Capítulo Quatorze

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Eu tenho uma tendência em passar vergonha depois que bebo, mas digo que desta vez extrapolei no álcool. Mas a última coisa que me lembro e de conversar com um homem lindo, seu sorriso sedutor e sua insistência por mais algumas doses de Gin não me sai da cabeça. Bom, minha cabeça latejar como se eu tivesse me afogado em uma piscina, eu pulei na piscina quando cheguei? Tentei abrir os olhos mais estavam pesados demais para tentar, mãos fortes e macia segurava meu pulso, outras vezes tocavam meu torso e minha testa, vozes explodem em minha cabeça. Vamos Kira, abre os olhos. Uma vozinha tão conhecida por mim se aproximou do meu ouvido sussurrando "Eu te amo Kira" Thomas!

- Tho-Tho-mas...

Abri meus olhos dando de cara com aqueles imensos olhos azuis vermelhos, Thomas estava ao meu lado segurando em minha mão. Como poderia me afastar desse pequeno príncipe.

- Kira! - ele gritou me fazendo fechar os olhos de novo, se jogando em meu pescoço - Ainda bem que você acordou... achei que tinha morrido.

- Ai - abracei ele de volta - Morrerei sufocada assim.

Pois logo vir Travis saindo do banheiro, ele secava as mãos em uma toalha. Ainda usava a mesma roupa da noite passada, quando me viu acordada veio em passos largos afastando Thomas me examinando.

- Como você se sente? - perguntou-me passando uma pequena lanterna em meus olhos.

- Me sentirei bem se tira essa luz da minha cara. O que aconteceu? - perguntei virando o rosto para o lado, acho que isso não o intimidou pois me virou de costas levando minha blusa. - Ei Ei... o que você está...

- Você tomou um boa noite cinderela, depois caiu batendo a cabeça no chão e a lombar, acabou se cortando.

- Eu não tomei nada, só o Gin que eu pedi. - Virei a cabeça olhando para ele que olhava o curativo em minha cintura.

- Bom, seu companheiro te drogou. Descobrirmos depois que ele tinha alguns comprimidos.

Olhei para a parede surpresa com o que ele estava contando. Eu não me lembrava de nada depois que conheci Jesse, além de beber as bebidas que ele me pagava, nada mais. Será que eu transei com ele?

- Não, você não transou com ele. Por sorte, Will mobilizou ele antes.

- Por quanto tempo eu dormi?

- Por umas doze horas. - ele me deitou de volta na cama virando minha cabeça para o lado, ele mexeu em meus cabelos a procura de algum ferimento, aquilo estava bom que achei ronronando de prazer.- Tome os remédios e se alimente.

Ele apontou para a mesa de cabeceira, juntou suas coisas e saiu do quarto sem me dar a chance de agradecê-lo, olhei para Thomas que estava sentado no sofá, dei dois tapinhas ao me lado e ele veio correndo se deitando. Abracei meu pequeno e ficamos conversando sobre algumas coisas, gostava de estar com Thomas, sua ingenuidade e carinho aliviava a dor que seu pai havia me causado. Alguns minutos depois Miranda no chamou alegando que eu precisava descansar, beijei sua testa dizendo que ele poderia voltar para dormir comigo.

A empregada trouxe uma sopa, ela colocou no meu colo assim que ela saiu Max e Will entram, ambos sorrindo ao me ver. Me sentia envergonhada por ter causando problemas a eles.

- Como se sente musa? - Max pergunta se sentando na beirada da cama.

- Cansada, enjoada e envergonhada.

- Envergonhada por que? - Will pergunta curioso, só então percebi no queixo cortando.

- Causei problemas. Oh Meu Deus, eu não sou assim tá. Me desculpe.

Os irmãos se entreolharam e depois começaram a rir.

- Kira, nunca nos divertimos tanto quanto ontem. Normalmente bebemos entediados e voltamos para casa. - Max confessa coçando o queixo, então vi sua mão machucada.

- Vocês entraram em uma briga? Quando?

