〘Greek Museum〙 ˗ˏˋShirbert fanficˎˊ˗

ʚ Marilla faz um voto de confiança ɞ

  Quando cheguei em casa depois da acontecido com Ruby e Diana na cabana, estava pensativa. Mas logo que avistei Marilla corri até ela.
- Finalmente a Srta. Stacy nos deu os livros! - falei mostrando livro com as duas mãos e um sorriso de orelha a orelha - E vamos a Charlottetown semana que vem! Mas preciso de dinheiro para o trem... - Marilla logo entendeu o pedido nem tāo escondido entrelinhas.
- Não tem problema, a safra desse mês parece ser bem promissora - disse Marilla olhando para a porta da cozinha, de onde Matthew nos observava. Sorri.
- Obrigado Marilla! - disse lhe abraçando pelo pescoço, ela fez uma exclamação de dor e a soltei imediatamente - Ah, desculpa!
- Está tudo bem... - olhei para Matthew que abriu um sorriso, parecia estar realmente se divertindo com a cena.
- Bom, eu terminei de consertar a cerca do lado do celeiro, agora você precisa de alguma coisa? - perguntou ele entrando e sentando exausto na mesa. Depois do que aconteceu ele nunca mais teve a mesma disposição novamente.
- Na verdade, precisamos de mais batatas para terminar a semana ou comeremos só cenoras a partir de quinta. - Matthew suspirou e assentiu, levantando. Fiquei tentada a me oferecer a acompanhá-lo, mas a Srta. Stacy tinhapassado muitos exercícios, e só para copiá-los levou duas horas, para terminá-los...
- Eu vou subir ok?- os dois não pareceram se importar.

Só consegui terminar tudo ao pôr do sol, quando as cores do céu variavam entre laranja, rosa e um inexplicável roxo. Ao olhar pela janela vi Jerry arrumando as coisas para ir embora.

E meus dias se seguiram assim, eu ia à escola, cabana, casa. Costumava deitar na palha do celeiro para ler o livro e o terminei em três dias e passei os outros relendo. Nessas horas acabava lendo para Jerry também, e apesar dele nâo entender a profundidade das histórias, me fazia rir com suas reações.
- Mas que vingativa. Se fosse eu só matava mesmo! - Ri.
- Eles são deuses, são imortais. - rebati.
- Isso explica porque são tantos. Se podem reproduzir mas não morrem, daqui a pouco vai ter uma superpopulação de deuses no Olímpo. - ele falava isso com uma expressão de quem não estava entendendo e a forma como falava, principalmente com os resquícios do sotaque francês, eu não me aguentava de rir e Jerry me encarava como se eu fosse uma louca.
Nisso chegou o final de semana. Fiquei a maior parte do sábado na cabana sozinha e quando encontrei Diana de tarde ela falava como a mãe a insistira nela provar um vestido novo.
- Ela disse que é algo raro. Ela mesma nunca foi em um museu. Normalmente são caros e abertos somente para pessoas com contatos ou historiadores. Dizem que é um lugar muito luxuoso com ouro por todos os lados, minha mãe lamenta não poder ir e meu pai quer conhecer o dono.
Fiquei em silêncio por um tempo. Eu sabia que era algo incomum, mas não imaginava que até os Barry's, uma das famílias mais ricas de Avonlea estaria nesse estado. O que eu faria? Não tinha uma roupa estravagante o suficiente para algo assim. Mas tentei não pensar nisso.
- E como ele é?- perguntei e um sorriso apareceu no rosto da morena e seus olhos brilharam.
- Ele é maravilhoso, um azul turquesa e discreto, mas o tecido é tão leve e macio... - Diana parecia porder sentir o tecido em suas mãos e fiquei feliz por ela, sorri - E você, o que vai vestir? - o sorriso saiu do meu rosto.
- A-ainda não sei. Não tenho nada assim. - Diana me olhou com simpatia - Vou encontrar algo até lá.
- Posso lhe emprestar um vestido... Se não tiver um até o dia.
- Isso é muita gentileza sua, mas não sei se vou aceitar...
- Você tem até terça ainda - ela me deu um sorriso que confirmou o que eu sempre soube, eu podia contar com Diana para tudo.
    
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Naquele dia pedi um vestido a Marilla, que, como eu imaginava, disse que a colheita estava boa, mas não era um milagre. Algo desse porte requeria muito dinheiro. No domingo fui a casa de Diana aceitar o vestido.
Seus vestidos azuis de mangas bufantes, babados, rendas e bordados foram minha salvação.      
Escolhi um com a saia em camadas, em tonalidade azul e roxo. As mangas eram fantásticas terminando com um franzido em renda. A gola alta era de tecido com uma laço amarelo que se destacava do restante.