𝐜𝐡𝐞𝐫𝐲𝐥 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦 𝐱 𝐭𝐨𝐧𝐢 𝐬𝐨𝐥𝐮𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢

Capítulo 43 - Event Canceled

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Toni's POV

De uma coisa eu tinha certeza: ia matar aquele mini-delinquente.

Desci as escadas, furiosa, depois marchei para sala barulhenta.

"CUIDADOOOO!" Alguém alertou.

Espantei-me ao ver o Toicinho, literalmente, voando em direção ao meu rosto. Em um impulso, desviei e, consequentemente, o porco atingiu Cheryl desavisada atrás de mim.

O baque de seu corpo caindo no chão foi audível. Ao vê–la estendida, esfregando a face, quase consegui sentir culpa. Porém, estava com dor demais pra sentir qualquer coisa.

"TOICINHOOO!" Archie jogou- se ao solo, socorrendo o animal, que estrebuchava. Já Cheryl...bem...estrebuchou um pouco também.

Ajoelhei–me, tentando ajudá-la.

"PEGUEI ELE! PEGUEI! NÃO VAI MAIS ATIRAR FILHOTINHOS EM NINGUÉM, MOCINHO!" Betty avisou, com os braços em volta do mini–delinquente. O carinha ainda tentava resistir.

Afaguei o rosto da minha cerejinha e perguntei:

"Você está bem?"

"Não!" Choramingou Archie. "Acho que ele quebrou a patinha. Cabeçuda, faz respiração boca-boca nele!" Pediu, lacrimejando. O fuzilei com o olhar.

"Vamos levá–lo ao veterinário!" Verônica interveio.

"Boa ideia." Animou–se o animal. Não o que estava machucado, e sim, o que eu tenho que chamar de irmão. "Vamos logo!"

Enquanto ele e Verônica saíam apressados, repeti a pergunta para minha Cheryl, imóvel no chão.

"Você está bem?"

"Oh...ai...hmmm..." Gemeu estranhamente.

Kevin ria descontrolado de alguma piada que, com certeza, eu havia perdido.

"Toni..." Gemeu outra vez. As risadas de Kevin tornaram–se mais escandalosas. "...estou tão mal...não consigo me mexer..aii.."

"Está tudo bem, Cheryl, vou te levar ao pronto-socorro!"

"NÃO!" Kevin se intrometeu. "Está maluca? Vai dizer o que? Que ela sofreu uma tentativa de porcocídio?"

"Digo qualquer coisa." Respondi, puxando-a do chão.

Pressionei– a contra meu peito, abraçando Cheryl bem apertado

Curiosamente, ela encarou Betty com um olhar suplicante.

"Ela está bem, Toni, só está tonta. Leve–a para meu quarto."

Não queria deixar transparecer meu lado super–protetor, por isso, obedeci minha cunhada.

Ajudei meu frango à ir até o quarto e ela deitou sobre a cama de casal, rindo do quarto, excessivamente rosado.

"Vai conseguir dormir aqui? Não é alérgica a essas coisas de mulherzinha?" Ironizei, forçando minhas mãos a se distanciarem do corpo dela.

"Hmmm.." Estudou o local. "..não é tão ruim quando você se esforça pra gostar. E quando digo esforço, quero dizer muito, muitooooooo esforço mesmo! O quarto tem personalidade." Sorriu.

Essa era, sem dúvida, uma resposta a qual eu não esperava. Tinha notado que Cheryl mudara um pouco desde que a deixei, mas algumas coisas surpreendiam-me ao extremo. Ela tentando ser compreensiva? Bem, isso era novo para mim.

Caminhei até o pé da cama, onde ergui seu tornozelo, verificando o machucado.

"Está doendo?"