Prólongo

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 Onze anos antes

Sabe quando você está em um pesadelo e corre mas você não consegue sair do lugar, a paralisia se torna pior quando vai se aproximando, e o pânico toma conta de você pois aquela pessoa está te perseguindo, então você não sabe mais o que fazer pois acorda assustada. Me sentia assim ao vê minha casa em chamas, toda minha vida se indo com aquela brasas, as vigas que sustentavam meu lar se quebrando e o som do choro de uma mulher me tirou daquele momento tão assustador.

Olhei para os lados a procura dos meus pais e da minha irmã caçula, Lili. Quando minha mãe me acordou desesperada me puxando para fora da cama, vi o medo e o desespero em seus olhos, ela me jogou pela janela então Lili veio junto. Sirenes me tiram de mais um transe, saio a sua procura em desespero até vê-la em uma ambulância sob cuidados médicos.

Seus olhinhos cheios de lágrimas e medo, as manchas pretas de fumaça estampava sua pele negra.

— Kira! —ela pula da ambulância vindo em minha direção, eu a abraço forte beijando sua cabeça.

— Você está bem pequena? — Ela me olha fungando, olho por todos os cantos em seu pequeno corpo a procura de machucados ou queimadura.

— Onde está papai e mamãe? — Ela me pergunta com uma dor na voz, uma angústia se faz presente em meu coração, a última coisa que me lembro foi da minha mãe gritando para cuidar de Lili.

Eu não sabia o que aconteceu com eles. Não vi meus pais saindo do casarão, não vi mais nada depois que ele desabou por causa da estrutura precária. Só então um homem alto de cabelos negros e olhos verdes pára ao meu lado, um policial com pouco mais de trinta cinco anos, Hector era seu nome. Ele perguntou nossos nomes então verifica algo em seu rádio, com um aceno de cabeça ele pede para nós os seguimos até uma viatura. Lili se senta ao meu colo afundando o rosto em meu pescoço.

— Eu sinto muito meninas, mas os pais de vocês infelizmente faleceram.

Faça-me SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora