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Pensava que sabia tudo sobre o amor, mas só fiquei realmente a saber o que é amar alguém quando o André foi embora da minha vida. Amar alguém exige altruísmo. Percebi a partir do momento em que o que mais interessava era a sua felicidade e se não a encontrava junto a mim só me restava uma alternativa, deixá-lo partir. Mesmo que isso custasse cada pedacinho do meu coração.

Hoje ia voltar a vê-lo, depois de quase 8 meses que me pareceram uma eternidade. O Hugo, primo do André, fazia anos e como tal teria de me dirigir até casa dos Barata para jantar. Eu sei que por um lado estou a cair na boca do lobo, sei perfeitamente que toda a família do André nos quer juntos e que por muito que desejem a minha presença vão estar sempre a torcer e a arranjar estratagemas para que volte para ele. Contudo, jamais o faria. Não que o moreno tenha dado sinais que me queria de volta nestes 8 meses separados, muito pelo contrário. Não me contactou uma única vez e nas revistas aparecia sempre muito bem acompanhado por diferentes mulheres.

Bem, aqui estava eu. O meu carro estava estacionado em frente da casa dos Barata e tudo o que precisava era de um shot de adrenalina e coragem para abrir a porta do carro e sair. Rapidamente me vi obrigada a afastar estes pensamentos, quando a namorada do Hugo, a Mafalda, bateu no vidro do meu veiculo sorrindo animada. Saí rapidamente do carro.

-Estás tão bonita, Ana. - elogiou a Mafalda, eu não costumava usar muitos vestidos, mas hoje a escolha tinha sido um vestido branco um pouco acima do joelho, acompanhado por uns saltos prateados e uma maquilhagem simples.

-Fala-me disso, olha bem para ti! - elogiei de volta - Como estás Mafalda? - questionei.

-Estou ótima, então e tu? Já não te via há algum tempo. - disse, e por momentos receei que a conversa fosse parar ao André.

-Eu também estou bem. - sorri fracamente, ela sabia que era mentira.

-Sabes que estou aqui para ti. Todos estamos, mas, por favor, não nos afastes. És muito importante para nós. - sorri e abracei-a, sabia bem que nenhum deles tinha culpa, mas quando terminamos foi inevitável afastar-me deles também.

-Desculpa, Mafalda. Eu adoro-te. - separei-me dela quando vi o Hugo na porta.

-Então? - questionou o moreno - Quem faz anos sou eu, eu é que tenho direito a abraços! - rimos e andamos apressadamente até ele. A Mafalda depositou-lhe um beijo antes de entrar e eu abracei-o com força.

-Parabéns, Huguinho. - disse e, por momentos, abraçada a um dos meus melhores amigos quase me esqueci daquilo que me esperava.

-Estava cheio de saudades tuas miúda, muito obrigado por teres vindo. A sério! - sorriu, sabia que para mim não seria fácil.

-Jamais deixaria de estar presente. - sorri e Hugo depositou-me um beijo na testa.

Uma vez dentro de casa, cumprimentei toda a família e não pude deixar de reparar que o André ainda não se encontrava presente o que me fez automaticamente respirar de alívio, apesar de saber que só estava a adiar o inevitável. Abracei Anabela e Álvaro, os pais de André de quem eu tanto gostava, pois trataram muitas vezes como se fosse uma filha. Estava a a conversar com eles, até ser interrompida pelo Afonso que rapidamente nos afastou dali.

-Quem é vivo sempre aparece! - exclamou Afonso em jeito brincalhão, abraçando-me.

-Vim porque já não aguentava de saudades tuas, Fonsi. - brinquei.

-Claro que sim. - gargalhou- Deve ser por isso que não atendes uma única ligação minha...

-Desculpa. - sussurrei visivelmente constrangida.

-O que importa é que estás aqui e temos muita conversa para por em dia. - sorriu e sempre que sorria era inevitável não me lembrar do André, tinham muitas parecenças e o sorriso era a maior delas.

O toque da campainha soou e senti as minhas pernas como se fossem gelatina.

Engoli em seco, era agora.

Anabela abriu a porta e a figura alta de André rapidamente surgiu. Um sorriso estava estampado na cara do moreno, até que o seu olhar se cruzou com o meu e parou de sorrir nesse instante. No seu olhar salientava-se confusão e surpresa. Não lhe devem ter dito que eu estaria presente... Merda.


Olá, olá! Esta é a minha primeira história. Chamo-me Aurora, sou portista e como a maioria das jovens portistas não resisto ao André Silva, que apesar de agora não estar connosco nunca deixará de ser um de nós. Espero que acompanhem esta história, irei dar o meu melhor. Obrigada!

Game On | André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora