Capítulo 48 - Um sábado diferente

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SURPRESAAAAAA!!!!

Sentiram saudades? rs

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Cheryl's POV

Dentro do apartamento, fiquei por cerca de um minuto petrificada, suspirando, ainda perdida no beijo que troquei com Toni. As garotas tagarelavam à minha volta, confusas demais para perceber meu estado de espírito. No momento em que enchi os pulmões de ar, o viado dos infernos jogou a bebida que segurava, na minha cara.

– ACORDA, SUA DRAGA ZUMBI! – Vociferou, contente demais.

O líquido adentrou minhas narinas e boca. Juro que minhas mãos tremeram, querendo voar no pescoço do pavão. Kevin, percebendo meu olhar irado, escondeu-se atrás de Ronnie, covarde e prepotente.

– Nada de briga! – Betty interferiu, antes de a chapa esquentar. – Nós, garotas, temos que ficar unidas!

Tentei enxugar o rosto com as mãos. Não tirei os olhos da bicha e lhe ameacei, através de gestos.

– O que aconteceu com sua boca? – A sebosa me olhou estranho. – Está avermelhada.

– Minha boca? – Murmurei aturdida.

– Você beijou alguém? – Fofolete arregalou os olhos.

– Humpf! – Dei de ombros. – Não! Eu... caí!

– E depois beijou o chão? – Minha irmã ironizou.

Obviamente, eu havia esquecido que ninguém tinha privacidade ali. Kevin estreitou os olhos, me estudando. Em seguida, falou alto:

– Beijou a inimiga! Mundiça traidora! – Me censurou.

Rosnei irritada.

– Não é da conta de ninguém, tá legal?! – Fiquei emburrada.

– Conta para nós como foi. – Minha prima deu um sorriso romântico e sonhador.

Eu tinha cara de quem saía contando minhas conquistas? SIM, EU TINHA!

Joguei as mãos pro alto, confessando:

– Foi incrível! Nós estávamos... – Interrompi o relatório ao ouvir uma música alta, vinda do apartamento dos Jones. – Ouviram isso?

– Música? – Fofolete murmurou.

– Palhaças! – Veronica supôs, estreitando os olhos.

– Strippers! – Kevin cuspiu, em tom de acusação. Todas nós passamos a acreditar no que Megan havia falado.

Fomos atingidas por um ciúme incontrolável e lutamos para sair de casa, todas ao mesmo tempo. No corredor, trocamos olhares antes de eu mesma empurrar a porta do apartamento dos Jones. Do mesmo jeito que abri, a fechei logo em seguida.

– Ainda estamos na América? – Murmurei. Eu tinha mesmo visto os narcotraficantes?

A maçaneta chacoalhou. As meninas e eu demos um passo atrás. Então, Archie abriu a porta, gritando:

– Arriba! Agora é uma festa! – Com força, puxou-me para dentro.

Sem equilíbrio, cambaleei, indo parar nos braços do colombiano. Fiz careta quando ele piscou para mim.

Eu ainda estava perplexa. O que costumava usar lencinho (o mais falante) estava fantasiado de policial e o outro, que um dia vi deitado com Kevin, fantasiado de bombeiro. O policial, o qual segurava um rádio portátil, parou a música e falou, em uma mistura de nossa língua com um espanhol fajuto:

𝐜𝐡𝐞𝐫𝐲𝐥 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦 𝐱 𝐭𝐨𝐧𝐢 𝐬𝐨𝐥𝐮𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora