A Garota Das Sombras.

Capítulo 4

   Há vários dias eu não estou conseguindo dormir direito. Tenho pesadelos todas as noites e os pesadelos era uma coisa que eu tinha raramente. Os pesadelos que eu estou tendo, são imagens borradas, onde eu me lembro de aparecer apenas gritando sempre a mesma frase: Jamais desistirei da humanidade, todos os mortais merecem uma chance de viver, vou proteger as pessoas que eu amo e nem que isso signifique matar você...

Hoje não foi diferente com os pesadelos. Eu acordo as cinco da manhã, sendo que tenho aula as sete. MEU DEUS! Deito na cama e fecho os meus olhos, rezando para não ter pesadelos e conseguir dormi. O despertador me acorda as sete. ESEPERA! Não é meu despertador é a minha mãe ligando. Eu não estou nada a fim de ir pra aula hoje, mas para minha mãe nada disso importa.

- Laia, levante essa bunda da cama e vá pra escola. O diretor falou que vai liberar a sua entrada.

E ela desliga na minha cara. Minha mãe desligou o celular na minha cara? Jura?

Eu soco o travesseiro para descontar a minha raiva. Depois desse momento só meu e do travesseiro. Eu corro e me arrumo o mais rápido que eu consigo para não chegar bem mais atrasada do que eu já estou na escola. Pego a chaves da minha camionete é dirijo o mais depressa o possível.

Merda! Eu já perdi duas aulas. Sem perder tempo vou para a sala de aula e nem passo pelo meu armário, eu paro na porta da sala, porque o professor pediu e lá vem mais um sermão.

- Senhorita Clark, que bom ter a sua ilustre presença na minha aula!

O professor Milles pergunta, e todos os olhos da sala se voltam pra mim é logo eu reparo, nos bonitões ricos e misteriosos da noite da fogueira. Eles estão sentados no fundo da sala e estão me olhando como o restante da sala.

- Eu sei professorzinho! –- respondo com um sorriso no rosto.

- Clark, eu não irei aturar suas gracinhas hoje. Vai se sentar agora!

Minha solução está na minha frente é a liberdade daqui será a minha felicidade nesta manhã. Mil desculpas mãe, mas eu não quero ficar nesse hospício hoje. Percebo que se eu conseguir fazer o professor me expulsar da sala, eu vou poder ir para casa. E coloco meu plano em ação.

- Oh professor, não é gracinha nenhuma, além disso, eu fiquei sabendo que o senhor gosta de muitas gracinhas principalmente em quatro paredes.

Escuto algumas pessoas rindo e algumas pessoas fazem o famoso OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOH.

Que merda! Eu passei dos limites hoje, o professor Milles é tão bom comigo, eu sempre tiro notas boas na matéria dele. Com absoluta certeza, depois dessa que eu aprontei com ele, a minha amada nota não será mais a mesma. Minha mãe vai me matar. MATAR! Eu só faço merda na minha vida, e tudo isso é porque eu não quero assistir aula hoje. AFF!

- CLARK, SAIA DAQUI AAGOORAA! – O professor Milles grita furioso.

Sem pensar duas vezes, eu dou meia volta é vou direto para o estacionamento de carros. Corro até a minha camionete e entro nela. Ligo o motor é dou macha. Quero sair daqui logo. Vejo uma sombra pelo retrovisor do carro e vejo uma pessoa. QUE? Eu freio duma vez e bato a minha cabeça no volante do carro. "AAAIII"!

- Ei garota você é louca? Quase me matou. –- O garoto que eu quase atropelei fala no momento que eu desligo o motor e desço do carro -- Laia.

Eu olho para o garoto e me surpreendo ao ver quem é a pessoa que eu quase atropelei.

- Jake!

- Tá me seguindo, é? – Ele fala num tom de gozação.

Ele só pode estar brincando com minha cara pra fazer esse tipo de pergunta. Logo hoje! Esse menino está passando dos limites comigo. Não vou aguentar isso não, eu só quero simplesmente voltar para a minha casa.