25. Surprise

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Eu assistia Neymar sorrindo descaradamente em minha direção, posicionando sua língua entre os dentes, prensando-a de leve entre os mesmos. Ainda com uma expressão incrédula, eu fitava o rosto do garoto a minha frente, questionando-o, sem pronunciar uma palavra, o motivo de ter afastado o beijo antes mesmo de iniciarmos ele.

"Neymar," Eu comecei com o meu melhor tom de bronca, assistindo o garoto erguer as sobrancelhas para mim. "Por que fez isso?" Concluí, enquanto ele mordiscava seu lábio inferior.

"Por que eu não estou com vontade de beijar você agora, sinto muito"

Ele explicou, enquanto a minha boca se abria e meus olhos se semicerravam minimamente, enquanto eu afastava meu corpo da cadeira, na intenção de olhá-lo com mais clareza, demonstrando bem a minha incredulidade.

"Como é que é?" Eu quis saber, vendo o maior dar de ombros, simplesmente.

"Isso mesmo que escutou; que não estou com vontade de beijar você agora" Comentou calmamente.

Em questão de segundos eu ajustei a alça de minha camiseta sobre o meu ombro, erguendo meu corpo por completo de onde estava sentado antes, começando a caminhar para longe daquele que, praticamente, havia me rejeitado na cara dura.

Rapidamente, eu sentira meu antebraço sendo envolvido por uma das mãos de Neymar, que instantaneamente me puxara contra seu corpo já de pé, fazendo com que um leve giro fosse dado por mim, fazendo consequentemente o meu corpo bater contra o seu peito.

"Me solta, quem não quer falar com você agora sou eu," Eu pedi altamente, tentando me esquivar do seu toque que estava firme contra minha pele, delicado, porém firme.

"Amor, eu estava brincando, me escuta..." Ele tentava dizer enquanto eu me debatia desajeitado, tentando falhamente, afastá-lo. "É brincadeira!"

"Brincando!? Ah, sério? Vou dizer, isso não tem graça alguma!" Eu exclamei exaltado, começando a acalmar os braços, sentindo o seu toque em mim se afrouxar ao poucos.

Sentindo seus dedos correndo por toda a extensão do meu braço, subindo até meus ombros, onde o mesmo tratara de deixar um aperto significativo, posicionando por fim, na curva do meu pescoço que estava a mostra.

"Você é muito exaltado, Phil" Ele confirmou, enquanto eu lhe dava alguns tapas em seu braço livre.

O garoto segurara minha outra mão, que eu usava naquele momento para estapeá-lo, levando a mesma até seus lábios, beijando-a nas costas em seguida.

"Eu deveria te matar, seu idiota"

"Eu ficaria honrado em morrer por estas mãos tão belas," Ele comentou, galanteador.

Eu ergui minhas sobrancelhas para o rapaz, em estranheza, antes de dizer: "Você sendo cavalheiro? Agora posso dizer que já vi de tudo no mundo"

"Ei, eu sou sempre um cavalheiro! Ou está se esquecendo de que eu lhe comprei flores uma vez? E o passeio romântico na lancha?" Ele se defendeu, enquanto eu pendia a cabeça para o lado, analisando os fatos apontados pelo outro garoto.

"Hum, é verdade. Desculpa por dizer isso de você," Eu reconheci, depositando um beijo suave no pescoço dele. "Esqueci que você é um anjinho, um anjinho safado na terra"

Eu o assisti gargalhando, enquanto levava uma de sua mãos até a minha bunda, com a intenção de deixar um aperto ali, recebendo instantaneamente um tapa, que fora dado por mim.

"Obrigado pela parte que me toca, não da forma que eu queria, mas obrigado assim mesmo" Ele assentiu com a cabeça, em um movimento frenético.

"Você é muito safado, Neymar Júnior"

"Eu sei que você gosta, mas que tal irmos andando, huh? Está ficando tarde aqui" Ele exclamou olhando a nossa volta, que estava sendo tomada pela escuridão.

"A melhor ideia até agora" Eu disse calmamente, antes de segurá-lo por uma das mãos, guiando o rapaz para fora do local, para que finalmente saíssemos dali.

Em meio ao caminho, assim que pegamos um táxi que nos levaria até a minha casa, Neymar tornara a me questionar sobre a conversa com Messi que eu tivera mais cedo e eu o expliquei tudo o que conversamos — ou quase tudo, já que eu não queria encher ainda mais o ego já inflamado do maior.

"O que? Rafael e Messi? Como isso aconteceu?" Ele perguntou, mais para si mesmo do que para mim, enquanto eu confirmava com a cabeça.

"Eu também fiquei incrédulo na hora, foi um choque e tanto," Eu afirmei, enquanto o maior matinha sua mão cobrindo a sua boca.

"Mas assim, por um lado é bom que o Rafael esteja com o Messi, porque assim ele te deixa em paz, mas é ruim porque o Lio merece coisa melhor, céus!" Ele afirmou sério.

"Eu não acho que o Rafael seja uma pessoa ruim, pelo contrário, acho que vai ser bom para os dois ter essa experiência, sabe..." Sorri, dando uma piscadela.

De repente o carro estacionara em frente a minha casa, e Neymar e eu não demoramos nem um minuto para descer do mesmo, partindo em direção a porta da casa.

Estranhei o fato da porta central estar destrancada, sendo que ao sair eu havia checado duas ou mais vezes se a mesma estava de fato bem trancada. Neymar entrara na frente, dando passos cautelosos e silenciosos.

Passamos pela sala vazia, ainda em silêncio e assim que cruzamos a porta da cozinha, tivemos uma surpresa enorme. Ou melhor, duas surpresas!

(n/a): oioi amoros, estou passando para me desculpar por ter que adiar a maratona da fic :c. hoje tem jogo do cruzeiro e como o doguinho da minha irmã está doente, eu passei o dia inteiro cuidando dele com ela. queria me desculpassem por isso, mas prometo compensá-las com os três capítulos na sexta, que estarão caprichados, promise.

o que vocês acham dessa surpresa, huh?

can we fall one more time || neytinho [neymar+coutinho]Onde histórias criam vida. Descubra agora