Capítulo 2

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- E ele te chamou para entrar? - Mad estava deitada, ouvindo pela segunda vez como Maia foi parar no quarto daquele cara. Ela não tinha mencionado as fotos, seria estranho. Mais do que estava acostumada.

- Sim. E não aconteceu nada, Mad. Eu simplesmente dormi. - Maia revira os olhos. Ela não sabia como tinha chegado no seu quarto, tinha dormido no quarto dele e hoje acordou na sua cama, coberta com uma manta que não era sua e nem da Mad. Ela não queria criar coisas na sua cabeça, mas o cheiro de menta deixava algumas desconfianças.

- Porque eu tenho a sensação de que você está escondendo algo? - Mad começou a encarar Maia de cima a baixo, como se soubesse que a ruiva não tinha contado tudo. Mas Mad não poderia saber, quer dizer, não fazia nem 24 horas que elas se conheciam. Ela não tinha como saber de nada. Tinha? - Okay canadense, eu acredito em você. - Mad fala, se levanta e senta do lado da Maia. Ela parecia estar meio nervosa, e apesar da pele negra, suas bochechas estavam levemente vermelhas.

- Eu queria pedir desculpas pelo o que você viu ontem. Aquele era o Carter, nós estamos meio que namorando. - Ela abaixou a cabeça, claramente envergonhada e Maia não estava muito diferente. Ela praticamente acabou de conhecer a negra, não ia julgá-la.

- Tudo bem. Eu não tinha entendido o lance da gravata.

- Então vamos comer. Eu preciso me alimentar. - Logo começaram a andar. Maia não sabia aonde estava indo, mas estava com Mad, o que já deixava as coisas melhores. Elas atravessaram a rua para ir na direção de um café. Quando entraram no local, o ar quente chocou com o seu corpo. Ela tirou o seu casaco e seguiu Mad, que se sentou numa mesa para quatro pessoas, Mad se sentou na sua frente e Maia logo começou a perguntar tudo sobre o Carter, também como conhecido como "O provável futuro pai dos filhos da Mad".

- Quantos anos?

- 20 anos.

- Se conheceram quando?

- Um mês, mais ou menos.

- Definiria ele como?

- Uma mistura perfeita de sexy, protetor e um leve toque de clichê.

- Interessante. Algum automóvel?

- Moto.

- Sortuda. Cor dos olhos?

- Castanho.

- Okay, vocês terão filhos lindos. - Mad riu e levantou o braço afim de receber algum atendimento. Ela viu um garoto se virar e ir na direção deles. Maia se engasgou com a sua própria respiração quando viu quem era.

- Deveria ter uma regra contra atender sua própria irmã. - Eles reviraram os olhos juntos, o que fez Maia rir. - O que vocês vão querer? - Perguntou enquanto mantia os olhos grudados nos da ruiva. Maia ouviu alguém fazer os pedidos e ele desviou o olhar para anotar tudo. Ela começou a reparar no que ele estava vestindo por trás do seu avental preto, uma camiseta cinza e calça jeans. Era incrível como ele fica tão lindo vestindo algo tão simples. Ele piscou para ela e saiu, fazendo-a acordar dos seus pensamentos.

- Maia, como você estava meio ocupada babando pelo Hood mirim, eu pedi um suco e um salgado.

- Você é a mais velha? - Ela perguntou e Mad esboçou um sorriso fechado.

- Diferença de 6 minutos! Trevor diz que isso é ridículo e não vale, mas quem sou eu pra questionar as decisões de Deus? - Mad encolheu os ombros, tentando demonstrar que aquilo era algo insignificante, mas podia-se notar que ela amava ser a mais velha.

- E ele te obedece ou algo do tipo? - Maia perguntou inocentemente, era filha única e sempre imaginou como seria ter um irmão. Mas a pergunta fez sua amiga rir, afirmando que não. Não mesmo. Ela sentia que essa era uma pergunta muito idiota. Parecia meio óbvio que era o Trevor quem mandava. Ele parecia o mais velho. O mais bonito. Com o sorriso mais brilhante.
Céus, que perdição.

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