Nada a Perder Ƹ̴Ӂ̴Ʒ - Décimo Sexto

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SUZY

- Suzy? – Pergunta Sr. Jung surpreso com a minha entrada de supetão em seu escritório. – O que está fazendo aqui?

- Eu sei o que o senhor fez. – Falei fechando a porta na cara da secretária assustada.

- Como assim o que eu fiz? Suzy, eu acho melhor você sair e se acalmar...

- Eu sei o que o senhor fez. – Repeti mais firmemente. – O senhor me conhece. Sabe que eu irei te infernizar até me contar.

Ele ficou sério e se endireitou na cadeira.

- O que quer aqui?

- Quero saber por que fez isso.

- Como sabe?

- Por que fez isso senhor Jung? – Repito me sentindo uma mãe disciplinando uma criança.

Ele me encarou por longos minutos e suspirou alto antes de falar. - Eu não me arrependo de tê-la matado.

Então era verdade.

O Sr. Jung tinha realmente matado a mãe de Jin.

- Você tirou a vida de uma pessoa. – Digo incrédula.

- Foi legítima defesa. – Ele fala simplesmente.

- Como você pode tratar disso como se não fosse nada? Você matou uma pessoa. Você tem noção do peso dessas palavras? – Digo já começando a gesticular exageradamente por conta da raiva.

- Tenho, mas para mim isso não passa de um empecilho bobo.

- Então porque escondeu o corpo? - Ele parou me olhando sério. – Pra não incriminar sua parceira de crime, a madrasta do Jin?

- Suzy. – Sr. Jung fala com os olhos faiscando em tom de aviso.

- Ou então seria para não incriminar o seu filho? – Os olhos me fuzilavam. – Ele deve ter tocado no corpo, não é? - Parei um pouco raciocinando. – Ou foi HoSeok que a matou?

- PARE DE FALAR BESTEIRAS. – Ele berra levantando de sua cadeira.

- ENTÃO ME EXPLICA. – Berrei no mesmo tom. – Por que a matou? – Falei mais calma depois de nos encaramos por alguns minutos ofegantes.

- Saia daqui. – Ele fala com uma das mãos pressionando a testa.

- O seu filho está com olheiras profundas pela falta de sono e emagreceu 10 quilos. Toda vez que a chuva cai, ele entra em estado de choque e começa a delirar falando coisas sem sentido. E ele não sorri mais. – O informei. – Tudo isso começou quando ele foi para aquela porcaria de edifício. – Ele me encarou. – Eu só estou tentando protege-lo.

Virei-me para a porta e saí deixando-o pensativo pedindo desculpas silenciosas para a secretária que me olhava feio.

Andei apressada até a garagem onde tinha estacionado meu carro e desbloqueei meu celular que estava em minha mão desde que entrei no escritório daquele homem.

- Eu não me arrependo de tê-la matado. – Escuto a voz do Sr. Jung pelo alto-falante do celular e pauso a gravação.

Joguei a isca e ele mordeu. Ri comigo mesma percebendo que entrei naquele escritório sem certeza de nada e saí de lá mais confusa do que nunca, embora muitas das minhas perguntas tenham sido respondidas.

Bufei já me sentindo cansada no começo do dia e dei partida no carro indo em direção á MK.

Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ

O VEREDITO - JUNG HOSEOK E KIM SEOKJINOnde histórias criam vida. Descubra agora