- Bom, depois que você apagou Travis pulou no cara e detonou a cara dele, mas o bastardo tinha amigos. - um arrepio subiu pela minha espinha - E isso ai gatinha, eles iriam estuprá-la e dividi-la sabe-se lá no que mais poderia fazer com você. Então a levei para no carro e quando voltei Travis tinha apago dois dos cinco, Max estava acabado com um então entrei na festa.

Eles riram, parecia satisfeito pelo estrago que causei. Gente isso não era saudável. Tomava a sopa ouvindo eles se vangloriando sobre a briga. Fiquei imaginando como estaria Travis naquela situação, bom

estava torcendo por estar apagada para não ver no estrago que ele havia causado.

- Ele parecia fora de si - Max se virou para mim - Por que cantou aquela música?

- Por que me deu vontade, eu me demiti, só vou ficar até no fim das férias - Contei - Acho que sua raiva foi por isso. Agora sua amada Crystel terá que cuidar do seu filho.

- Sabemos que algo entre vocês, no jeito como Travis te olha e a forma como reagiu ao que aconteceu no Pub foi uma prova.

Senti meu rosto esquentar, bom se eu ficasse vermelha, essa seria a prova. Será que toda família sabia do nosso encontro de ontem mais cedo. Mordi um pedacinho de pão para manter minha boca fechada, chega de problemas. Max continuou conversando sobre o corrido. Minha mente viajava tentando imaginar como ele tinha ficado depois, será que se preocupou? Ou apenas fez seu papel de médico em presta socorro a qualquer necessitado, bom Max também era médico, por mais que cuidado se crianças mas saberia presta o socorro devido.

Mais tarde, depois de Max e Will terem me monopolizando até eu mandar eles embora, me via sozinha naquele enorme quarto pensando em como pude deixar meus sentimentos que nem sabia que existia por ele serem tão profundos que chegaram a me cega. Eu queria poder voltar no tempo e não ter aceitado aquela oferta de emprego e não ter cruzado o caminho de Travis Scott. A porta do meu quarto se abriu revelando um Travis de calça de moletom e sem camisa, ele se virou trancando a porta, caminhou até mim parando no pé da cama.

- Estou obcecado, meu anjo. Viciado. Você é tudo que sempre quis e precisei, tudo com o que sempre sonhei. Você é tudo. Eu vivo e respiro por você. Por você.

Eu jamais me acostumaria com o impacto daquele rosto.

O contorno e suas feições, as sobrancelhas arqueadas os olhos azuis com cílios grossos e aquela boca... perfeitamente trabalhada para ser igualmente sensual e perversa. Eu deveria mandá-lo embora, dizer para ficar longe e poupar meu coração de ser terrivelmente machucado mais uma vez. Ele me olhava como se quisesse me devorar viva.

Sua língua percorria lentamente o contorno dos lábios, como se estivesse me degustando. Travis subiu em cima da cama vindo por cima, seus olhos vagaram pelos meus fazendo-me prender a respiração à espera de seus beijos.

- Não posso entrega-lhe meu coração meu anjo, ele já pertence a você desde o primeiro dia. te amei logo quando se pois na frente de Thomas para protegê-lo, te amei quando gritou comigo no meu escritório e quando a beijei naquela festa. Te amei quando dançou naquela despedida de solteiro. - ele me beijou de leve - Você não entenderia os motivos que me levaram a tal compromisso, mas peço-lhe Kira. Me espere, pois serei expulso do paraíso amanhã. Nossa única esperança é que você vá me procurar no inferno.

Ele secou minhas lágrimas que caia, então beijou-me com todo o desejo e amor. Travis fez amor comigo naquela noite, seu desejo e carinho me fizeram desejá-lo ainda mais. Não entendia o porquê dessa decisão, mas o procuraria no inferno como pedido. Durante toda noite ele disse que me amava, que me desejava, pediu-me desculpas pelos sofrimentos.

Deitada sobre seu peito ouvindo as batidas do seu coração, e sentindo o carinho em minha cabeça.

- Eu poderia viver com você para sempre, e ainda assim você me surpreenderia.

- Levarei como elogio. Eu te amo Travis.

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