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Oh! Aurora que de brumas
Aos poucos se agoniza, evapora;
Aparece toda embreagada
Na plenitude, nos devaneios
Da natureza em desventura.

Cintilada de bênçãos, enfadada,
Clama como o caos açoitador,
Medonho, graciosamente medonho;
Onde os medos põem-se
Tristonhos, nesta vereda
Saturada de amores e sonhos.

Na poesia do poeta,
O louco n'aurora suplica
Pela algema da ingenuidade;
Com grilhões amarra-se
Ao limite dos espasmos,
Entristecendo ou alegrando
A vida que se acaba.

Poemas EsquecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora