Chapter 50 - Justin

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POV Justin Bieber
O dia finalmente tinha chegado e meu nervosismo continuava o mesmo. Agora, esperava Hailey para que pudéssemos ir para a festa que eu tinha organizado. Ok, vamos repassar toda a história: combinei uma festa com os meus amigos e com os de Hailey, mas combinei com eles uma hora mais tarde que o horário em que chegaria. Menti pra ela dizendo que seria um evento pro lançamento do álbum de um amigo (Khalil). Ela não tinha lá tanta certeza de pra onde estava indo, mas estava.

Ao todo, sete pessoas sabiam sobre meus reais planos essa noite: meus pais, os pais da Hailey, Zayn, Scooter e eu. Isso tudo estava sendo planejado por semanas e só me deixava mais nervoso a cada segundo que se passava sem que acontecesse.

—Amor, anda logo, a gente vai se atrasar! —gritei para que ouvisse no outro andar.

Ainda estava esperando que Hailey descesse as escadas do apartamento pra que pudéssemos ir e sua demora só me deixava com mais tempo pra pensar nas mil possibilidades de como a noite de hoje poderia ir...principalmente nas ruins.

—Bieber...—a voz distante de Hailey falou, me arrancando dos meus pensamentos.

Olhei na direção da voz e arqueei as duas sobrancelhas, assentindo lentamente enquanto subia meu olhar de seus pés até seu rosto. Hailey usava um vestido vermelho colado ao seu corpo e várias joias, mas minha favorita era um colar, que tinha combinado bem com o cabelo curto...ah, falando nisso, ela cortou o cabelo, um pouco acima do ombro, fiquei meio puto no começo, mas o cabelo é dela e ela ficou ainda mais bonita; se é que isso é possível.

—Amor, você tá...meu Deus.

Levantei enquanto olhava pra ela e segurei sua mão, logo girando-a devagar enquanto ela ria e dizia que eu era bobo (não era mentira). Quando estava de frente pra mim de novo, levei minhas mãos até sua cintura e puxei-a pra mais perto, dando um selinho rápido em seus lábios.

—Você tá linda. —sorri e roubei outro selinho.

—Você também, tá bem parecido com o amor da minha vida. —brincou enquanto abotoava meu terno.

—Só parecido? Achei que eu era. —fingi estar ofendido.

—Você é, amor. —levou sua mão até meu rosto e acariciou minha bochecha antes de selar nosso lábios demoradamente. —Eu amo você.

—Eu amo você. —encostei nossas testas por segundos. —E agora nós precisamos ir. —nos afastei contra minha vontade.

Hailey e eu deixamos o nosso apartamento e entramos no banco de trás do carro que nos esperava e nos dirigiu para o local onde seria o evento. Assim que chegamos, fomos atacados pelos paparazzi que Scooter tinha contratado...ok, parecia bastante uma forma de chamar atenção, mas eu precisava fazer minha garota acreditar nas minhas mentiras e aquilo não funcionaria sem os paparazzi.

Chegamos à entrada do local e posamos juntos para os fotógrafos que tinham ali, mas logo me distanciei para que tirasse fotos sozinha, aproveitando pra tirar algumas no meu celular. Ok, meu próximo papel de parede já tá aqui.

Você é surreal. —falei baixo, abraçando-a por trás enquanto adentrávamos o local.

Para sua surpresa (e não minha), nós éramos as únicas pessoas ali. O local estava exatamente   como lembrava da noite em que a conheci, mesmo sendo em espaços diferentes, e eu já tinha entrado ali hoje mais cedo, mas ficava ainda melhor à noite.

—Surpresa. —sussurrei, chegando à pista de dança com ela.

Amor, o que é isso? —perguntou virando-se de frente pra mim.

Nada demais, só queria fazer algo especial pra você. —dei de ombros enquanto falava. —Agora...me concede esta dança? —dramatizei estendendo uma das mãos.

—Com certeza. —segurou minha mão e levou a sua mão livre até meu ombro enquanto a minha ia até sua cintura.

As caixas de som tocavam Heart, da banda Sleeping at last, a favorita de Hailey. Começamos a dançar a música em ritmo de valsa e senti minhas mãos suarem por causa do nervosismo...qualquer pessoa em um raio de 100km conseguiria sentir meu nervosismo. Incluindo Hailey.

—Amor, o que tá acontecendo? —Hailey perguntou soltando uma breve risada enquanto dançávamos. —Suas mãos tão suadas.

Depois de ouvir sua pergunta, sabia que não tinha mais como voltar atrás, seria agora ou nunca. Eu conseguia sentir o meu coração bater na minha garganta. Continuei dançando com a garota, tentando me manter em pé, encarando seus olhos antes de começar a falar.

—Então, eu quero te dizer isso faz um tempo, mas eu não sabia se ia ter coragem algum dia ou se ia saber como fazer, mas aí o Scooter me mandou uma foto nossa no baile de formatura dizendo que faria sete anos hoje e eu consegui ter alguma ideia boa o suficiente pra te convencer...—falei tentando disfarçar o nervosismo na voz.

—Sete anos? —disse em choque enquanto me olhava e abriu um sorriso que, de alguma forma, me acalmou mais.

—Sete anos. —sorri largamente enquanto a olhava e a girei na valsa, logo puxando-a pra mais perto e continuando a dança. —Sete anos desde que eu conheci a mulher que depois descobriria ser o amor da minha vida, sete anos desde que eu conheci a pessoa mais incrível desse mundo, a minha favorita.

—Se eu borrar a maquiagem com choro, a culpa é toda sua.

—Amor, suas maquiagens são à prova d'água. —revirei os olhos e ri fraco. —Você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo, a mais bonita, mais inteligente, mais gentil, mais tudo...você é o meu tudo, Baldwin. —sorri ao falar e notei algumas lágrimas brotando em seus olhos. —Eu sou tão grato por te ter na minha vida, eu agradeço a Deus todo dia por ter te trazido de volta pra mim em um momento em que eu precisava tanto de alguém...e Ele só me mandou a melhor. Quão perfeito é isso?

Naquele momento, eu nem sequer estava lembrando quão nervoso eu estava, as palavras só saíam com tanta naturalidade quanto meu piscar de olhos. Eu estava no modo automático. 

—Eu te amo, Hailey, e eu vou te amar pra sempre, porque não é como se eu conseguisse parar. —soltei uma breve risada. —Eu sei que é cedo, que nós não temos 10 anos de namoro, ou sei lá, mas eu sei que o nosso amor veio de outras vidas, porque o que a gente tem é...é surreal. Eu te amo tanto que dói, Baldwin. Eu amo tudo e qualquer coisa sobre você, te amo até quando te odeio. Eu amo a nossa história, amo nosso pequeno conto de fadas, amo todos os capítulos que escrevemos juntos e os que ainda escrever,  eu quero que o meu "felizes pra sempre" seja com você.

Girei seu corpo novamente e soltei sua mão, vendo-a girar para um pouco mais longe de mim. Enquanto estava de costas, desci um dos meus joelhos ao chão e tirei a caixinha que pesava em meu bolso há horas, notando agora que os tremores em minhas mãos tinham voltado. Hailey virou-se de volta pra mim no exato momento em que abri a caixa, arregalando seus olhos em choque.

—E o que me diz, rainha do baile? Eu vou ser o homem mais sortudo do mundo e poder te chamar de esposa?

Fairytale [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora