Foi inevitável ouvir bocas por parte da família do André, assim que, finalmente, chegamos ao bar. Sabíamos que os rapazes não eram parvos e desconfiavam de toda a demora, mas nenhum de nós os dois parecia querer saber. Pelo menos eu, não queria saber de mais nada. Sentia-me verdadeiramente feliz, por estar perante a sua presença e uma sensação de serenidade preenchia-me por ter a sua mão entrelaçada na minha. Este era o André pelo qual me apaixonei, o meu André.
-Podem, por favor, dizer-nos quantos peixes pescaram? Eu sei que pescar requer tempo, mas vocês estiveram lá durante o período necessário. - falou em tom de troça o Hugo.
-Pescamos o peixe suficiente para te voltar fazer jantar sushi se não te calares. - respondi deitando-lhe a língua de fora.
Passado algum tempo acabamos por sair do estabelecimento. Era bom sentir que tinha os rapazes de volta na minha vida.
-Gosto de te ver assim. Com esse brilho no olhar. - confidenciou-me o Afonso, antes de me abraçar para se despedir.
-Obrigada por tudo! Vejo-te em breve, Fonsi. -falei quando nos separamos.
Despedi-me do resto dos rapazes e segui viagem até casa com o jogador. Assim que o carro do André estacionou na parte exterior da minha casa tive de juntar todas as minhas forças para não o convidar para passar a noite comigo.
-Obrigada pelo dia de hoje, André. -agradeci depositando-lhe um beijo na face.
-Um beijo na cara? Não mereço mais do que isso? -falou fazendo beicinho e aproximando-se de mim.
-Não percebo onde estás a querer chegar. -disse em tom de brincadeira abrindo a porta do carro. -Então, até amanhã! -falei assim que fechei a porta.
Os meus passos apressados não foram o suficiente, já que o André saiu do carro e correu até mim. Puxou-me pela cintura virando-me para si e beijou-me sem cerimónias, as suas mãos pousavam delicadamente na minha cintura.
-Agora sim. -falou sorrindo ainda próximo dos meus lábios. -Até amanhã, Anita.
Entrei em casa ainda a sorrir feita parva. Estava tudo no caminho certo, contudo os meus receios não desapareciam por mais que os tentasse empurrar para o fundo da minha mente.
Era domingo, tinha dormido grande parte da manhã, o que fez com que reservasse uma porção da minha tarde para limpezas. Como o moreno vinha fazer-me companhia para jantar queria que tudo estivesse impecável.
Queria provar ao André que as minhas aptidões para cozinhar tinham melhorado, mas a verdade é que continuava a ser uma nódoa na culinária. Como tal, decidi pesquisar algumas receitas no meu computador, mas tudo me parecia demasiado complicado. Sabia que o André adorava massa a bolonhesa, pelo menos quando estávamos juntos e era um prato que sabia confecionar. Os gostos dele podem ter mudado, atirou o meu subconsciente e perante todas as incertezas optei por mandar mensagem ao seu irmão.
Eu: "Preciso da tua ajuda, Afonsinho. Por acaso, sabes se o André ainda gosta de massa a bolonhesa? "
Afonso 👶: "O André não sei, mas eu gosto!"
Eu: "Ah, obrigada! Muito relevante!"
Afonso 👶: "Quando finalmente perceberes que sou melhor do que ele pode ser uma informação muito relevante. 😉"
Eu: "Sei que isto deve ser difícil para ti, mas podes, por favor, uma vez na vida parar de gozar com tudo e ajudar-me?"
Afonso 👶: "Posso!"
Eu: "Obrigada!"
Afonso 👶: "O meu conselho é que te deites em cima da mesa apenas de roupa interior e quando ele chegar perguntas "és servido?" "
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Game On | André Silva
FanfictionRecuso-me a ser apenas mais um dos teus jogos, André. Dar-te uma segunda chance seria como oferecer-te outra bala depois de teres falhado o primeiro tiro.