Prisão

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“Love game intuition, play the cards with spades to start
And after he's been hooked, I'll play the one that's on his heart”


 
 
Era exatamente 20:32, Bakugou sentiu o seu celular vibrar e logo tratou de olhar quem era. Kirishima o havia chamado para ir para sua casa, disse que precisava falar com o mesmo e que tinha que ser pessoalmente. O loiro estranhou, o que o ruivo queria a essa hora da noite e ainda mais, também queria que ele fosse na casa dele. Katsuki aceitou, afinal o Kirishima não morava muito longe dali.

Quando Katsuki entrou na U.A, Kirishima foi seu primeiro amigo. Ele tinha mais contanto com o ruivo e isso os aproximou bastante. Eles viraram melhores amigos e desde então não se desgrudam um do outro. Um dia Kirishima assumiu ser gay para o loiro, que ficou chocado por um momento, mas ele disse que não ligava para isso. Porém, Kirishima veio mostrando estar gostando do loiro, e isso foi “confirmado” quando o mesmo o beijou inesperadamente na festa da U.A. Desde aquele dia esse assunto não é mais mencionado, mas não há um momento qur Kirishima não gostaria de ter o loiro para si.


Chegando na casa do ruivo, o loiro bate na porta várias vezes e estranha a demora para alguém abrir. Então ele recebe uma mensagem de Kirishima.


“Entre, eu deixei a porta aberta”


Katsuki entrou ainda mais confuso do que já estava. Subiu as escadas e foi para o quarto do ruivo. Ao abrir a porta se deparou com Kishima se envolvendo em lágrimas com o seu celular na mão. Rapidamente, Katsuki correu para perto do ruivo.


- Meu Deus o que aconteceu? Você está tremendo. – a preocupação do loiro era evidente, ele se importava muito com seu amigo.


- Aconteceu, Kacchan. – o ruivo fala aos soluços. – meus pais descobriram que eu sou gay, e tiveram uma briga.


Katsuki se aproximou mais de Kirishima, sentou ao seu lado na cama e o abraçou.


- Meu pai começou a gritar com minha mãe, disse que era culpa dela não ter me ensinado a ser homem. – Kirishima desaba no peito do loiro. Katsuki passa suavemente a mão sobre os fios ruivos, o envolvendo em um abraço, dando a sensação de conforto e proteção.


- Minha mãe começou a perguntar para mim se eu tinha algum problema mental. Eu disse que amar alguém não é ser doente. E eles disseram que eu não sabia amar, ainda era muito novo, eu chorei, mas ninguém me escutou. A relação dos meus pais já estavam ruim, aí agora com isso... Katsuki eu não aguento mais, eu quero sumir. Eu queria poder gritar para todos ouvirem, mas todos abafaram meus gritos, como se eu não existisse.


- A QUE PONTO SEUS PAIS CHEGARAM? – O loiro estava furioso. – eu não acredito, como os próprios pais conseguem ser tão frios ao ponto de tratar seu filho assim. Kirishima você não tem que aguentar isso, fique comigo, durma comigo hoje lá em casa, fique quanto tempo quiser. Você não pode carregar esse peso sozinho. Eu disse que estaria sempre com você, não foi?


O ruivo parou um momento de derramar lágrimas. Apesar disso tudo, ele queria estar com Katsuki.


- Quem diria que o esquentadinho do Bakugou poderia ser uma pessoa totalmente diferente. – o ruivo rir deixando um beijo no pescoço do loiro. – você podia ser assim mais vezes.


- Eu tento melhorar, mas muita coisa me irrita muito fácil. – o rubor era visível no rosto do loiro.


- Teu sorriso é tão lindo, devia sorrir mais sabia.


- Eu-u... Tá vamos, arruma as suas coisas que hoje você vai lá para casa. – o ruivo o olhou meio triste, e algumas lágrimas escorreu por seu rosto.


- Eu vou ali embaixo beber água, já volto para te ajudar a levar as coisas. – o loiro saiu deixando o ruivo arrumando as coisas.

“Por que tinha que ser ele? Mesmo que ele esteja fazendo o que pode por mim, a única coisa que eu mais queria eu não posso ter. Bakugou, eu te amo tanto”


- Pronto voltei. Já terminou?


- Ah sim, vamos então.


Chegando em casa, Katsuki pediu para o ruivo se acomodar enquanto ele explicava para sua mãe, Mitsuki, que estava querendo uma explicação da saída repentina do filho aquela hora da noite. Depois de dizer o ocorrido, ela disse que entendia o porquê de tudo, mas não queria causar mais problemas do que já tinha, pois isso poderia ficar mais sério do que já estava.


- Vem logo pro meu quarto. – Katsuki puxou o ruivo o arrastando pelas escadas.


