[Capítulo 4]

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Depois de o Niall me ter dado a conhecer todo o campus, e me ter levado pessoalmente aos sítios onde iria ter aulas, ele convenceu-me a ir com ele beber um batido.

"Juro-te! Tu vais adorar Rosalind! Eu simplesmente amo aqueles batidos. São tão... hm, espeços, saborosos, tão bons!" ele disse completamente animado.

"Bem, espero que sim. Porque, por acaso, já tenho alguma fome." admiti, deixando sair uma pequena risada.

"Não te vais arrepender." ele disse e abraçou-me de lado, o que me fez sentir bastante bem.

E lá chegámos ao nosso destino. Um pequeno café chamado 'Shakes House' tinha algumas pessoas lá dentro, e o Niall abriu-me a porta, fazendo um sininho tocar sobre a minha cabeça. Sorri e encaminhei-me para dentro do espaço, vendo uma cabeça que em lugar algum passava despercebida. O que estava ele a fazer ali?

"Onde te queres sentar?" o Niall perguntou.

"Oh, escolhe tu. Nunca aqui vim antes." disse e ele pegou na minha mão, dirigindo-se para uma mesa junto da parede.

"Rosie, tu nunca te vais arrepender de teres provado os batidos daqui." ele prometeu-me com um sorriso gigante e eu ri-me um pouco, enquanto abria o meu casaco, colocando-me mais confortável.

"Bem, se os batidos daqui forem bons, vais ter de me mostrar também os restaurantes que existem por aí." mandei com uma pequena risada.

"Com todo o gosto." ele respondeu e eu vi uma senhora com um avental encaminhar-se para nós.

"O que vai ser?" ela perguntou com um sorriso.

"Hm, para mim... Um batido Mil Sensações, e para ela..." ele olhou com um olhar avaliador. "Para ela é uma Explosão Vermelha." ele finalmente disse e ela anotou.

"Daqui a nada trarei os vossos pedidos." ela informou.

"Obrigada." disse sorrindo e ela sorriu também. Vi a senhora virar costas e ir embora. Quando ia começar a falar, o Niall foi mais rápido que eu.

"Oh, sei de um restaurante que faz umas coxas de frando tão boas!" ele mordeu o lábio e rolou os olhos ao lembrar-se do delicioso comer.

"Então espero que me leves a esse." eu pedi e ele assentiu freneticamente.

"Podes ter a certeza que te levo!" ele disse e eu sorri, olhando em volta. Mais uma vez, o meu olhar encontrou o do outro ser e os nossos olhos verdes ficaram encadeados. "Conhece-lo?" a voz com um sotaque carregado perguntou.

"Desculpa?" finalmente os nossos olhares se desprenderam e eu dei a minha atenção ao rapaz de olhos azuis e um falso cabelo loiro. "

Perguntei se o conheces..." ele disse e eu ergui o sobrolho, sem perceber de quem ele falava. O seu olhar dirigiu-se para o outro lado da sala e eu vi o rapaz de olhos que dividia o dormitório comigo.

"Mais ou menos." respondi, dirigindo o meu olhar para o balcão, onde a senhora que nos tinha atendido, colocava dois copos coloridos sobre uma bandeja prateada.

"Mais ou menos?" ele perguntou, de sobrolho erguido, imitando a minha última expressão. "Explica-te Rosalind." ele pediu.

"Ele divide o seu dormitório comigo." finalmente o esclareci.

"Ah. Como se chama?" "Harry.... Harry... Styles. É isso! Harry Styles." disse, e procurei o rapaz de cabelo aos cachos, na mesa onde ele tinha estado, mas ele já não estava lá.

"É simpático?" o Niall perguntou e eu dei de ombros.

"Penso que não. Ele é muito rude a falar. Parece que é uma obrigação ter de falar comigo." admiti e olhei para as minhas mãos.

"Oh, se ele pensa que é uma obrigação falar contigo, nem sabe o que perde. tu és uma rapariga fantástica, Rosalind." ele disse e eu sorri.

"Obrigada Niall." dei-lhe um sorriso caloroso e a senhora chegou com os nossos batidos. O do Niall era verde, amarelo e azul. O meu tinha diferentes tons de rosa e vermelho.

"Vamos lá provar estas maravilhas!" o Niall disse alto e atraiu alguns olhares, o que nos fez rir. Ele esfregou as mãos e colocou a sua palhinha entre os seus lábios rosados, sorvendo um pouco do seu conteúdo.

Segui o seu exemplo, e um doce, saboroso, intenso, espesso e ao mesmo tempo, suave sabor a frutos vermelhos encheu a minha boca e envolveu a minha língua. Fechei os olhos com prazer. Isto deve ser a coisa mais saborosa e deliciosa que alguma vez provei.

"É como ter um orgasmo com a língua, não é?" o irlandês perguntou e eu quase cuspi o saboroso batido.

"Desculpa?" eu perguntei corada e ainda sem acreditar nas suas palavras.

"Oh, perdão. Esqueci-me que tu não usas esta linguagem." ele disse com umas risadas. "Vou reformular a questão: É como provar o paraíso, não é?" ele perguntou com algumas risadas pelo meio e eu suspirei.

"Sim, é." eu admiti e ele fez um sorriso vitorioso.

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