Resenhista: DanieleCristina634
Autora: BelaBorboleta
Um assassinato. É assim que se inicia a história,uma moça inocente parte na escuridão da noite e é atacada por uma criatura bestial.
Um mundo onde os bruxos e criaturas das mais diversas espécies são reais e as mulheres são subjulgadas, existe um principe regente cujo nome (Dixon) não pode ser dito, caso não queira despertar Gomon, a fera que se esconde sob o manto negro da noite e literalmente rouba o coração de jovens inocentes.
Cordial, como ficara conhecido, é um homem temido, sem um pingo de piedade em seus olhos verdes. A verdade é que ele sofre constantes dores causadas pela criatura, herança de seu pai, o rei, o qual está desaparecido. O livro espelha a personalidade de Dixon: sem muitos detalhes e objetivo, os fatos não se demoram e a autora não perde tempo em divagações, tal como o príncipe.
Quando um rei rival oferece a mão de sua filha em casamento ao terrível Cordial, o fiel servo vê nessa proposta a oportunidade de livrar seu amo da maldição, imposta por uma bruxa ( que são extremamente raras e as únicas capazes de desfazer um feitiço feito por uma outra). Gomon será liberto caso seu hospedeiro passe pela maior das dores: a dor do amor.
Elisie é a noiva destinada ao Cordial, pouco ligada aos protocolos reais, a moça quer ser útil no reino e não mais uma mulher que serve de enfeite para o marido. Além disso ela tem a curiosa, ou maldita, habilidade de encantar bruxos; todos ficam encantados com seu cheiro e a tomam por alma gêmea, sendo perseguida e obrigada a sair de seu reino. Ela também tem um segredo: troca cartas com misterioso rapaz cujo rosto nunca vira.
O casal não podia ser mais diferente. Ela se intromete e não foge quando vê Gomon pela primeira vez, quando estava sendo perseguida por um bruxo, ele quer o amor da jovem, mas sem dar o seu em troca e nem sequer sabe como conquistá-la. O que surge entre eles parte da preocupação do coração bondoso e determinado de Elisie, que se compadece da situação de seu marido.
Apesar das ferpas trocadas entre os dois e do medo que ela sente da criatura dentro do Cordial, a qual se comporta de maneira estranha perto dela, o primeiro beijo acontece e com ele vem a vontade de repetir o ato.
O desenrolar da história é sofrível de acompanhar. Não por ser ruim, ao contrário, o Cordial sofre a ponto de sua saúde ser extremamente debilitada, fora as fortes dores no peito que o fazem desmaiar. Quando ele conhece a maior das dores é um alívio saber que seu coração, antes parado, bate.
Seu primo, que vivia com ele e é apaixonado por Elisie, é o repercursor da libertação do principe regente.
O Principe Cordial é um livro com um estilo próprio, a história vai direto ao ponto sem ser confusa e é possível imaginar os cenários mesmo com as poucas descrições. Fica óbvio durante a leitura a preparação do universo, existe uma história por trás dos fatos e até um mapa com diversas localidades citadas. Bem preparado, o livro é merecedor do primeiro lugar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Resenhas Literárias
No FicciónAqui daremos início a mais um projeto do Flores de Ouro. Neste livro os vencedores do 1° lugar terão direito a uma resenha que será publicada aqui.