudo, ela não precisa mais disso ela agora se defende com palavras.
O cabelo vai descendo devagar pelo chão e sobra apenas um penteado channel torto que ela mesma fez. Pronto, agora ela tem um novo escudo. Ela tem as palavras e uma multidão diversa para onde se refugiar e não apenas uma biblioteca vazia.
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Mais Uma Gorda Qualquer
Adventure[COMPLETO] Pamela é uma jovem gorda. Isso mesmo, GORDA. E sua história é como de muitas pessoas gordas! Porém precisa ser contada, para que se trabalhe empatia e o que é gordofobia. 3° lugar no Concurso Sakura em não Ficção. [Esta história tem da...