Primeiro presente

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Antes

Estava bem chateada com o fato de o Pietro não ter me defendido mas ele não tem a obrigação, me arrumei e desci pra festa que estava tendo aqui em casa, moro aqui com meu tio que é gêmeo do meu pai, a mulher dele que é minha tia e um doce meu irmão  e meu primo super chato Guilherme. Vesti biquíni e um shots qualquer por cima já que ninguém vai repara em mim, ninguém repara na "filha do dono do morro"  como me chamam, e os que se atrevem acabam apanhando do sonso do meu primo.

-E aí bolofofa, vai aparecer não?  -falou já entrando no meu quarto.

-Tô indo fi de rapariga.

-Respeita minha mãe, aliás ela tá lá em baixo com meu pai -falou revirando os olhos.

-O que aconteceu dessa vez?

-Eles brigaram de novo, meu pai tá se afundando nas drogas e minha mãe diz que se ele não parar os irmãos vão parar ele.

-Amiga calma ele vai melhorar, eu sei como é difícil.

-Me diz porque o Pedro não foi a escola hoje?

-Ele tá andando com uns meninos que trabalham de avião pro meu tio, e acho que ele está metido em coisa errada

-Espero que não esteja. Ele tem sido tão carinhoso comigo.

-Ainda ligada no Pedro? E o André?

-Você e todos sabem que o André mal me olha, já o Pedro tá sempre comigo.

-Ele tem sido tão protetor comigo, acho que ele sente mais a falta dos meus pais do que qualquer um.

-Mas chega disso, vamos descer e pegar uns copos escondido.

Descemos as duas para a áreas da piscina, estava lotado já, era muito comum essas festas atoa aqui em casa e meu tio deixava o Guilherme fazer tudo o que queria, de longe eu vi aquele garoto ao longe com todos os meus traços vindo na minha direção.

-Oi meu eu mulher.

-Oi meu eu homem.

Ele é meu gêmeo o mais velho, a família tem a genética de gêmeos, em toda geração vem um par, desde a época do meu tataravô. Nos somos tão parecidos que nos chamamos de "meu eu homem" e "meu eu mulher " desde sempre.

-Tava aonde? -perguntei enquanto ele me abraçava.

-Por aí meu amor. -respondeu enquanto grudava a Nicoly passando o braço  em volta do pescoço dela

-Pedrinho querido, faz o tráfico de um copo bem cheio pra mim e Polli, sem ninguém ver.

-O que vocês não pedem sorrindo que eu não faço chorando ?

-Quanto drama.

-Ah irmã, Pietro tá te chamando la em baixo. Juízo viu.

-Eu tenho juízo.

-Então usa, não quero você de Beijos com meu amigo.

-Credo.

-Ela pensa que engana a gente.

Fui até o Pietro, encontrei ele ao lado do carro do pai dele, andei até lá pronta a não ouvir mais nada do que ele tinha a dizer.

-Fala morena -ele disse ainda sem me olhar nos olhos.

-O que quer Pietro?

-Só te dar isso, espero que tu dê seu jeito de descobrir se é macho ou fêmea. -ele disse ainda sem jeito.

Não entendi bem o que ele tinha a dizer, mas me mantive firme, até que ele abriu a porta de trás do carro, e eu vi descendo a coisa mais fofa desse mundo todo, era um filhote de raposa. Aquela bola peluda meio acanhada, olhando tudo em volta, com um jeito tão meigo, não me segurei, corri a apertei e fiquei com ela nos meus braços sentada no chão como se fosse um bebê. E quando me dei por mim estava me acabando em lágrimas.

-Eu sei que você tá sofrendo com a saudade dos seus pais e o Pedro metido nessas, pra você não se sentir sozinha, espero que você goste porque eu vou lavar o carro do meu velho por 6 meses pra pagar e ele quase me matou quando foi pra por no carro -ele disse rindo.

-É o melhor presente do mundo, Obrigada.

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