Passos entristecidos caminhando no fim do dia.
Com os olhos derramando, desprovidos de alegria.
Quanto punhos sustentam a caixa reluzente.
À frente dos demais desamparados ali presentes.
Em marcha, com o pequeno brilho da luz em suas mãos.
E as emoções boas ficam para trás, após cada passo ao chão.
Desconforto e saudades, aos queridos é o que sobra.
Então a fila amargurada, mais à frente dobra.
Vagarosamente o corpo ao fundo é repousado.
O pranto quase interminável, já tinha sido iniciado.
Aos poucos, os sete palmos pesados cobrem o madeirão.
E os sonhos de uma vida são engolidos pelo chão.
Suportar a imensurável dor, o sistema falho te obriga.
Pois a rotina jamais será a mesma para quem fica.
O desordenado mundo cruel, mais vítimas irá fazer.
Para levar uma outra família de bem, à mais uma vez, sofrer.
Exílio • 2017
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O Caderno Depressivo
Poetry"Em minhas experiências melancólicas vividas, encontrei um meio para esvair toda a dor e solidão ao qual senti, e estas se encontram nestes textos depressivos." - por Noah E. Dotta ! Este livro contém textos em formato de rimas básicas, tendo um co...
