[ Cailtin ]O dia realmente não seria bom, tudo começou a dar errado assim que sai de casa e pela primeira vez Tommy resolveu me questionar perguntando porque eu estava saindo para trabalhar tão cedo. Eu já tinha feito isso algumas vezes, mas ele nunca questionou. Sabe que sou médica e que não se tem hora para atender um paciente. Mas pela primeira vez ele perguntou porque eu tinha que sair tão cedo da cama, ele disse que estava com saudades e me doeu ter que mentir. Eu estava na empresa de Felicity no andar "secreto" treinando e logo após iria para o hospital exercer a profissão cujo estudei muito para merecer um diploma. Eu amava ser médica, mas também amava ser uma agente. Parece algo contraditório, mas não é bem assim ate porque as pessoas que eu elimino são pessoas ruins, meus pacientes são pessoas boas e merecem viver, bom pelo menos a maioria. E pra piorar tudo descobrimos que quem fez a nossa missão ir por água a baixo foi Oliver, isso era bizarro e eu estava com dó de Felicity porque sei que no lugar dela eu também não saberia o que fazer. Bom, se eu descobrisse que meu marido é um agente eu surtaria muito, mas muito pior que Felicity, o que me leva a pergunta, sera que Tommy já sabia que seu melhor amigo era um agente? Eu iria descobrir mais tarde quando chegasse em casa. Mas por hora coloquei meu jaleco e já dentro do elevador fui para o 15º andar, recebi uma mensagem do diretor do hospital dizendo que havia uma paciente para ser examinada, estranhei o fato de que o 15º andar era o CTI e geralmente as pessoas vão pra lá já a "beira da morte" não para serem atendidas. Não pensei muito e continuei a caminhar, o corredor estava incrivelmente vazio e algumas salas podia se ouvir alguns choros, suplicas e ate mesmo risadas. Ali não era o meu andar favorito, já perdi muitos pacientes bons aqui. Adentrei o quarto cujo a porta dizia "Quarto 147". Olhei o nome da paciente em minha prancheta e olhei pra cima pronunciando seu nome.
- Sra. Helena? - Fechei a porta atrás de mim e me dei de cara com o nada. Não tinha ninguém no quarto. - Sra. Bertinelli? - Chamei mais uma vez na esperança de que ela surgisse do banheiro ou de algum outro lugar. E o silêncio se fez presente novamente. Então analisei melhor a ficha da paciente e arqueei a sobrancelha. "Lesão na costela, sem risco de morte." Como assim alguém que esta sem risco de morte é mandado pro 15º andar? - Perguntei para mim mesma e acabei falando em voz alta.
- É porque querida, quem corre o risco de morte aqui é você. - Uma morena de olhos verdes adentrou o quarto e o trancou me olhando de forma travessa.- Olá, doutora Caitlin Snow, ou devo dizer, Agente 87. - Engoli em seco, ela sabia quem eu era. Sabia ate que no treinamento com outros agentes não se usava o nome, e sim um número. O meu era esse, o da Felicity 91 e da Sara 85. Nós odiávamos ter que usar esses números ridículos ate começarmos a sair em missão, então não era mais necessário porque já não era mais treinamento.
- Quem é você? - Perguntei apertando a prancheta mais forte em minhas mãos. E foi ai que analisei suas vestes, era óbvio. Ela era uma agente, mas não uma ARGUS.
- Você sabe o que eu sou, Snow. - A morena encurtou mais um pouco nosso espaço, o que já estava me irritando. - Só não sabe pra quem eu trabalho. E o meu trabalho hoje é eliminar você e depois seu maridinho.
Agora ela falou demais. Me ameaçar, ok? Ameaçar meu marido já era demais. Coloquei minha prancheta em cima da cama onde deveria haver algum paciente e tirei meu jaleco.
- Não ouse falar do meu marido. - Grunhi.
- Qual o problema, Caitlin? Não gosta que falem do seu atirador? - O que? Como assim atirador? Indaguei incrédula, não podia ser. Meu rosto tomou uma coloração muito avermelhada, era ódio. Não acredito que Merlyn também era um agente.
- Ah, entendi. Então você não sabia do maridinho sniper? - Gargalhou enquanto me olhava. - Não faz muita diferença, vocês dois vão morrer mesmo.
Meu cérebro processou cada palavra da mulher na minha frente lentamente, então ela fez o que eu já esperava, sacou uma arma que já estava com silenciador e mirou em minha direção, por ter a visão apurada, empurrei a maca na direção dela que desviou, mas deixou a arma cair por descuido. Aproveitei seu momento de distração e pulei por cima da maca e acertei sua mão a impedindo de pegar a arma. Helena cambaleou, mas levantou de imediato contra atacando, sua mão veio de encontro ao meu rosto, abaixei desviando do soco e chutei sua barriga, Helena segurou meus cabelos e me jogou contra a porta, meu corpo se chocou com força e logo senti um soco atingir meu rosto, deslizei pela porta e dei uma rasteira nela. Subi em cima do seu corpo e bati sua cabeça contra o piso consecutivamente, ela gritou de dor e deu uma joelhada na minha barriga, grunhi com a dor. Me levantei e aproveitei que ela ainda gemia no chão sentindo a dor.
- Se não for eu, será outro Caitlin. - Ela disse enquanto tossia e saia bastante sangue da sua boca. Ouvir aquilo me irritou, chutei sua barriga com força e ela gritou. Tossiu mais um pouco e logo depois começou a gargalhar. - Eu não serei a primeira a te procurar, você sabe que isso está só começando, você e o Tommy vão sofrer muito ainda. - Sua voz era embargada de sinceridade. E tenho que admitir, estou com medo. Eu sabia que quando procuravam um alvo, só paravam quando o alvo era eliminado. Mas estava disposta a lutar contra o que estivesse no meu caminho, mas não antes de dar uma bela surra em Tommy. Trinquei os dentes e cuspi um pouco de sangue. Caminhei ate a arma e verifiquei se ela estava carregada.
- Que venham quantos forem necessário Helena, você me procurou sabendo quem eu sou. Então você sabe do que eu sou capaz. - Não dei tempo dela responder e atirei em sua cabeça. Ela disse que não seria a primeira a me procurar, mas seria a primeira a morrer.

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Sr. e Sra. Queen
RomansaOliver Queen e Felicity Smoak são um casal comum, como qualquer outro. Bom, pelo menos é o que cada um deles pensam um sobre o outro. Ambos tem uma vida secreta que nenhum deles fazem ideia da existência, após uma confusão em que os dois acabam entr...