- Eu agradeço muito por deixar eu ficar aqui.


- Fique aqui por um tempo, vai ser melhor para você.


- Eu vou tomar um banho.


Kirishima começa a se despir na frente do loiro ficando apenas de box. Apesar de não estar excitado seu pau marcava muito bem a cueca.


- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – o loiro grita completamente vermelho e envergonhado.


- Você quer que eu tome banho com roupa?


- Não-o é isso, VOCÊ NÃO DEVE FAZER ESSAS COISAS ASSIM NA MINHA FRENTE.


- Qual o problema? Você já me viu muitas vezes só de cueca. Ou você não quer ficar com tesão? – o ruivo provocou.

O loiro sentia seu corpo queimar. Katsuki tinha um corpo muito definido que chama atenção de qualquer um. Aquilo estava começando a deixar o loiro excitado.


- NÃO É ISSO SEU ANIMAL. NÃO FALE BESTEIRAS. EU SOU...


- Hétero? – o loiro se espantou ao ouvir Kirishima completar sua frase.


- É.


- Então não se importaria se eu fizesse isso.


O ruivo agarrou o loiro e juntou suas intimidades. Katsuki sentiu seu pau encostar e pulsar junto ao membro de Kirishima que já estava duro. Kirishima por ser mais forte que o loiro, o jogou na cama e sentou em cima de seu membro coberto se apoiando no peitoral do loiro.


- Saia de cima de mim. - a voz do loiro saiu em um gemido, fazendo Kirishima sorrir.



Kirishima saiu de cima do loiro e seguiu para o banheiro.


“Por que esse idiota me faz sentir assim? Por que ele fez isso? Eu gosto de mulher, mas fiquei de pau duro tão rápido para ele. PARA DE PENSAR MERDA AA”


O ruivo terminou o banho e voltou para o quarto. Katsuki estava lá embaixo ajudando sua mãe em algumas coisas. Logo o ruivo notou que ele deixou o celular ligado em cima da cama. Ele resolveu da uma pequena olhada, porém foi um erro. Na barra de notificações estava a mensagem de uma garota:

“Então Kacchan, quando você vai vir aqui em casa de novo? Eu quero muito chupar seu pau”


Depois de processar aquilo, o ruivo sentiu um aperto enorme em seu peito. Como? Ele tinha quase certeza que Katsuki era gay? Ele não queria acreditar no que tinha lido. Ele estava com nojo. Logo um turbilhão de pensamentos veio em sua mente, e o mesmo começou a chorar.


                           (Na cozinha)


-Filho por que você não namora esse garoto? Ele é tão fofinho e tão gentil.

- MÃE O QUE É ISSO? ELE É MEU AMIGO E- E EU NÃO GOSTO DE HOMEM.


- Katsuki você não engana ninguém. Comer aquelas putas e broxar em um segundo le entrega. – o loiro estava envergonhado, sua mãe era maluca e falava muita coisa constrangedora.


- MÃE PARA DE FALAR ESSAS COISAS. NÓS NUNCA VAMOS TER NADA. – subiu as escadas bufando de raiva e abriu a porta devagar.


- Tá fazendo o quê?


- Nada, eu só me destraí.


- Ótimo. Desce que a gente vai jantar.






                                  (...)


Havia passado 1 mês. Algumas coisas tinham melhorado em pouco tempo. Kaminari estava na casa de Midoriya pois os mesmos íam sair com alguns meninos para uma festa reservada apenas para homens na casa de Shindo.



- Eles vão demorar a chegar? – falou o loiro impaciente.


- Calma, ainda é 17:20, eles combinaram de vir de 17:40, daqui a pouco eles chegam.


- Filho, o moço do sorvete está passando agora aqui na rua. – falou Inko abrindo a porta do quarto do esverdeado. – achei que você iria querer comprar alguma coisa.


- AHHH VAMO KAMINARI.- Midoriya pega na mão do loiro e sai correndo até a porta.


- Midoriy-a, a su-a mão. – o loiro fala gaguejando.


- O quê?


O esverdeado parou para olhar a cena, e ele ainda estava de mãos dadas com Kaminari, e o mesmo estava corado com a situação.


- AAA ME desculp-a eu não percebi. – falou o esverdeado um pouco envergonhado.


- Atrapalhei o casal? Falou Tokoyami em um tom de provocação fazendo os dois ficarem vermelhos e virarem o rosto para lados opostos.


- A gente só ia comprar sorvete.


- Sei. Agora me diz, só tem a gente aqui?


- Sim, mas os outros já devem estar chegando.


- Por falar neles, olha quem está vindo.- o loiro apontou para três garotos.


