Tempo [jikook | taeseok | namjin]

Capítulo 6 ✿ Mama

#TempoReverso 🌸

Você me fez perceber o mundo

O sopro de vida que você criou

Hoje, mais do que nunca

Quero que você me pegue em seus braços

Mais alto do que qualquer coisa sob o chão

Maior do que tudo abaixo do céu

A única, as mãos de mãe que são as mãos que curam

Você será para sempre o meu remédio

- "MAMA"

Jung Hoseok

Abril de 2018

Não sei exatamente quando comecei, mas eu estava com um cigarro entre os lábios naquele exato momento, enquanto tragava de tempos em tempos. Já havia perdido as contas de quantas vezes pedi para que Jimin parasse de alimentar o vício que tinha em fumar quando estava estressado, sabia que estava sendo completamente hipócrita agora, mas não conseguia evitar – realmente aquietava meus sentidos.

― As pessoas estão me olhando estranho ― murmurei, rindo um pouco.

― Deve ser porque você está fumando dentro de uma lanchonete ― Nam respondeu, a mão do braço que tinha o cotovelo apoiado na mesa sob o queixo, apenas me encarando ― Tem uma placa de "proibido fumar" bem na entrada, Hoseok.

― Algo me diz que não é só por isso...

Andávamos vindo na mesma lanchonete sempre para tomar café da manhã, já que nenhum de nós acordava muito dispostos a cozinhar algo e o resto da quantia que guardara nos sustentaria por mais algumas semanas, seria obrigado a procurar um emprego depois.

Me incomodei com os olhares que as pessoas me lançavam inicialmente, mesmo sabendo que o que fazia era mesmo estranho, mas acabei por decidir ignorá-los. Estava me sentindo tão feliz ultimamente, tão aliviado. É claro que o pensamento de que me sentiria verdadeiramente completo se Jungkook voltasse a se lembrar de nós – se ele simplesmente voltasse – estava sempre rondando meus pensamentos.

Mas o que tinha agora era melhor do que nada.

Sentir falta dos velhos tempos era inevitável, eu constantemente me pegava lembrando de quando as coisas estavam bem. Só que a sensação de que nada nunca estava completamente bem também me tomava, porque essa era a verdade – sempre havia algo por trás dos sorrisos de todos, das demonstrações de carinho e dos abraços.