Um | Leon

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"A falta de realismo em tudo nunca nos impediu de viver os nossos sonhos"

Vizinha cretina
Você vai demorar muito?

Leon 🔖
Não quer esperar, vaza.

Vizinha cretina
Esta frio, idiota. Traga um cobertor ao menos.

Leon 🔖
Estou com cara de outlet? Se esquenta com o fogo do inferno.

A lua era realmente feita de queijo

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A lua era realmente feita de queijo. E mesmo que eu não pudesse toca-lá, tinha toda real certeza. E sentado ali, sobre aquelas estrelas, eu observava o mar amarelo. E o Coral de mulheres seminuas cantava Believe Can't Fly. Era bom demais para não ser aproveitado. E eu estava curtindo a todo vapor essa oportunidade.

Mas então, tudo começou a ceder.

Não me lembro por quanto tempo fiquei ouvindo aquele som estridente contra minha porta. Levantei a cabeça apenas um pouco para encarar o pedaço de madeira que continuava sendo esmurrado.

─ Leon, abre essa porta! ─ Era meu pai, Matias. Eu ainda devo estar dormindo, ou esse cara realmente vai derrubar minha porta. ─ LEON!

Levantei, a cara toda amassada, assim como os músculos e o cérebro. Tudo estava meio grogue. Onde eu fui ontem a noite? Abri a porta, quase levando uma porrada de Matias.

─ Ponha um pouco mais de força e derrubará a minha porta. ─ Falei nada gentil.

─ Mais 10 minutos batendo aqui e você ia se atrasar pro Colégio. ─ Tão sutil quanto eu. Colégio?

─ Que Colégio? ─ cocei o queixo, passando as mãos no cabelo. ─ As aulas só voltam segunda.

─ Hoje é segunda, seu idiota!

Ata. Enrendi. HOJE É SEGUNDA!

─ Ah, que merda! ─ Bati a porta.

Peguei meu celular apenas para checar o horário, e SCORPION DO CÉU! Se eu chegar atrasado logo no primeiro dia, Íris iria me matar. Talvez ela esteja de bom humor e apenas me repasse uma bronca ou então, nem faça isso.

Quem estou querendo enganar?

Quando dei por mim já estava correndo pela rua, vestindo a camiseta e segurando os sapatos nas mãos. Sim, quem te disse que é impossível se vestir enquanto corre para o Colégio, mentiu feio.

Possível é.
Não é recomendado.

Assim que pisei dentro do Colégio, o sinal tocou. O porteiro Marcus me encarou. Eu ainda caminhava de meias e segurava os sapatos nas mãos. Nem queira me ver agora. Algumas pessoas riam enquanto eu passava por elas. E eu apenas lhes direcionava um olhar agradável que as fazia recuar, ou não.

Antes de nós, fui eu Onde histórias criam vida. Descubra agora