Katsuki, Todoroki e Kirishima vinham conversando e dando algumas risadas.


- Cadê o resto do pessoal? – perguntou o esverdeado.


- Eles não vão poder ir e mandou a gente avisar a vocês. – falou o bicolor.


Os meninos entraram e Midoriya puxou Kirishima para um lugar separado. O ruivo confuso, apenas o seguiu.


- Sem querer ser inconveniente Kirishima, mas como tá a situação na sua casa? – Midoriya ficou envergonhado ao perguntar, mas se preocupava com ele.


- Eu chego em casa, eles olham para mim e não falam nada, só fica no básico a nossa comunicação. Apesar de não criarem mais caso, a nossa relação não é mais a mesma, mas até que da pra viver com isso sabe. Ainda tem pessoas que me dão motivos para viver.


Midoriya abraçou o ruivo que surpreso com o abraço logo tratou de retribuir.


- Vamos esquecer um pouco disso hoje e se acabar na festa.


Kirishima se espantou, nunca tinha visto o esverdeado assim, mas deu um sorriso de canto.


- VOCÊS DOIS VENHAM LOGO. – Katsuki berrou.


Os meninos seguiram para a casa de Shindo, ficava um pouco depois da escola deles. Chegando lá, notaram que o lugar estava cheio de alunos da U.A e que já tinha muita gente bêbada.


- Por que ele chamou só os meninos para essa festa? – Tokoyami estava confuso.


- Vai ver ele está preparando um orgia enorme ai quero muito. – Kaminari fala em um tom malicioso deixando escorrer pequenos fios de sangue pelo nariz.


- Tarado.


- Oi gente. – uma voz familiar chamou a atenção dos meninos.


- Oi Shindo. – falaram em unisom.


- Oi Deku. – Shindo falou se aproximando do esverdeado. – vem dançar comigo.- falou mordendo o lóbulo do mesmo, que ficou vermelho.


- Deku mal chega e já tem um idiota querendo ficar com ele?


- Algo contra? Kacchan? – Kaminari fala em deboche.


- AGORA PRONTO VÃO TOMAR NO CU.


Todos riam da situação, menos Todoroki que encarava Midoriya sendo levado para um local no meio onde todos dançavam.


- Faz muito tempo que a gente não se ver não é Deku? – fala Shindo dançando colado a Midoriya que já havia se soltado.

Estava tocando a música “X” e estava a maior putaria e pegação em volta.


- Você nunca mais apareceu lá na escola.


- Juro a você que irei lá, porém você não vai me escapar hoje como escapou da última vez.


“Sé que no sabes de mí
Y no te puedo mentir
Lo que dicen en la calle sobre mí
Y no te voy a negar”

Assim que a batida da música começou, Shindo anulou a distância entre os lábios deles, em um beijo selvagem e necessitado. Alguns olhavam em volta surpresos, principalmente os meninos. Não que fosse estranho, afinal a festa só tinha homens e muitos estavam se pegando, mas não imaginavam que Shindo teria interesse no esverdeado, pois o mesmo havia declarado que estava gostando de alguém e ia ser a única pessoa que ele iria ficar na festa.


Shindo explorava a boca de Midoriya a medida que ia descendo a mão em sua bunda. Midoriya envolveu seus braços em volta do pescoço do moreno para aprofundar o beijo. Logo o ar foi necessário.

- Hoje você vai ser meu, Deku.

Shindo colocou Midoriya em seus braços e o levou para seu quarto. Chegando lá o jogou em cima da cama e fechou a porta do quarto. Subiu em cima do esverdeado e deu um selinho rápido, colocando suas testas.


- Desde o dia que eu te vi naquela visita, eu fiquei louco por você. Não teve um só dia que eu não pensei em você, Deku. – o rubor nas bochechas do menor apenas almentou. – deixe eu tirar a sua virgindade.

                 (Na festa)

- Por que está tão impaciente, Todoroki?

- Eu sinto que tem alguma coisa errada com Deku, Kacchan.

- Ele deve ter ido transar com aquele cara do outro campus.

- Ridículo.

- Por que você se importa tanto? Aproveita a festa. Tá tudo muito legal, toma um pouquinho ó. – o loiro oferece uma garrafa de vodka para o bicolor. Katsuki estava começando a ficar bêbado, mas ainda tinha consciência.

Todoroki estava irritado e Katsuki começou a perceber o motivo. Ao ver o bicolor serrar os punhos e andar o mesmo caminho que Shindo e Midoriya havia feito, ele o segurou.

- Não faça nenhuma merda.

- A merda já foi feita

- Quer mesmo explanar para todos que você gosta dele?

- Estou disposto a arriscar.


You'll Always Find Your Way Back Home KIRIBAKU/TODODEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora