Melody

[Capítulo 7]

Ouvi passos furiosos atrás de mim. Já previnha a tempestade que ele iria fazer e bem, digamos que até estou preparada. Já devo estar vacinada contra o Harry Styles.

"Mas tu és parva, ou comes merda às colheradas?" ele perguntou zangado, jogando o resto da maçã pelo jardim que estava à nossa frente.

"Bem, eu disse-te para não me enevares, tu quises-te brincar com o fogo, quem se tramou foste tu. E, deixa-me que te diga, soube-me bastante bem finalmente te dar uma chapada. Não sei se sabes mas mereces." Eu disse e finalmente me voltei para o encarar, com cara de parvo a olhar para mim.

"Lá porque és uma menina que teve uma professora de etiqueta, não tens o direito, nem sequer a permissão para me bater ou dizer o que mereço ou não!" ele cuspiu com ódio e veneno na voz.

"Olha, meu bem, primeiro, eu não tive professora de etiqueta, tive uns pais que me deram educação, e segundo, eu posso bater-te, porque tu também pareces ter o direito de levares quem queres para o NOSSO dormitório." Eu atirei.

"E? O que é que tu tens a ver com isso?" ele atirou de volta e eu coloquei as minhas mãos na minha cintura, já a ficar zangada.

"O que é que eu tenho a ver com isso? Bem, que eu saiba, o dormitório também é meu, LOGO, eu também tenho uma palavra a dizer sobre o que se passa lá dentro." Eu disse.

"E eu não dou um caralho para o que tu dizes ou deixas de dizer." Ele diz e começa a virar costas. "Ah!" ele voltasse novamente para mim. "O teu amiguinho, o loiro, completamente loiro falso, mas pronto, ele pode não ser assim tão teu amigo como aparenta ser." Ele cuspiu azedo.

"E o que é que tu sabes dele para falares assim? Ou melhor: achas que tens MORAL para falar do que o Niall é ou deixa de ser?" eu quase lhe gritei, gesticulando com um braço o meu ponto de vista.

"Bem, eu tenho moral suficiente e tu estás a deixar-te iludir por aqueles olhos azuis e pelas suas piadinhas." Ele diz.

"Bem, mais vale cair nos seus olhos azuis do que nos teus!" eu disse irritada por ele continuar a insultar o Niall.

"Querias tu cair nos meus olhos, querias tu ser o suficiente para mim. Mas quer dizer, ainda bem que não és, não aturava uma como tu durante mais que três minutos, se te levasse para a cama." Ele cospe e eu abro os meus olhos e sinto os meus punhos tremer de raiva.

"Fecha a porcaria da tua boca suja antes de falares de mim, do que eu sou ou deixo de ser!" eu gritei contra ele e controlei as minhas mãos, para não lhe bater outra vez.

"Não vales de nada mesmo, tu és igual a todas as outras, uma cabra, as garotas só servem para sexo!" ele disse e como viu que estava a começando a querer revirar, falou.

"Anda lá! Força! Bate-me, apenas estou a dizer a verdade!"

Essa foi a gota d'água, levantei a minha mão para lhe dar uma chapada, mas ele foi mais rápido e pegou na mesma, empurrando o meu pequeno corpo a parede.

"Agora, diz lá que és como elas!"

"Não Harry! Não sou igual a todas sabes porquê? Porque eu fui ensinada a comportar-me devidamente, fui ensinada a amar, não me entrego facilmente a ninguém, aprendi que posso amar com cada fibra que tenho, e o mais importante de tudo, eu tenho respeito pelo meu corpo!"