Capítulo 25 - It's Venice, Baby!

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Cheryl's POV

Já era noite quando Toni e eu chegamos em casa, ela estacionou sua Suzuki na garagem. Desci da moto, sentindo ainda meu estômago embrulhar devido ao nervosismo de ter confessado a ela que estava apaixonada.

"Eu vinha pensando no caminho..." Ela fez uma pausa descendo também da moto. "Vamos contar para todos sobre nós?"

Ai, CACETE!

Coloquei as mãos no rosto, dando me conta do problema diante de mim. Quando corri para os braços da Topaz, evitei ao máximo pensar nas consequências. Mas agora, era inevitável.

"Não vamos contar nada!" Disse tensa.

"Não?"

Suspirei. Não sabia como explicar a ela que o meu ódio por seu pai havia se intensificado após meu desentendimento com Penélope. De maneira alguma poderia permitir que o casalzinho declarasse vitória por achar que a paixão que sentia pela filha do miolo mole mudaria minha opinião ou meu jeito de agir. Precisava de um tempo para saber o que fazer, afinal, gostar justamente da filha do meu inimigo era algo com o qual ainda não sabia lidar.

"Érr... As coisas são estranhas para nós... Pra eles vai ser ainda mais difícil entender. Vamos esperar um pouco, ok?"

Tentei não ser rude. Toni fitou o chão, pensativa. Então, finalmente se pronunciou.

"Eu não queria, mas tenho que concordar com você. Penélope ficou toda nervosa quando anunciou seu namoro com Josie, não sei como ela agiria sabendo que agora está namorando comigo. Acho que a intenção dela quando nos trouxe para a Itália era nos aproximar de um jeito fraternal, o que é bem diferente do que estamos fazendo. É melhor mesmo mantermos segredo por enquanto, vou pensar em um jeito de contornar a situação."

"Você falou namorando?" Sussurrei, prendendo o riso. Era estranho ouvir aquela palavra.

"Lógico, ou você esqueceu que me pediu em namoro no dia que fizemos as tatuagens? Eu tenho um vídeo para provar, viu? Transferi ele pro meu laptop antes de roubarem meu celular." Presunçosa, puxou me para si.

"Você não vai me deixar esquecer aquele dia, né?" Provoquei.

"Nunca!"

"Me diz uma coisa, vamos namorar escondido e fingir que ainda nos odiamos?"

"Sim, você tem ideia melhor?"

"Não! Então posso continuar te chamando de Toninha, babaca, imbecil e coisas desse tipo?" Fiz carinha de pidona.

"Hum... Acho que sim. E por acaso tem outra coisa no mundo que te divirta tanto quanto me xingar?" Sorriu amigável.

"Não, TONINHA." Apertei-lhe as bochechas.

"Ok, é melhor você entrar antes que Penélope enfarte achando que você já está em Paris." Sinalizou para fora com a cabeça. Joguei minha mochila atrás de umas caixas velhas, na tentativa de sumir com as pistas da minha quase fuga. Antes de sair, fitei Toni que, de braços cruzados, analisava-me.

"O que foi?" Perguntei confusa.

"Nada." Murmurou.

"Ok..." Dei alguns passos em direção à saída e foi nesse momento que ouvi um som diferente, parecia que alguém estava cantarolando. Seria a doida da Toni? Virei-me rapidamente para checar e a peguei olhando para o teto, enquanto assobiava. Podia jurar que ela estava fazendo a tal dancinha da vitória patenteada por ela e o irmão bisonho. Ignorei.

Logo que entrei em casa, dei de cara com Penélope e os outros, apreensivos. Estavam sérios, será que alguém tinha morrido?

"Nossa, quem morreu?" Questionei.

𝐜𝐡𝐞𝐫𝐲𝐥 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦 𝐱 𝐭𝐨𝐧𝐢 𝐬𝐨𝐥𝐮𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora