O VEREDITO - JUNG HOSEOK E KIM SEOKJIN

Nada a Perder Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Vigésimo Segundo

SUZY

- Thati? – Pergunto abrindo do apartamento que eu havia alugado naquela manhã.

- Sim, princesa. – Diz ela me chamando pelo apelido que tinha criado quando começamos a trabalhar juntas. – Quem é o gatinho? – Rio quando olho para trás e vejo Victor com as bochechas totalmente vermelhas.

- É o estagiário. – Explico indo em sua direção e lhe dando um abraço. – Victor. Essa é a Thatiana Sanches, a melhor perita em informática da história da Polícia Federal. Thati, esse é meu antigo estagiário. Não é seu computador, mas vai ser de bom uso. – Os dois se cumprimentam e eu caminho até o quadro pegando o pincel. – Kim Seok Jin. – Começo a escrever. – Jung Hoseok. Kim Namjoon. Jeon JungKook. Park Jimin. – Coloco todos os nomes formando um círculo e me viro para os dois que me olhavam curiosos. – Descubram o que eles têm em comum e quem mais está envolvido nesta história.

- E eu posso perguntar que história é essa exatamente? – Diz Thati.

- Bom, já que tudo começou com o incidente da Senhora Kim, acho que vocês devem começar por aí. – Digo sentando na borda da mesa e os encarando. – Mas não se limitem. Com certeza não é só isso.

- Eu não entendi porque seu namorado está nesta lista. – Ela comenta apontando para o quadro.

- Ele estava presente na hora do crime. – Explica Victor sem olhá-la, concentrado nos nomes. – Park Jimin não tem nenhuma ligação com o resto, ele não cresceu no mesmo meio. Eu pesquisei.

- E é exatamente isso que é estranho. Como ele chegou tão longe sem o apoio de ninguém além da Presidente? É quase impossível. – Digo.

- Essa mulher também é suspeita. – Fala Thati.

- Eu me lembro dela falando em uma entrevista que ela e o Senhor Kim ajudaram um ao outro a superar a morte de uma grande amiga e esposa e que foi assim que eles se apaixonaram e blá, blá, blá... Acho que a única que acreditou nisso foi ela mesma. – Diz Victor. – Não gosto dela.

- Não é só você, meu caro. – Falo. – Mas pensem comigo. Se vocês fossem secretários de um grande casal de empresários, e quisessem tomar o poder deles, mas não para uso próprio. Qual vocês acham que seria a maior motivação para isso?

- É verdade. Ela nunca se envolveu em escândalos de dinheiro. Embora ela pareça extravagante, o dinheiro que ela usa não aparenta ser da empresa. Se fosse, pessoas como a Geovana já teriam descoberto.

- De acordo com as anotações da sua irmã, ela é uma cobra peçonheta que não merece nem o sapato de diamante que usa, era melhor amiga da Kim Hye Sok, a primeira pessoa que conseguiu ser famosa no ramo empresarial depois de ser presa na história deste país, mãe casamenteira, sem parentes próximos... – Recita Thati, lendo o papel com várias anotações de minha irmã, mas é interrompida por Victor.

- Espera! Você disse mãe? – Ele pergunta e a mulher confirma. – E se ela tivesse um filho que ela quisesse cuidar e proteger? Um filho fora do casamento que se beneficiou com ela no poder depois que a Hye Sok morreu.

- É um chute bem alto. – Diz Thati.

- Mas não improvável. – Eu falo pegando minha bolsa. – Comecem a investigar. - Viro-me para sair e Victor me chama.

- Você já sabia né? Antes de eu falar... – Pergunta ele e eu dou um sorrisinho de lado. O garoto se volta resmungando para a tela do notebook. – Claro né? Ela é minha chefe por um motivo. Quem sou eu perto de Suzy Medeiros? Isso mesmo. Um bobão.

Rio discretamente enquanto passo pela porta e paro quando vejo meu antigo motorista me esperando com a porta aberta.

- Posso saber o que o senhor está fazendo aqui? – Pergunto com as mãos na cintura. – Eu fui demitida.